Grupo de Pesquisa em Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico
Prezados(as) leitores (as), convidamos vocês a dialogarem com os pesquisadores do GEPA sobre temas relacionados à avaliação. Estamos interessados em aprofundar a discussão teórica e em conhecer e analisar práticas que tornem a avaliação aliada de estudantes e professores. Aguardamos suas manifestações.
Olá! Boa tarde!
Primeiramente gostaria de parabenizar pelos trabalhos deste grupo. Sou estudante egressa do Programa de Pós-graduação em ensino da Universidade Estadual do Norte do Paraná – Campus Cornélio Procópio. Faço parte do Grupo de Pesquisas em Ensino, Aprendizagem e Avaliação Educacional (PENSA), atualmente estou pesquisando o procedimento avaliativo “Autoavaliação”. Gostaria de manter contato com esse grupo e quem saber promover um evento para discutirmos sobre avaliação.
Boa tarde, Sandra. A autoavaliação é um recurso muito importante no processo de avaliação formativa. Podemos manter contato, sim. Temos publicações sobre este tema.
Abraço,
Benigna Villas Boas
Olá professora Benigna, tenho uma briga (no bom sentido) feia como nossos especialistas.
Pra mim, no contexto das aplicações de provas, a frase:
“… os estudantes não se preocuparão com as aprendizagens, mas apenas com os resultados (as notas)”
usada para defender a avaliação formativa, é incoerente.
Por que incoerente? Incoerente porque temos que partir da ideia de que a nota deve refletir o máximo possível o que foi aprendido. Se temos dificuldades em fazer com que a nota testemunhe com maior fidelidade possível o que foi aprendido, então o problema não é a nota, mas em como procedemos para chegar até ela.
Então, nos preocuparmos com a nota é apenas uma forma simplificada de nos referirmos preocupação com as aprendizagens. Não vejo problema quando um professor, um estudante ou um pai diz querer melhorar a nota. Querer melhorar a nota é (tem que ser) querer melhorar a aprendizagem.
A grande questão é que não somos qualificados para elaborar bem nossos instrumentos, para atribuir pontuação adequada a eles e nem tão pouco avaliar com maestria os resultados desses instrumentos. Devido a isso, a maioria dos nossos pareceres recaem em distorções, o que gera essa ideia de que nota e aprendizagem não se refletem (e estou considerando aqui que o 6 do João é diferente do Pedro). Pelo fato de possuirmos muitos alunos (anos finais e ensino médio) vejo a nota como aliada quando bem utilizada e voltada para avaliação formativa. Tenho 5 turmas. Se quero saber como cada uma está de forma mais geral, basta consultar as notas. Vendo que uma determinada turma está com notas baixas, intensifico mais as intervenções investigando de forma mais especifica as dificuldades. Ou seja, a nota serviria pra me fornecer um parecer mais rápido, apenas isso, para que providencias interventivas fossem repensadas.
Minha crítica em relação as notas são quando são divulgadas. Ficaria feliz também com o APTO e NÃO APTO. Não apto seria para aqueles estudantes que fizemos de tudo para que aprendessem, mas que infelizmente não conseguimos por n motivos alheios ao esforço da escola.
É possível aliar a nota a avaliação formativa. Um exemplo e que acontece muito nas escolas é o professor avaliar, alias verificar por meio de gabaritos próprios, números de acertos nas provas e depois atribuir uma nota para esse total de acerto. Outra coisa é um professor avaliar, analisar, procurar entender cada resposta do seu estudante (nem que ainda tenha que chamá-lo para tirar alguma dúvida sobre sua resposta) e depois atribuir uma nota com a mais justa coerência para lhe servir de parâmetro sobre o rendimento das suas turmas para futuras intervenções, considerando que as intervenções no dia a dia não foram suficientes.
Então é isso rsrsrs. Gostaria do seu comentário. Um abraço!
Gilvan, obrigada por enviar suas reflexões. A presença da nota não impede que pratiquemos a avaliação formativa. Parece-me que ainda não estamos preparados para aboli-la, mas temos condições de minimizar suas consequências. Pode ser registrada ao final do processo de avaliação, acompanhada de informações sobre as aprendizagens conquistadas. Vale lembrar que a avaliação formativa tem como foco a aprendizagem e não resultados numéricos, que não expressam o que foi aprendido e o que não foi. Precisamos estudar muito sobre a avaliação formativa e suas possibilidades de contribuir para a conquista de aprendizagens. Abraço!