Os grandes estão derrubando a educação

JC Notícias – 26/08/2024

“Estados estão remando em diferentes direções: uns avançam, outros retrocedem”, comenta Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos pela Educação, em sua coluna para a Folha de S. Paulo. Em resposta ao artigo, o presidente da SBPC e ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, concorda com a autora sobre a relevância das políticas públicas na educação, mas critica a falta de ênfase na valorização dos professores e aponta para a importância de uma aproximação do terceiro setor com o professorado

Há uma ideia equivocada, mas muito disseminada, de que a educação pública brasileira está estagnada. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) permite vários recortes de análise —e um dos piores é a média nacional. Numa comparação de 2023 (ano da realização da última avaliação) com 2019 (último levantamento pré-pandemia), o resultado Brasil, rede pública, numa escala de 0 a 10, foi de queda de 0,11 no ensino fundamental 1; 0,12 no ensino fundamental 2; e 0,09 no ensino médio. A verdade é que os estados estão remando em diferentes direções: enquanto alguns avançam, outros retrocedem.

Comparando cada estado consigo mesmo no ensino médio, as maiores quedas na rede pública são do Distrito Federal (-0,35), Rio de Janeiro (-0,34), Mato Grosso do Sul (-0,32), Minas Gerais (-0,20) e São Paulo empatado com Espírito Santo (-0,19). O Sudeste todo caiu, região mais rica e populosa do país. De modo inverso, estados mais pobres apontam o vetor para cima, notadamente Pará (+0,38), Amapá (+0,20), Amazonas (+0,17) e Piauí (+0,14).

Na comparação entre estados, os maiores patamares de aprendizado são Goiás, Paraná e Espírito Santo, e os menores são Bahia, Maranhão e Rio de Janeiro.

Ao analisarmos o mesmo período nas redes públicas municipais, ensino fundamental 1, verificamos 2.893 municípios com retrocesso na aprendizagem e 2.158 com avanço. Entre as capitais, as maiores quedas no ensino fundamental 1 são de Teresina (-0,95), Belém (-0,58) e São Paulo (-0,52), e os maiores avanços de Goiânia (+0,53), Vitória (+0,47) e Macapá (+0,19).

Os leitores que chegaram até aqui depois desse derramamento de dados já devem ter percebido que a estagnação geral é uma ilusão. Ao colocarmos os holofotes nos avanços e nos retrocessos incentivamos a adoção de melhores políticas públicas e provocamos algum constrangimento e mudança de rumo.

O que tem em comum os que avançaram? De forma geral: 1 – prioridade política, com governadores e prefeitos engajados no dia a dia da Secretaria de Educação e das escolas; 2 – foco nas políticas com robusta evidência de retorno de resultados, em especial avaliação constante da aprendizagem dos alunos com consequência na formação de professores, na gestão das escolas e órgãos administrativos, expansão da educação integral, supressão de políticas e programas que distraem ou são diversionistas; 3 – excelência na implementação, pois alocar os recursos nas políticas certas, mas sem fazê-los chegar a cada uma das salas de aula, é perder o jogo no segundo tempo; 4 – efeitos da pandemia não foram jogados para debaixo do tapete, e a gestão educacional foi direcionada para recompor o aprendizado, tornando a política de recuperação ao longo do ano mais efetiva.

Nenhum dos fatores acima deveria ser uma surpresa (pela obviedade que expressam) e só ampliam o estarrecimento diante dos retrocessos.

Deixo aqui uma proposta para os Legislativos dos entes da Federação que apresentaram piora dos resultados. Uma das atribuições constitucionais das Câmaras Municipais, Assembleias Estaduais e do Congresso Nacional é, ao lado de legislar, fiscalizar o Poder Executivo. As lideranças políticas eleitas dos estados e municípios deveriam ser chamadas às Casas legislativas para explicarem o retrocesso ocorrido.

No mínimo, devem explicações à população que os elegeu; afinal, depois de anos de gestão e recursos, não deveria haver retrocesso. Mesmo que a explicação seja plausível e aceitável, a transparência e o dever de prestação de contas deveriam ser uma prática, ainda mais em uma área como a educação.

O governo federal tem muita responsabilidade também. Apesar de não ser o responsável direto pela gestão das escolas de educação básica, é dever da União assegurar a progressividade e redução na desigualdade dos resultados educacionais.

Ainda espero que o retrocesso provoque muito mais indignação e que os brasileiros entendam que a má qualidade da educação pública é uma cruel forma de segregação e de atraso para a nação.

Folha de S. Paulo

CONTRAPONTO

Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência:

“Priscila Cruz acerta ao dizer que a educação básica melhora ou piora em função de políticas públicas inteligentes —ou de sua inquietante ausência, nos Estados mais populosos e mais ricos. Contudo, a omissão em suas conclusões da atratividade da profissão docente (leia-se salários decentes) tornará difícil aproximar das propostas da Todos justamente aqueles sem os quais jamais teremos uma educação boa: os professores. O terceiro setor tem um trabalho importante em prol da educação básica pública, mas é mais que hora de ele procurar se aproximar do professorado, categoria que necessita de urgente valorização.”

Painel do Leitor – Folha de S. Paulo

 

Mais que comparar desempenhos, Ideb indica por onde pode evoluir a educação

JC Notícias – 22/08/2024

“Desde a divulgação dos dados, há uma corrida para verificar ‘vencedores’ e ‘perdedores’ em uma corrida que deveria ser, antes de mais nada, colaborativa”, comenta Gustavo Borbaprofessor de Design na Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), em artigo para o The Conversation Brasil

Na semana passada, a divulgação dos dados Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) referentes ao ano de 2023 ganharam grande repercussão nacional, com os estados e cidades (entre elas o Rio de Janeiro) que tiveram evoluções consideráveis no ranking comemorando com razão o desempenho. Mas a leitura dos resultados do Ideb pode e deve ir muito além da mera comparação de desempenhos.

Antes de mais nada: o que é, exatamente, o Ideb? Ele é um indicador gerado a partir de dois vetores: o censo escolar, com foco nas aprovações, e o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). Um representa o avanço dos estudantes e o outro, o desempenho quando avançam. E o foco do índice está na avaliação de desempenho nas áreas de matemática e língua portuguesa.

Veja o texto na íntegra: The Conversation Brasil 

 

Ideb 2023 mostra que não é só sobre dinheiro

JC Notícias, 20/08/2024

“Práticas pedagógicas obsoletas devem dar lugar a metodologias que valorizem o desenvolvimento do aluno”, afirma Rudá Ricci, presidente do Instituto Cultiva, em artigo para a Folha de S. Paulo

O fracasso da educação no Brasil é um problema que vai além da simples falta de recursos financeiros.

Para compreender esse drama, é preciso enxergar a grave desconexão existente entre as duas etapas do ensino. Nos anos iniciais, ou fundamental 1, o ensino se baseia em métodos construtivistas, focados no comportamento emocional dos alunos. Mas, a partir do ensino fundamental 2, ocorre uma esquizofrenia nas políticas educacionais, que migram para uma formação técnica, pautada pela memorização dos conteúdos. Isso implica uma educação fragmentada, que não atende às necessidades do desenvolvimento integral dos alunos, resultando nos dados revelados na última quarta-feira (14) pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Calculado a cada dois anos, a partir da taxa de aprovação das escolas e das médias dos alunos em matemática e português, o Ideb, por si só, apresenta falhas no seu papel de indicador de qualidade para a educação no país. Ainda assim, essa régua nos mostra que, quanto mais o aluno se aproxima dos anos finais do ensino fundamental, pior é a sua nota. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb nacional foi de 6, um aumento em relação aos 5,8 de 2021. Já nos anos finais, o índice ficou em 5, abaixo da meta de 5,5. Quando olhamos para o ensino médio, vemos um Ideb de 4,3 —muito aquém da meta de 5,2 para este primeiro ciclo do indicador (2007-2021).

Veja o texto na íntegra: Folha de S. Paulo

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Os resultados do IDEB  e o letramento em avaliação

Helder Gomes Rodrigues

20/08/2024

Com a recente divulgação dos resultados do IDEB, faz–se necessário pensar sobre o letramento em avaliação da sociedade brasileira e principalmente dos profissionais da educação. Nossa sociedade ainda precisa avançar no que se refere ao letramento em avaliação, isso ficou demonstrado quando a população passou a comentar e a ratificar a classificação e o ranqueamento das escolas na avaliação. Nesse sentido, a grande questão não são as provas, nem os resultados, o problema está no baixo letramento em avaliação que leva à incompreensão e à supervalorização desse tipo de avaliação.

É preciso um melhor entendimento por parte da população sobre as avaliações, sobre os exames padronizados, entender as diferenças regionais de um país de dimensões continentais como o nosso e perceber como os índices avaliativos, quando bem interpretados, podem contribuir ou alavancar a qualidade da educação. Apenas classificar as escolas, além de excludente, é uma deturpação do ato de avaliar.

Nesse contexto, quem seriam os responsáveis por esse letramento em avaliação? É claro que o letramento em avaliação dos docentes e da população em geral possui níveis diferentes (Stiggins,1991). Os profissionais da educação têm um papel importantíssimo. Uma vez letrados, eles podem contribuir trazendo reflexões dentro das escolas sobre os níveis de avaliação que, segundo Freitas ( 2009), nomeados como avaliação de redes, institucional e da aprendizagem dos estudantes em sala de aula. Segundo esse mesmo autor, é preciso uma articulação entre esses três níveis de avaliação, caso contrário os indicadores das avaliações de rede nada contribuirão para o sucesso das aprendizagens dentro da escola.

Outro agente que pode contribuir com o letramento em avaliação são os meios de comunicação, ao divulgarem os resultados podem também trazer a contextualização das realidades dos estados brasileiros, a historicidade de algumas escolas, esclarecimentos sobre como as avalições são pensadas e realizadas. Tudo isso pode contribuir para que os cidadãos brasileiros vejam as avaliações para além das provas, notas e resultados.

Já na escola, quanto maior for o letramento em avaliação, mais os profissionais estarão habilitados e seguros para conduzir a avaliação institucional, olhando os resultados dos indicadores das avalições externas, comparando a escola com ela mesma, conscientes de sua realidade e dos seus avanços, progressos e fragilidades. Dessa forma, o impacto se reflete também dentro da sala de aula, numa perspectiva formativa, objetivando as aprendizagens de todos. Conforme afirma Villas Boas ( 2019), a avaliação formativa é para as aprendizagens porque faz movimentos em sua busca, produzindo novas ações e não se contentando apenas com resultados.

Referências

FREITAS, Luiz Carlos et al. Avaliação educacional: caminhando pela contramão.  Petrópolis, RJ: Vozes, 2014, 7ª ed.

VILLAS BOAS, Benigna M. de F. (org.). Conversas sobre Avaliação. Campinas, SP: Papirus, 2019.

STIGGINS, R. Assessment literacy. Phi Delta Kappan, v.72, 1991, pp. 534-539.

 

Jovens invisíveis no Ideb

JC Notícias – 19/08/2024

“Análise da qualidade da educação brasileira não pode mais ignorar esse público que hoje está fora da sala de aula”, salienta o colunista do jornal O Globo, Antônio Gois

Cada nova rodada de divulgação do Ideb suscita, naturalmente, debates sobre os resultados de redes públicas e privadas. É positivo que isso ocorra, mas é preciso também reconhecer que qualquer avaliação da aprendizagem tem suas limitações. No caso do Ideb, uma das principais é o fato de captar apenas o que se passa dentro da escola, por ser baseado em testes de matemática e português, combinados com estatísticas de aprovação. Num país em que parcela expressiva dos jovens abandona os estudos antes de completar o ensino médio, isso resulta num diagnóstico impreciso sobre a educação de toda a juventude.

O ensino fundamental sofre menos com a limitação de não avaliar crianças fora da escola. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, 95% da faixa etária entre 6 e 14 anos estavam matriculados nesta etapa em 2023, percentual que sobe para 99,4% se incluirmos também a população ainda retida na educação infantil. Fora da escola, portanto, estão apenas 0,6%. O percentual registrado na mesma pesquisa em 2005, primeiro ano do Ideb, não era muito diferente: 87% das crianças de 6 a 14 no ensino fundamental. Isso significa que não houve no período inclusão maciça de crianças mais pobres ou grande pressão por expansão de vagas. Pelo contrário, a diminuição nas taxas de fecundidade resultou até em menos demanda.

Veja o texto na íntegra: O Globo

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Alunos terminam ensino médio sem saber calcular porcentagem, aponta Ideb

JC Notícias, 17/08/2024

Indicador mostrou estagnação do sistema educacional brasileiro em patamares de aprendizado muito baixos em 2023

Os resultados do Ideb 2023 mostraram o cenário de estagnação do sistema educacional brasileiro em patamares de aprendizado muito baixos. Como as deficiências vão se arrastando ao longo da trajetória escolar, os alunos terminam o ensino médio sem saber, por exemplo, como calcular porcentagem.

Os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, principal indicador de qualidade da educação, foram divulgados nesta quarta-feira (14) pelo MEC (Ministério da Educação). Eles mostraram uma leve melhora no desempenho dos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano) e ensino médio, e queda nos anos finais (do 6º ao 9º ano).

Veja o texto na íntegra: Folha de S. Paulo

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Escolas em tempo integral têm Ideb mais alto, diz estudo

JC Notícias – 17/08/2024

Colégios da rede pública com mais tempo de aula tiveram nota melhor do que as com menos horas de ensino

Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 mostram que estudantes de escolas em tempo integral — com mais de sete horas de aulas por dia — aprendem o equivalente a um ano a mais em Matemática, de acordo com análise de dois institutos voltados para a melhoria do ensino no país, o Sonho Grande e o Natura. O levantamento mostra ainda que esse grupo de colégios da rede pública com mais tempo diário de aula teve um nota de 4,4 no indicador, contra 4,1 das unidades em tempo parcial.

O Brasil tem visto uma expansão consistente das escolas em tempo integral no ensino médio. Em 2019, 13% dos colégios e 10% dos alunos estavam nessas unidades. Em 2023, esses números pularam para 33% e 18%, respectivamente.

— Alguns estados conseguiram uma expansão relevante e obtiveram resultado no Ideb — aponta Ana Paula Pereira, diretora executiva do Instituto Sonho Grande.

De acordo com o Sonho Grande, o Paraná, por exemplo, triplicou o número de escolas integrais no ensino médio e conseguiu um aumento de 0,5 no Ideb dessas unidades. O estudo descobriu que as escolas que até 2019 eram regulares e que, antes de 2023, passaram a ter pelo menos sete horas de aulas por dia conseguiram um crescimento médio no indicador de 0,3 pontos. Já as que permaneceram em tempo parcial tiveram crescimento de 0,1.

Veja o texto na íntegra: O Globo

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O IDEB pode mais do que ranquear escolas

Benigna Villas Boas

16/08/2024

http://gepa-avaliacaoeducacional.com.br

www.benignavillasboas.com.br

O Mec divulgou na última quarta-feira, 14/08/2024, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), referentes ao ano de 2023. Com estardalhaço, a imprensa nacional e a do Distrito Federal, prontamente, apresentaram os resultados em forma de classificação das escolas. Este não é o exemplo a ser seguido pelas unidades de ensino de todo o país ao informarem às famílias os resultados do processo avaliativo por elas desenvolvido.

Nesses momentos de divulgação de dados produzidos pelo MEC, profissionais nem sempre familiarizados com o trabalho pedagógico escolar são entrevistados para apresentarem suas análises. O curioso é que não são convidados diretores escolares nem professores para analisarem o significado desses dados em relação à realidade da sua escola e para dizerem quais ações serão planejadas para o enfrentamento das necessidades encontradas. Este seria o melhor caminho. Não se pode pensar a escola de fora para dentro.  

Avaliar as aprendizagens incorporadas pelos estudantes, em nível nacional, é tarefa necessária e que não se esgota com a apresentação dos seus resultados. Até agora não foi concluído o processo avaliativo desenvolvido pelo MEC. A apresentação dos resultados numéricos precisa ser acompanhada das providências a serem tomadas no sentido de colaborar com as secretarias de educação para que reorganizem o trabalho pedagógico em cada escola e em cada turma, com vistas à incorporação de aprendizagens por todos os estudantes.

A avaliação em larga escala faz sentido quando seus resultados se incorporam aos produzidos pela escola para que, ela própria, encontre os meios de garantir que todos os seus estudantes aprendam.

Os dados do IDEB apresentam um benefício adicional: apontam as necessidades de formação continuada dos professores. Contudo, eles precisam se desvincular do ranqueamento de escolas.

 

Indicador da qualidade da educação tem leve alta nos anos iniciais e queda nos finais, e Brasil segue abaixo do pré-pandemia

JC Notícias – 14/08/2024

Dados do Ideb 2023 foram divulgados nesta quarta-feira (14) pelo MEC

O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2023, principal indicador de qualidade da educação básica, mostra um cenário de estagnação do sistema educacional. Houve leve aumento nos índices dos anos iniciais do ensino fundamental e ensino médio, e leve queda nos anos finais.

Os níveis de aprendizado da educação básica brasileira em 2023 avançaram com relação a 2021, mas ainda estão abaixo dos níveis pré-pandemia, mostra os indicadores federais. Isso ocorre com as notas de português e matemática nas três etapas avaliadas: anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio

O indicador é produzido a cada dois anos para os anos iniciais (5º ano) e finais (9º ano) do ensino fundamental e também para o 3º ano do ensino médio. Ele é calculado a partir de dois componentes: a taxa de aprovação das escolas e as médias de desempenho dos alunos em uma avaliação de matemática e português.

Leia na íntegra: Folha de S. Paulo

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O Ideb e a avaliação educacional

JC Notícias, 12/08/2024

“Pensar no futuro da educação passa, inevitavelmente, por uma reformulação significativa dos instrumentos de avaliação”, afirma o colunista do jornal O Globo, Ricardo Henriques

O MEC divulgará em breve números de 2023 do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), principal indicador da qualidade do ensino no país. Mesmo sem saber os resultados, é possível antecipar cuidados na comparação com 2021, ano muito impactado pela pandemia, e já projetar aperfeiçoamentos necessários no atual Sistema de Avaliação da Educação Básica, temas tratados em nota técnia que o Instituto Unibanco divulgou na semana passada.

A série histórica de 2005 a 2019 indicava avanços consecutivos no 5º ano do ensino fundamental, melhorias menos robustas no 9º ano, e um quadro de quase estagnação no médio. Nessa última etapa, os dados de 2019 trouxeram esperança, com avanço inédito de 0,4 ponto (de 0 a 10) em relação a 2017.

Veja o texto na íntegra: O Globo

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