“Como posso identificar a dificuldade de cada aluno quando tenho 10 turmas com cerca de 35 alunos?”

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

A pergunta acima me foi dirigida após minha apresentação na aula inaugural do ano letivo de 2013 da Secretaria de Educação do DF. Sempre que discuto com professores da educação básica os pressupostos da avaliação formativa essa dúvida vem à tona. É uma boa oportunidade para que questões dessa natureza sejam analisadas. De modo geral, os professores trabalham com turmas numerosas. O/a professor/a autor/a da pergunta deve encarregar-se de uma das disciplinas de um dos anos finais do ensino fundamental. Pensemos: ele/ela avalia seus alunos. Como avalia? Simplesmente aplica provas sem levar em conta em que nível de aprendizagem eles se encontram? Como organiza essas provas? A partir de quais informações? Todas as suas turmas do mesmo ano de escolaridade fazem a mesma prova e no mesmo dia? Para que servem as notas advindas de provas e de outros procedimentos?


Praticar a avaliação formativa requer as condições adequadas de trabalho que professores e estudantes merecem. No caso de essas condições ainda não serem as desejáveis, cabe à escola e aos seus professores refletirem sobre as questões acima. No caso de o professor trabalhar com várias e numerosas turmas, não seria razoável selecionar os elementos da avaliação formativa que, gradativamente, possam ser colocados em ação? Por exemplo: preparar os alunos para o desenvolvimento da autoavaliação (não chamo de autoavaliação o simples preenchimento de formulário com perguntas elaboradas pelo professor – isso é registro do processo), de modo que este procedimento possibilite conhecer o que eles já aprenderam e o que ainda lhes falta aprender. Esse é um bom começo.

 

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