CRÍTICA AO REGIME DE RESPONSABILIZAÇÃO

Acredite se quiser…

Publicado em 20/12/2014 por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

As alternativas para não entrarmos no desastre educacional americano estão disponíveis. Hoje em todas as vertentes de avaliação encontramos críticos da situação americana – até mesmo os amantes da accountability pensam em fazer algo mais light no Brasil – alguns pelo menos. O que eles não consideram é que ninguém controla o mercado. Só o próprio mercado. E quem comanda a abordagem americana é o mercado educacional apoiado no mercado empresarial. Não há versão light para o mercado, há apenas o lucro. Aquele país tem hoje muito claro o que deve fazer para apagar a amarga experiência da accountability baseada em testes padronizados. Abaixo o caminho é apontado por um grupo de professores.

Do Blog de Diane Ravitch

A sabedoria dos professores: uma nova visão da accountability

Qualquer um que critique o actual regime de responsabilização baseado em teste é inevitavelmente questionado: Pelo que você o substituiria? A responsabilização com base em testes falha porque está baseada na falta de confiança nos profissionais. Ele falha porque confunde a medição com instrução. Nenhum médico diz a um paciente doente, “Vá para casa, tome a sua temperatura de hora em hora, e me chame daqui um mês.” A medição não é um tratamento ou uma cura. É medição. Não fechar as lacunas: mede-as.

Aqui está uma abordagem alternativa interessante para a prestação de contas, escrita por um grupo de professores cuja experiência coletiva soma 275 anos em sala de aula. Mais de 900 professores contribuíram com ideias para o plano. É uma nova visão que detém todos os atores responsáveis pelo desenvolvimento integral e a educação dos filhos, reconhecendo que cada criança é um indivíduo único.

Suas principais características:

  1. Responsabilidade compartilhada, não culpabilização
  2. Educar a criança como um todo
  3. Financiamento total e adequado para todas as escolas, com menos ênfase em testes padronizados
  4. Autonomia do professor e profissionalismo
  5. Mudar o foco de avaliação para apoio
  6. Reconhecimento de que na educação um tamanho único não serve para todos”.

 

 

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