Chip nos estudantes: “aumentar o tempo de permanência na sala de aula”

Chip nos estudantes: “aumentar o tempo de permanência na sala de aula” Uma escola de Samambaia, uma das cidades do DF, está usando chip em 42 estudantes do primeiro ano do ensino médio, em caráter experimental. A intenção da escola é “aumentar o tempo de permanência dos alunos em sala de aula e o modelo foi debatido com os pais antes da implantação”, informa reportagem de um jornal. Será uma medida educativa? Penso que não. Pesquisas têm demonstrado que grande parte dos estudantes do ensino médio tem abandonado a escola por considerar que ela é “chata”.


Não se evadem para trabalhar, mas, por entender que a escola não lhes está oferecendo o que precisam para enfrentar as necessidades sociais. Portanto, o chip não é a solução adequada: desvaloriza o trabalho escolar e subestima as capacidades dos estudantes. Além disso, os estudantes precisam assumir responsabilidade e aprender a desenvolver o trabalho escolar com autonomia. Não deveriam ir à escola por obrigação, mas para aprender. Os pais, de modo geral, acostumados com a escola que não se compromete com as aprendizagens dos seus filhos, aprovam a ideia, sem compreenderem as consequências dela decorrentes. Torna-se necessário que os dirigentes educacionais, os docentes, os gestores e os pais entendam que a organização do trabalho escolar que temos hoje nas escolas não atende às necessidades das nossas crianças e dos nossos jovens. Vamos ouvi-los para lhes oferecer o ensino que merecem? Chip é uma medida controladora e autoritária, que não combina com a formação do cidadão para ter inserção social responsável.

 

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