DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DA SEEDF: MOVIMENTO DE IMPLEMENTAÇÃO

DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DA SEEDF: MOVIMENTO DE IMPLEMENTAÇÃO

Por: Erisevelton Silva Lima – Doutor em

Educação pela Universidade de Brasília – UnB

 

O documento Diretrizes de Avaliação Educacional (2014/2016), recentemente aprovado pelo Conselho de Educação do Distrito Federal – CEDF, entrou noutra etapa de singular importância: encontros, reuniões, palestras, conversas sobre seu teor e sua colocação em prática na rede pública de ensino do Distrito Federal. A rede local possui 656 escolas, 17 Centros de Educação da Primeira Infância – CEPIS e mais 64 instituições conveniadas que são orientadas pelas normas técnico-pedagógicas que emanam da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal – SEEDF.

A recepção, até o momento, tem sido produtiva, já foram realizados diversos encontros nas diferentes regionais de ensino, em que se contou com a presença de, aproximadamente, 1300 profissionais, dentre os quais: gestores escolares, coordenadores pedagógicos, docentes, orientadores educacionais, psicólogos escolares e psicopedagogos. No dia 7 de maio a rede promoveu com as presenças das professoras pesquisadoras da UnB e da Unicamp, Benigna Maria de Freitas Villas Boas e Mara Regina Lemes De Sordi mesa redonda para debater e qualificar o documento, tendo comparecido cerca de 1200 profissionais das escolas públicas do Distrito Federal. No dia 10 de setembro de 2014, data destinada ao Encontro Pedagógico com toda comunidade ou dia letivo temático assegurado no calendário escolar, a SEEDF prepara-se para enviar documento norteador como subsídio às discussões sobre as Diretrizes de Avaliação e sua articulação com a organização do trabalho pedagógico de cada escola. Além disso, o texto das Diretrizes de Avaliação Educacional é documento obrigatório em todos os cursos realizados pela Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação – EAPE, setor responsável pela formação continuada dos docentes e demais profissionais que ingressarem na carreira do magistério público do DF. Durante o mês de agosto as Diretrizes de Avaliação foram escolhidas, pelos docentes das seis escolas optantes pelo projeto de reorganização escolar, para serem discutidas nos encontros de formação dos professores e gestores que aderiram ao projeto dos Ciclos para as Aprendizagens (anos finais) em todo Distrito Federal.

Os questionamentos mais recorrentes nos encontros retomam a mesma temática: Como fazer o uso de uma avaliação formativa sendo que tenho mais de oito, dez turmas e cerca de 460 alunos? A esse propósito tem-se ratificado a necessidade de compreender o trabalho diversificado combinado com as estratégias de avaliação propostas no documento e um projeto coletivo cuja avaliação é negociada e assumida como parte integrante do projeto político-pedagógico da instituição. Além de reiterarmos a importância da diversificação dos instrumentos e procedimentos, retomamos a tese de Charles Hadji (2001) de que não é o instrumento que define a função formativa da avaliação e, sim, o uso que se fará dele. A avaliação formativa requer estudos, compreensões e práticas que vão ao encontro da proposta pedagógica da rede. Uma vez eleitas a Pedagogia Histórico-crítica e a Psicologia histórico-cultural como capazes de aproximar os elementos sociopolíticos da educação escolar com a vida e as experiências dos estudantes da rede local, é por meio da avaliação formativa que se procurou assegurar a compreensão do par dialético objetivos-avaliação, apontado por Freitas et al (2009), como elemento potencializador dessa mesma proposta.

Destacamos que a avaliação formativa tem na definição negociada de critérios claros, na inserção do estudante por meio da autoavaliação e da avaliação por pares e, sobretudo, no retorno ou feedback os pilares essenciais para a edificação das aprendizagens de todos na escola.

 

REFERÊNCIAS

 

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL – GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. Diretrizes de Avaliação Educacional (2014-2016), Brasília – DF, 2014.

FREITAS, Luiz Carlos de. et al. Avaliação Educacional: caminhando pela contramão. RJ. Vozes, 2009.

HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada. Porto Alegre. Artmed, 2001.

 

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