CONSED orienta ignorar nota do Ministro da Educação

 

CONSED orienta ignorar nota do Ministro da Educação

por Luiz Carlos de Freitas

A decisão do Estado de Pernambuco de ignorar a determinação do MEC está baseada em nota do Conselho Nacional de Secretários de Educação – CONSED – que igualmente entendeu que a “ação fere não apenas a autonomia dos gestores escolares, mas  dos entes da federação. Agrega ainda que o ambiente escolar deve estar imune a […]

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Luiz Carlos de Freitas | 26/02/2019 às 1:28 PM | Tags: Resistência | Categorias: Assuntos gerais, Militarização de escolas, Velez no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-6Of

 

Enem: revisão de questões de ‘fundo ideológico’ pode comprometer qualidade

 

JC Notícias – 21/02/2019

Enem: revisão de questões de ‘fundo ideológico’ pode comprometer qualidade

Especialistas temem que comissão criada para excluis itens que expressem ‘ideologia de gênero’ possa prejudicar prova

A decisão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de instituir uma comissão para revisar o Banco Nacional de Itens, de onde são extraídas as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), repercutiu mal entre educadores. De acordo com especialistas, a medida é “grave” e pode até mesmo colocar em risco a excelência da avaliação.

Nesta quarta-feira, O GLOBO revelou que o Inep pretende criar uma comissão composta por quatro pessoas, sendo dois representantes do Ministério da Educação (MEC), um do próprio Inep e um da sociedade civil, para fazer uma devassa nos itens que subsidiam as avaliações do país da educação básica ao ensino superior.

Veja o texto na íntegra: O Globo

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Boaventura de Sousa Santos: “Se o Escola sem Partido tiver futuro, o Brasil não tem futuro”

“O Escola sem partido é um atentado contra a democracia”

JC Notícias – 21/02/2019

Boaventura de Sousa Santos: “Se o Escola sem Partido tiver futuro, o Brasil não tem futuro”

“O que é trágico nesse momento do País é que as fábricas do ódio, do medo e da mentira estão se transformando nas políticas públicas de educação”, opina o sociólogo português em entrevista ao jornal A Tarde

Boaventura de Sousa Santos é um intelectual, cientista social, escritor e, sobretudo, educador português. Por isso, olha com preocupação para os caminhos que o atual Ministério da Educação (MEC) tem traçado para o Brasil. “O que é trágico nesse momento do país é que as fábricas do ódio, do medo e da mentira estão se transformando nas políticas públicas de educação”, opina ele. Mesmo que de longe, lá de Portugal, onde dirige o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e dá aula na Faculdade de Economia – que, inclusive, ajudou a fundar em 1973 – Boaventura tem um olhar especial sobre o Brasil. A tese de doutorado dele, Direito dos Oprimidos (Editora Almedina, 2014), defendida na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, é uma análise da vida na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, escrita em plena Ditadura Militar brasileira. Na época, diz ele no livro, por medo de expor aqueles que o acolheram tão bem, batizou o estudo de Pasárgada, aquele poema de Manuel Bandeira. Mesmo que, por aqui, não fosse amigo de rei algum. Hoje, além de Coimbra, ele pesquisa na  Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, e é Global Legal Scholar na Universidade de Warwick, na Inglaterra. Também dirige o projeto ALICE – Espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências o mundo, financiado pelo Conselho Europeu de Investigação. Conversamos com ele na 11ª Bienal da União Nacional dos Estudantes, onde falou sobre o que mais gosta: educação, inclusão e justiça social. A cada passo que dava, brotavam dez estudantes que pediam uma palavra, um abraço, uma foto. Também participou de um tour na Ilha de Maré, sobre a qual, em 2018, escreveu um artigo em denúncia à poluição na área. À coluna Muito, falou sobre o futuro da ciência, da educação e das nossas heranças coloniais. Um futuro que, esperemos, não demore de chegar.

O senhor defende em um discurso sobre as ciências que a ciência e seus métodos  que vêm regulando a sociedade há séculos estão em crise. Por quê?

Fundamentalmente, a crise é também uma oportunidade para a ciência, e consiste basicamente na ideia de que a ciência é um conhecimento válido, mas não é o único conhecimento válido na sociedade. A ciência não pode ter a pretensão de avaliar a validade de outros conhecimentos porque há conhecimentos espirituais, populares, dos povos indígenas, das populações ribeirinhas, que têm outros critérios de validade dos seus conhecimentos. Portanto, há vários critérios de validade, e a ciência, hoje, tem que conviver com isso. Para mim, a evolução desse discurso, que já é de um livro antigo, foi tentar mostrar que o que nós precisamos no mundo e nas universidades é de uma ecologia do saber, é a convivência entre os diferentes conhecimentos, nos quais o conhecimento científico é fundamental, mas não é o único.

É isso o que o senhor quer dizer quando fala que a ciência atual é uma narrativa?

Sim, é a ideia de que não há verdade na ciência, a rigor. Se houvesse verdade, era eterna e para sempre. O que há é a busca da verdade. Nós, os  cientistas sociais, os cientistas em geral, temos essa grande missão de mostrar a verdade. Todo o nosso trabalho é um trabalho objetivo, e essa é a busca da verdade. Ser objetivo não quer dizer que sejamos neutros. Sabemos que há injustiças na sociedade, e a nossa ciência visa contribuir para a justiça social, para a democracia, para o bem-estar dos povos. Portanto, objetividade não quer dizer neutralidade.

Há como a ciência tradicional sair dessa crise ou é um processo natural e irreversível?

Não, há muitos cientistas que continuam – e também depende muito das disciplinas – a defender o que nós designamos por positivismo. E é exatamente essa ideia de que só há uma maneira correta de fazer ciência e que a ciência é o único conhecimento válido. Nem uma coisa nem outra são verdadeiras hoje, de fato. Grandes cientistas mulheres, quando as mulheres entraram na ciência, e com muita força, sobretudo nos últimos 40 anos, mostraram que havia diferentes meios de fazer ciência. Até na biologia, por exemplo, nas ciências da evolução. E, como digo, há vários conhecimentos que têm seus critérios de validade.

Confira a entrevista na íntegra: A Tarde

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Os pais precisam organizar-se contra a doutrinação militar

 

Os pais precisam organizar-se contra a doutrinação militar

por Luiz Carlos de Freitas

Em post anterior falamos sobre a militarização de escolas públicas no Distrito Federal. Neste, divulgo as regras recebidas por uma escola que está em seu quarto dia de militarização. Uma mãe divulgou o seguinte relato nas redes: “Aos pais e professores que defendem a imposição da militarização nas escolas públicas do DF vou dar  meu […]

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Luiz Carlos de Freitas | 19/02/2019 às 7:56 AM | Tags: Direto do fundo do poço, Resistência, Segregação | Categorias: Militarização de escolas, Segregação/exclusão, Velez no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-6NL

 

Pobreza, sentido!

 

Pobreza, sentido!

por Luiz Carlos de Freitas

A definição de escolas candidatas a serem militarizadas em Brasília, por exemplo, é feita em base ao IDEB, IDH e mapa da violência. Ou seja, é coisa destinada a pobre. É política que não se ousaria sugerir para outro estamento social do andar de cima. Para adoçar a pílula tenta-se passar a ideia de que […]

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Luiz Carlos de Freitas | 18/02/2019 às 11:22 AM | Tags: “Nova” Direita, Direto do fundo do poço, Segregação | Categorias: Militarização de escolas, Segregação/exclusão, Velez no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-6ND

 

Leandro Beguoci: escolas x famílias?

 

Leandro Beguoci: escolas X famílias?

por Luiz Carlos de Freitas

Beguoci alerta para o debate equivocado que o homeschooling gera na sociedade opondo escolas e famílias. Ambas instituições têm seus espaços e competências garantidos na formação das crianças e deveriam ser vistas como partícipes de um esforço integrado pela educação das crianças. “Se as famílias brasileiras quiserem fazer algo pela educação dos seus filhos, o […]

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Luiz Carlos de Freitas | 13/02/2019 às 1:48 PM | Tags: Desprofissionalização, Desqualificação professor, Direto do fundo do poço, Segregação, Vouchers | Categorias: Homeschooling, Velez no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-6Nm

 

AVALIAÇÃO E MILITARISMO ESCOLAR: caminho para a passividade, o conformismo e a subserviência

AVALIAÇÃO E MILITARISMO ESCOLAR:

caminho para a passividade, o conformismo e a subserviência

Enílvia Rocha Morato Soares

            O noticiário de hoje, dia 11/02/2019, esteve repleto de notícias que tratam do novo modelo “cívico-militar” adotado para as escolas públicas do DF, ou seja, da militarização dessas instituições. Trata-se de um projeto que prevê a participação da Secretaria de Segurança Pública, por intermédio da PMDF, na gestão administrativa e disciplinar de quatro unidades públicas de ensino. Esses profissionais se encarregarão das atividades burocráticas e de segurança, tais como controle de entrada e saída, horários, filas, além de ministrarem aulas de musicalização, ética e cidadania no contraturno. Continue lendo “AVALIAÇÃO E MILITARISMO ESCOLAR: caminho para a passividade, o conformismo e a subserviência”

 

Policiais armados nas escolas é burrice

 

RJ: policiais armados nas escolas é burrice…

por Luiz Carlos de Freitas

A Secretaria de Educação Estadual do Rio de Janeiro pretende colocar policiais armados dentro das escolas, onde os pais e professores concordarem. É preciso que se tenha consciência do que significa isso para os profissionais que trabalham na escola e para os próprios estudantes: isso não vai resolver o problema da violência, vai agravar. Sempre […]

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Luiz Carlos de Freitas | 11/02/2019 às 5:03 PM | Tags: “Nova” Direita, Direto do fundo do poço | Categorias: Assuntos gerais | URL: https://wp.me/p2YYSH-6N2

 

Organizações reagem ao método fônico e pedem diálogo para MEC na alfabetização

 

JC Notícias – 11/02/2019

Organizações reagem ao método fônico e pedem diálogo para MEC na alfabetização

Para instituições, a disputa entre concepções e métodos não pode obscurecer a finalidade de alcançar todos os sujeitos e grupos que têm direito de se alfabetizar

Mais de 100 organizações se manifestaram publicamente em uma carta endereçada ao Ministério da Educação pedindo diálogo na discussão e proposições para a política de alfabetização no País.

O movimento é uma resposta às declarações dadas pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, e o secretário da Secretaria de Alfabetização, Carlos Nadalim, que têm defendido o método fônico como solução para os desafios da agenda e demonizado o letramento como o vilão da alfabetização.

Na contramão do governo e sua tese por um único método, o documento defende a “pedagogia da alfabetização”, que não nega sua faceta fonológica, mas que tampouco considera um único método. O documento é acompanhado de uma petição de adesão à manifestação, que pretende somar 5 mil assinaturas.

Veja o texto na íntegra: Carta Educação

 

Entidades alertam sobre escolas cívico-militares

 

Entidades alertam sobre escolas cívico-militares

por Luiz Carlos de Freitas

Nota das entidades nacionais sobre a adoção do modelo de Escolas Cívico-Militares Baixe aqui. O governo federal, por meio do Decreto n. 9.465/2019, propôs uma alteração na estrutura organizacional do Ministério da Educação (MEC) e criou a Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares, vinculada à Secretaria de Educação Básica. Essa Subsecretaria assume a função de […]

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Luiz Carlos de Freitas | 11/02/2019 às 2:14 PM | Tags: “Nova” Direita, Resistência, Segregação | Categorias: Segregação/exclusão, Velez no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-6N0