Placas em escolas de Minas Gerais

Reportagem do Jornal Nacional do dia 28/12/2012 divulgou a iniciativa do governo de Minas Gerais de colocar placas na entrada de suas escolas indicando a nota de cada uma no Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Esse número é calculado por meio de uma fórmula que considera a nota obtida pelos estudantes na Prova Brasil e o fluxo escolar. Nas escolas onde forem instaladas, as placas vão ficar em local de muito movimento, bem à vista dos alunos, dos seus pais e dos professores para que possam se lembrar, a todo momento, da nota que tiraram no Ideb, afirmou a reportagem.

Contudo, esse índice não informa a qualidade do trabalho desenvolvido porque não leva em consideração a qualificação dos professores, a sua maneira de atuar, o currículo adotado, as práticas avaliativas, as condições de trabalho da escola, o envolvimento dos pais. A reportagem mostrou imagens de uma escola em péssimo estado de conservação. A sua  diretora comentou:  “Os nossos resultados não são os piores, mas podem ser melhorados muito. Muito mesmo”. Será que gestores, professores, pais e estudantes entendem o significado desse índice? Como ele será utilizado pelas escolas?

Uma mãe que assistia à fixação da placa avaliou:  “Aí vai poder haver cobrança das duas partes: dos filhos da gente e dos professores”. Cobrança do quê? O índice não revela o que precisa ser melhorado. Será que ela se refere à cobrança de notas altas?

 

2 respostas para “Placas em escolas de Minas Gerais”

  1. Percebi que o indice do IDEB foi utlizado aqui no DF durante o período eleitoral. Pelo menos na escola na qual trabalho e em nossa Regional de ensino no período de eleição para diretores e vice diretores na escola no final do ano passado, esse era um número muito comentado e na maioria das vezes, não se levava em consideração a comunidade na qual a escola está localizada e os outros fatores como, por exemplo, o fato da escola ter sido inaugurada há pouco mais de 3 anos.
    Concordo com a senhora professora, quando diz que esse dado é vazio por si só. Há que se primeiro formar os profissionais da escola, os alunos e seus responsáveis para compreender melhor a fim de exigir melhores condições para realizarmos um trabalho de qualidade.
    Abraços,
    Juliana P. de Melo

     

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