O ENEM PEDE REAÇÃO DO MEC

Editorial: O Enem pede reação do MEC

07 de agosto de 2015

“Resultados confirmam deficiência da escola pública”, afirma jornal

Fonte: Estado de Minas (MG)

O Exame Nacional do Ensino médio (Enem) foi criado em 1998 com o objetivo claro. Visava avaliar o desempenho dos estudantes que caminhavam rumo à universidade. Passados 17 anos, o teste tomou novos rumos. Pouco a pouco, tornou-se passaporte para ingresso no nível superior. Em outras palavras: substituiu o velho e criticado vestibular.

Apesar de não constar do DNA da prova, a análise da Escola ganhou espaço que desvia a atenção de pais, estudantes, especialistas e autoridades. A preocupação com o ranking levou para o segundo plano (ou para o esquecimento) ações impostas pelos resultados. O Ministério da Educação (MEC) deixa de fazer o que precisa ser feito.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) tem a função de avaliar os estudantes. Aplica a prova e divulga o resultado. A atribuição do órgão acaba aí. Cabe ao MEC ir adiante — conjugar o verbo interferir. Com o diagnóstico em mão, promover ações aptas a qualificar os Professores e melhorar o Ensino. Continue lendo “O ENEM PEDE REAÇÃO DO MEC”

 

A AGENDA URGENTE DO BRASIL

Renato Janine Ribeiro, Luiz Cláudio Costa e Binho Marques

Folha de São Paulo, 5/8/2015

A agenda urgente do Brasil

O MEC tem convicção de que a sociedade brasileira exige e merece uma cooperação federativa mais orgânica e efetiva para a educação

O Plano Nacional de Educação (PNE), amplamente debatido pela sociedade, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidenta da República, determina a instituição do Sistema Nacional de Educação (SNE). O PNE determinou a instituição desse sistema justamente para articular e dar coerência à educação em nosso país.

Apesar dos avanços nas últimas décadas, ainda há muito que fazer. Descontinuidade, fragmentação e descompasso entre as esferas de governo, além de, principalmente, ausência de referenciais nacionais de qualidade capazes de orientar a ação supletiva da União são visíveis, especialmente na educação básica.

Alimentados pelos princípios ainda atuais do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, cujas linhas defendem uma educação de qualidade pública, gratuita e laica, chegamos aos dias de hoje premidos pela certeza de que a sociedade brasileira exige e merece uma cooperação federativa mais orgânica e efetiva para a educação. Continue lendo “A AGENDA URGENTE DO BRASIL”

 

DESEMPENHO ESCOLAR MELHORA, DIZ ESTUDO DA UNESCO

30.07.2015 – UNESCO Office in Brasilia

Desempenho escolar melhora, mas desigualdades afetam a aprendizagem na América Latina, revela estudo TERCE da UNESCO

A segunda entrega dos resultados desta pesquisa sobre o desempenho da aprendizagem indica avanços em quase todos os países participantes, mas a maioria dos estudantes ainda apresenta baixos níveis de habilidades em linguagem (leitura e escrita), matemática e ciências naturais.

 

O estudo inclui a influência de fatores associados à aprendizagem, como status socioeconômico, apoio das famílias, atendimento prévio à educação pré-escolar, pertencimento a populações nativas (autóctones), práticas de ensino, múltiplas formas de violência, entre outras circunstâncias que mais afetam a aprendizagem das crianças na região.

Uma nova rodada de divulgação de resultados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (TERCE), coordenado pelo Escritório Regional de Educação da UNESCO para América Latina e o Caribe (OREALC/UNESCO Santiago), apresenta, nesta quinta-feira (30/07/2015), dados sobre o processo de aprendizagem dos estudantes da região e um novo relatório sobre os fatores associados a esse processo. O estudo confirma os avanços e os desafios na superação da crise da aprendizagem que afeta, sobretudo, os mais vulneráveis nos países latino-americanos.

Os resultados provêm de uma grande amostra representativa que envolveu mais de 134 mil crianças do ensino fundamental (no Brasil, do 4º ao 7º ano; nos demais países, da 3a à 6a série) de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, bem como do estado mexicano de Nuevo León que, em 2013, realizaram os testes nas disciplinas de linguagem (leitura e escrita), matemática e ciências naturais. Continue lendo “DESEMPENHO ESCOLAR MELHORA, DIZ ESTUDO DA UNESCO”

 

PAIS INFLUENCIAM MAIS O DESEMPENHO DOS ALUNOS DO QUE A INFRAESTRUTURA DA ESCOLA

Pais influenciam mais o desempenho dos alunos do que a infraestrutura das escola

30 de julho de 2015
De acordo com estudo, no Brasil, o desempenho dos estudantes melhora quando os pais acompanham os resultados obtidos na escola, apoiam e chamam atenção dos filhos

 

Fonte: Agência Brasil

O envolvimento dos pais e o nível socioeconômico das famílias têm maior influência no desempenho dos estudantes do ensino fundamental no Brasil do que a infraestrutura das escolas e o fato de estarem localizadas no campo ou na cidade.

É o que aponta o Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce), lançado hoje (30) pelo Escritório Regional de Educação da Unesco para a América Latina e o Caribe. O estudo também considera a disponibilidade de material escolar e a pontualidade dos professores como fatores que melhoram o desempenho.

“Não se observam diferenças de desempenho entre escolas urbanas públicas, urbanas privadas, nem rurais, depois de considerar todos os fatores de contexto social, de aula e escolares. O mesmo acontece com a infraestrutura, que não mostra relações significativas com o desempenho”, diz o estudo.

O Terce avalia o desempenho escolar no ensino fundamental – do 4º ao 7º ano do ensino fundamental, no Brasil; e da 3º à 6º série, nos demais países – em matemática, linguagem (leitura e escrita) e ciências naturais. Os primeiros resultados do Terce foram divulgados no ano passado. Nesta divulgação, o estudo incluiu os fatores associados à aprendizagem em cada país.

De acordo com o estudo, no Brasil, o desempenho dos estudantes melhora quando os pais acompanham os resultados obtidos na escola, apoiam e chamam atenção dos filhos. O desempenho, no entanto, piora, quando os pais supervisionam e ajudam sempre nas tarefas escolares, tirando a autonomia dos filhos.

Os pais também são importante para incentivar, independentemente das condições sociais e econômicas. Segundo o estudo, os estudantes que vivem em regiões desfavorecidas têm desempenho pior, independentemente das condições da própria casa. No entanto, se os pais têm altas expectativas e incentivam os filhos quanto ao que será capaz de alcançar no futuro, ele obtém melhores resultados.

O Terce mostra ainda que frequentar a pré-escola, desde os 4 anos, também melhora o desempenho dos estudantes. Por outro lado, faltar à escola diminui o desempenho.

Em relação às novas tecnologias, os estudantes do 7º ano que utilizam computadores na escola com frequência tendem a conseguir pontuações menores em matemática. Já os que utilizam o computador fora do contexto escolar tendem a ter melhores resultados em todas as provas.

O Terce é um estudo de desempenho da aprendizagem em larga escala realizado em 15 países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai), além do estado de Nuevo León (México). Mais de 134 mil crianças do ensino fundamental participaram da avaliação.

Baixo desempenho

O desempenho dos estudantes brasileiros no ensino fundamental é igual à média dos demais estudantes de países avaliados pelo Terce em escrita e em ciências naturais em todos os níveis e em leitura no 4º ano e em matemática no 7º. O país supera a média em matemática, no 4º ano, e em leitura, no 7º ano.

Apesar de toda a região ter apresentado melhoras em relação à avaliação anterior, o estudo mostra que são poucos os alunos que estão no maior nível de desempenho. Ao todo, são quatro níveis. No Brasil, a maior porcentagem de alunos no nível mais alto de desempenho é 16,6% em leitura do 7º ano.

A maioria dos estudantes concentra-se nos níveis mais baixos, o que significa que não são capazes de interpretar e inferir o significado de palavras em textos escritos e nem de resolver problemas matemáticos que exigem interpretar informações em tabelas e gráficos.

O pior desempenho foi na prova de ciências naturais, aplicada pela primeira vez no país aos alunos do 7º ano. Apenas 4,6% estão no maior nível e 80,1% estão nos níveis mais baixos. Eles não são capazes de aplicar os conhecimentos científicos para explicar fenômenos do mundo.

Os países que estão acima da média regional em todos os testes e anos avaliados são Chile, Costa Rica e México.

Redação

Na prova escrita, o Brasil está na média dos demais países. A prova avalia os estudantes quanto a três competências: domínio discursivo (adequação ao gênero e tipo textual); textuais (coerência, concordância oracional e coesão); e convenções de legibilidade (segmentação de palavras, ortografia e pontuação).

O Brasil ficou acima da média do bloco apenas na última competência. Em domínio discursivo, o Brasil ficou abaixo da média. No 4º ano, os estudantes tiveram que escrever uma carta a um amigo e, no 7º, uma carta a uma autoridade escolar.

Em ambos os anos, e em quase todos os domínios avaliados, com exceção do dircursivo no 4º ano, a maior parte dos estudantes está nos níveis mais altos de proficiência.

 

 

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PUNIÇÃO AOS PAIS QUE NÃO ACOMPANHAREM O DESEMPENHO ESCOLAR DOS FILHOS

Será este o caminho? Nossas escolas ainda não estão preparadas para trabalhar com os pais e acolhê-los como eles merecem. Além disso, não valorizam a sua capacidade de envolvimento no trabalho escolar. Por que tanto “palpite” por parte dos que não são educadores profissionais? Por que querer estender aos pais/responsáveis a punição que sempre foi dirigida aos estudantes? Punição não conduz à aprendizagem. Cabe à escola ajudar os pais/responsáveis a acompanharem o trabalho que desenvolve e não, puni-los. Não é este o caminho da educação.

 

JORNAL DA CIÊNCIA, 31/07/2015

Pais que não acompanharem o desempenho escolar dos filhos poderão ser punidos

Segundo projeto proposto pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte, os pais terão que ir às escolas pelo menos uma vez a cada dois meses, sendo que o encontro pode se dar por meio das reuniões de pais e mestres ou por de diálogo individual com os professores

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) retorna aos trabalhos na terça-feira (4) com 18 itens na pauta. Entre eles, o relatório do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) sobre o projeto (PLS 189/2012) de Cristovam Buarque (PDT-DF) que estabelece punições aos pais que não acompanharem pessoalmente o desempenho escolar de seus filhos.

Pela proposta, os pais terão que ir às escolas pelo menos uma vez a cada dois meses, sendo que o encontro pode se dar por meio das reuniões de pais e mestres ou por de diálogo individual com os professores.

Quem não cumprir a regra da presença mínima estará sujeito a uma série de sanções. Entre elas, a proibição de se inscrever em concursos públicos, receber salários caso seja servidor público, participar de concorrências na área pública e obter empréstimos em bancos e nas caixas econômicas federais ou estaduais. O descumprimento da norma também impedirá a obtenção de passaporte ou de carteira de identidade. As medidas deverão ser automaticamente revogadas a partir do retorno dos pais ou responsáveis às reuniões escolares.

– A participação dos pais na vida escolar é apresentada pelos especialistas como um dos fatores mais relevantes no sucesso escolar. A criança se sente acolhida – disse Bezerra.

 

 

PORTAL DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

JORNAL DA CIÊNCIA, 31/07/2015

Portal na internet promoverá debate nacional sobre a Base Nacional Comum Curricular

Essa é a primeira vez que um debate desta dimensão estará acessível a todos os brasileiros

A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação lançou nesta quinta-feira, 30, o portal Base Nacional Comum Curricular, que propõe uma discussão nacional sobre os componentes curriculares da educação básica. Esta é a primeira vez que um debate desta dimensão estará acessível a todos os brasileiros.

“É um projeto de país, estamos pensando que país nós queremos, que conhecimentos queremos”, destacou o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, durante o lançamento do portal, no auditório da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Ele observou que a Base Nacional Comum se tornará o pivô de várias ações e pré-requisito para medidas que são essenciais para a educação básica brasileira.

“Sem a Base Comum é difícil rever a formação de professores, quer inicial quer continuada”, disse. “Como poderemos formar os professores sem saber o que eles devem ensinar? Da mesma forma, sem a base comum é muito difícil, para não dizer impossível, pensar no material que devemos gerar.”

Para Janine, a diversidade do Brasil deve ser contemplada na base comum. “Faz parte da base comum a percepção de que nós temos diferenças regionais que devem ser consideradas. Mas cada região deve estudar não somente o que se passa lá, mas saber de todas as regiões”, afirmou.

O ministro ressaltou a autonomia das redes municipais e estaduais de educação para adequar seus currículos à base nacional comum. “Espera-se que cada rede de educação defina o que considera importante, para além da base comum”, concluiu.

Acesse o portal da Base Nacional Comum

 

(Assessoria de Comunicação Social do MEC)