Benigna Villas Boas
Consideram-se como funções da avaliação: a diagnóstica, a formativa e a somativa. Por que a classificação não está incluída? Segundo o dicionário Novo Aurélio – século XXI, da Editora Nova Fronteira, a palavra função significa ação própria ou natural. Sendo assim, não é próprio da avaliação ser classificatória porque o seu propósito é apoiar as aprendizagens de todos os estudantes e não, distribuí-los em grupos. Ela passa a ser classificatória quando se presta a comparar, o que pode acontecer de várias formas: por meio de notas ou menções, separando os estudantes em grupos (fortes, médios e fracos, aprovados e reprovados e outros), atribuindo-lhes rótulos de inteligentes, esforçados, preguiçosos, desanimados etc. Mesmo quando ela segue esse rumo, não se pode atribuir-lhe a função de classificatória.
Note-se que as três funções apontadas acima têm um propósito. À formativa cabe orientar as aprendizagens de todos os estudantes, por meio de trabalho colaborativo entre eles e os professores/as. A diagnóstica se encarrega de identificar o que e como estão aprendendo e o que lhes falta aprender, para que a função formativa entre em ação. As funções diagnóstica e formativa se imbricam. A somativa faz um balanço do trabalho desenvolvido, é pontual, isto é, ocorre em momentos definidos para conhecer o que foi aprendido em determinados períodos, como em uma unidade, um mês, projeto, semestre ou ano letivo. A formativa e a somativa não se opõem: uma complementa a outra, desde que a última não inclua classificação.