CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DF APROVA PARECER SOBRE CICLOS

26 DE NOVEMBRO DE 2013 EM NOTÍCIAS
Em sessão desta terça-feira (26), conselheiros aprovaram organização escolar em ciclos para aprendizagem na Educação Infantil e Ensino Fundamental / Anos Iniciais

O Conselho de Educação do DF aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (26), o parecer que trata da organização escolar em ciclos para aprendizagem na Educação Infantil e Ensino Fundamental / Anos Iniciais. A relatora foi a conselheira Maria José Vieira Féres que destacou a relevância histórica da votação. “Essa aprovação é um processo que avança, que cria novas condições para a rede e, agora, de uma forma democrática, por adesão, por convencimento gradual, mas tendo como eixo central a questão da aprendizagem”, disse.
A aprovação decorreu após debates que aconteceram entre os conselheiros. Os alunos, professores e gestores também puderam discutir sobre o temas nas conferências que ocorreram nas Coordenações Regionais de Ensino neste mês. A subsecretária de educação básica Edileuza Fernandez ressaltou a importância da aprovação.“Foi uma vitória, mas ao mesmo tempo aumenta a responsabilidade do Estado e da Secretaria de Educação. E o que é mais relevante entender é que esse projeto de organização escolar em ciclos não deve ser imposto às escolas, queremos trabalhar com a conquista, acolhimento e adesão negociada”, explicou.

 

NOTA DE FALECIMENTO

O GEPA lamenta comunicar o falecimento do Prof. Heraldo Marelim Vianna aos 86 anos, um dos pioneiros da Avaliação Educacional no Brasil e o primeiro homenageado da ABAVE. O Prof. Heraldo era Doutor em Educação pela PUC/SP, Mestre em Educação pela Michigan State University, Bacharel em História e Direito pela UERJ e tinha Especialização no Centre International D’Études Pédagogiques, Sèvres , Paris e Especialização em Educação – University of Michigan. Foi o estruturador do Setor de Testes e Medidas da Fundação Carlos Chagas e seu diretor entre 1965 e 1990, quando passou a Pesquisador Sênior do Departamento de Pesquisas Educacionais nessa Fundação, no qual permaneceu atuando até 2007. Foi o Editor Científico da revista Educação e Seleção (1980/1989) e do periódico Estudos em Avaliação Educacional (1990/2008).Conduziu várias pesquisas na área de avaliação e foi também autor de vários livros e artigos relacionados aos sistemas de avaliação no Brasil.

 

REPENSANDO A AVALIAÇÃO

Benigna Maria de Freitas Villas Boas – mbboas@terra.com.br

22/11/2013
Um grupo de professores da Secretaria de Educação do Distrito Federal – SEDF- está reorganizando o documento que trata das diretrizes de avaliação. Esta será a quarta edição do documento. A primeira data de 2000 e tem o título de Diretrizes para Avaliação. Não especifica a sua abrangência: toda a educação básica ou os anos finais do ensino fundamental e ensino médio? Uma marca deste documento é constatada na seguinte diretriz: “No caso de serem adotados testes/provas como instrumento de avaliação, o valor a eles atribuído não pode ultrapassar os trinta por cento (30%) da nota final de cada bimestre. Não devem ocorrer momentos estanques para a sua realização. Fica extinta a Semana do Provão”. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO DF, 2000, p. 7). Continue lendo “REPENSANDO A AVALIAÇÃO”

 

A AVALIAÇÃO FORMATIVA POTENCIALIZANDO O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DOS ALUNOS

A AVALIAÇÃO FORMATIVA POTENCIALIZANDO O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DOS ALUNOS
Maria Susley Pereira

A ideia de que a avaliação no contexto educativo relaciona-se com as aprendizagens e com as intenções da atuação educacional ainda não é tão clara, muito embora todo o seu contexto histórico revele que o conceito de avaliação tem se modificado a fim de atender as especificidades de cada época. Já tivemos períodos em que a avaliação era vista basicamente como medida, baseada na Psicologia Comportamental de Skinner, depois como grau de congruência entre objetivos e o seu grau de consecução, mais adiante foi considerada na totalidade do âmbito educacional, afetando não só o rendimento do aluno, mas tudo que se relacionava a programas educacionais (professor, currículo, etc.). Nesse período a avaliação passa a ser vista como “compilação e uso de informação para tomada de decisão” (CRONBACH, 1985 apud ARREDONDO, 2009, p. 32). Naquela época, há mais de 30 anos, Michael Scriven identifica a avaliação formativa e de lá para cá a expressão “avaliação formativa” vem sendo largamente explorada em documentos orientadores da prática docente, em debates educacionais e também nas falas dos professores. Mas, torná-la efetivamente um componente da prática pedagógica exige valorizar alguns aspectos e desenvolver determinadas estratégias. É preciso que se possa: Continue lendo “A AVALIAÇÃO FORMATIVA POTENCIALIZANDO O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DOS ALUNOS”

 

CICLOS, PROGRESSÃO CONTINUADA E REPROVAÇÃO: TRÊS CONCEITOS QUE MERECEM SER MELHOR COMPREENDIDOS

Ciclos, progressão continuada e reprovação:
três conceitos que merecem ser melhor compreendidos
Maria Susley Pereira

ALCKMIN SEGUE PASSOS DE HADDAD E MUDA PROGRESSÃO CONTINUADA NAS ESCOLAS ESTADUAIS
Reforma anunciada pelo governador de São Paulo aumenta possibilidade de reprovação, altera ciclos de ensino e institui avaliações bimestrais
Leia em http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2013/11/seguindo-haddad-alckmin-aumenta-chance-de-reprovacao-no-ensino-estadual-5126.html

Esta foi a manchete publicada no site Rede Brasil Atual – RBA, no último dia 08 de novembro. O que chama a atenção nesta manchete é uma questão curiosa: o anúncio de uma reforma na educação que visa aumentar a reprovação, ao invés de anunciar, por exemplo, um aumento nas aprendizagens. Essa medida marcha na contramão de estudos e de pesquisas de especialistas que têm constantemente trazido para o debate educacional a importância de uma escola que garanta as aprendizagens de todos os alunos, uma escola que cumpra seu papel na formação de pessoas capazes de transitar na sociedade com desenvoltura, utilizando as práticas sociais de uso da matemática, da leitura e da escrita, e que dominem conhecimentos básicos relacionados ao mundo em que vivem. Aumentar as reprovações certamente não é o caminho para que essas pessoas possam desenvolver capacidades ou adquirir conhecimentos. Aumentar as reprovações é uma maneira de se aumentar o fracasso escolar, de contribuir para o abandono das carteiras escolares e de mostrar que a preocupação recai muito mais nos resultados dos exames externos do que na reestruturação dos currículos, na melhoria da infraestrutura das escolas, na formação e na motivação dos professores. Como o próprio governador disse “O aluno não deve ser responsabilizado pela dificuldade da escola. A reprovação leva à evasão escolar e cria na criança a cultura do fracasso. Isso não ajuda”. Continue lendo “CICLOS, PROGRESSÃO CONTINUADA E REPROVAÇÃO: TRÊS CONCEITOS QUE MERECEM SER MELHOR COMPREENDIDOS”

 

AVALIAÇÃO E PROGRESSÃO: UMA BREVE APRESENTAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES PARA AS ESCOLAS EM CICLOS EM PORTUGAL

Avaliação e progressão: uma breve apresentação das orientações para as escolas organizadas em ciclos em Portugal
Maria Susley Pereira

A avaliação tem se tornado no Brasil uma temática cada vez mais presente em pesquisas, em publicações e nas preocupações de professores e de responsáveis pelos sistemas educativos. Essa presença se justifica pela possibilidade de estarmos avançando, mesmo que pouco a pouco, para a compreensão de que a avaliação tem importância basilar para as aprendizagens dos alunos, para o ensino que intencionamos e de que é efetivamente presente nas decisões pedagógicas e metodológicas do nosso trabalho docente. Em Portugal, não tem sido diferente, pois, ao menos nos documentos oficiais, a avaliação ocupa espaço privilegiado.

No país lusitano a escolaridade está estruturada em ciclos, sendo a educação obrigatória de 12 anos, compreendendo os alunos dos 6 aos 18 anos. São 3 ciclos na educação básica (1º ciclo, que abrange do 1ª ao 4ª ano, 2º ciclo, 5º e 6º anos e 3º ciclo, que vai do 7º ao 9º), e 3 anos no ensino secundário (10º, 11º e 12º anos). Continue lendo “AVALIAÇÃO E PROGRESSÃO: UMA BREVE APRESENTAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES PARA AS ESCOLAS EM CICLOS EM PORTUGAL”

 

“SERÁ QUE TODOS OS ALUNOS TERÃO INTERESSE EM FAZER O PORTFÓLIO SE NÃO HOUVER NOTAS?”

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Durante apresentação oral para cerca de 500 professores dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, no dia 8/10/2013, durante o II Congresso de Práticas Educacionais da Rede Pública do Estado de Minas Gerais, promovido pela MAGISTRA, Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores, no Hotel Canto da Siriema, em Minas Gerais, recebi dezenas de perguntas. Discuti com eles o seguinte tema – Portfólio: ampliando o debate entre professor e aluno. O tempo não foi suficiente para responder todas as perguntas. Como elas foram feitas por escrito, estou respondendo a cada uma, por este blog, para que eu possa atingir número maior de docentes. A pergunta acima, título deste texto, me foi enviada e parece ser uma das que mais inquietam os professores. Continue lendo ““SERÁ QUE TODOS OS ALUNOS TERÃO INTERESSE EM FAZER O PORTFÓLIO SE NÃO HOUVER NOTAS?””