“UMA CRIANÇA, UM PROFESSOR E UM LIVRO PODEM MUDAR O MUNDO. EDUCAÇÃO É A ÚNICA SOLUÇÃO”. MALALA

12 de julho – Dia de Malala

Malala: O Talibã fracassou em tentar nos calar

Discurso na sede da ONU é a primeira aparição pública da paquistanesa após se recuperar do ataque do Talibã.
Nações Unidas declaram 12 de julho Dia de Malala.
Em um discurso na sede da ONU em Nova York, a paquistanesa Malala Yousufzai, baleada na cabeça pelos talibãs há nove meses, agradeceu a todos os que rezaram pela sua recuperação e disse que o Talibã fracassou em tentar impedir sua luta por direitos humanos. O evento – no dia em que ela completa 16 anos – faz parte de uma campanha para garantir a educação gratuita e obrigatória para todas as crianças. As Nações Unidas declararam 12 de julho como o Malala Day (Dia de Malala). – Malala Day não é o meu dia. É um dia de toda mulher, toda jovem, toda pessoa que luta pelos seus direitos. Há centenas de ativistas lutando. E eu estou aqui de pé, não por mim, mas por aqueles que batalham para viver em paz, por oportunidades, por educação – disse, muito aplaudida. – O Talibã tentou calar essas vozes, mas ele falhou. Ele fracassou. Hoje, desejo educação para todas as crianças do Talibã, a todos os terroristas e extremistas. Sou a mesma Malala, minha esperança é a mesma, minha ambição é a mesma, meus sonhos são os mesmos. É a primeira aparição pública da paquistanesa após se recuperar do ataque. A estudante voltou para a escola em março, depois de receber tratamento no Reino Unido. Ela agradeceu às mensagens que recebeu de todo o mundo e estimulou os jovens a não desistirem de estudar. Mesmo após a repercussão do ataque a Malala, várias estudantes paquistanesas foram alvo de ataques de radicais no Paquistão e no Afeganistão. – Vamos pegar nossos livros e canetas. Eles são as nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor e um livro podem mudar o mundo. Educação é a única solução – disse a adolescente. Ela discursou para mais de 500 jovens líderes de todo o mundo em uma Assembleia de Jovens organizada pelo Presidente da Assembleia Geral, Vuk Jeremic, e o enviado especial da ONU para a educação global, Gordon Brown, ex-primeiro-ministro britânico. Relatório da Unesco Para marcar o aniversário, a Unesco lançou um novo relatório chamado Luta das crianças para ir à escola. Segundo o documento, 57 milhões de crianças no mundo não vão à escola e metade vive em países afetados por conflitos, como a Síria. De acordo com o estudo, o número de crianças em idade escolar que não estão recebendo educação caiu de 60 milhões em 2008 para 57 milhões em 2011. Durante esse período, no entanto, a porcentagem de jovens em países afetados por conflitos que não estão em escola primária aumentou de 42% para 50%. O relatório constatou ainda que 95% das 28,5 milhões de crianças que não estão recebendo educação primária vivem em países de baixa e baixa-média renda – 44% na África Subsaariana, 19% no sul e oeste da Ásia e 14% nos Estados árabes. Malala deixou o hospital britânico Queen Elizabeth em fevereiro, onde passou por uma cirurgia de cinco horas para reconstruir o crânio e restaurar a audição perdida. Após sobreviver ao ataque, ela chegou a ser cogitada para o Prêmio Nobel da Paz de 2012, e seu pai ganhou um cargo diplomático na Inglaterra, o que dá garantias de que Malala permanecerá no Reino Unido enquanto necessitar de tratamento.

“Malala Day não é o meu dia. É um dia de toda mulher, toda jovem, toda pessoa que luta pelos seus direitos. Há centenas de ativistas lutando. E eu estou aqui de pé, não por mim, mas por aqueles que batalham para viver em paz, por oportunidades, por educação – disse, muito aplaudida. – O Talibã tentou calar essas vozes, mas ele falhou. Ele fracassou. Hoje, desejo educação para todas as crianças do Talibã, a todos os terroristas e extremistas.Sou a mesma Malala, minha esperança é a mesma, minha ambição é a mesma, meus sonhos são os mesmos.” Fonte:https://www.facebook.com/fundacaoromi

 

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