Erisevelton Silva Lima
Texto adaptado do livro do mesmo autor: O diretor e as avaliações praticadas na escola. Brasília: Editora Kiron, 2012
É que Narciso acha feio tudo o que não é espelho.
Caetano Veloso
Inicio este texto-diálogo dizendo o que não é autoavaliação. Não se trata de pedir para que a pessoa, estudante, funcionário, etc., atribua-se uma nota seja por escrito ou oralmente, isto é autonotação. A autoavaliação é um processo que precisa desencadear resultados internos que farão modificar estruturas na mente de quem a realiza. Pode ser que com o passar do tempo ou, ao mesmo tempo, a autoavaliação ajude a modificar o olhar e o agir daquele que agora se autoavalia.
Do grego, autós, quer dizer de si mesmo. Então a autoavaliação é um olhar profundo e sério sobre seus atos e posturas. Na escola, nas empresas onde quer que esse procedimento seja praticado precisa ser orientado e assistido, afinal não temos bem desenvolvida essa cultura autoavaliativa. Sempre fomos bastante examinados, testados e provados pelos outros e pouco fomos avaliados e, quase nunca, usamos da autoavaliação. Os bons processos de autoavaliação são construídos de maneira participativa e devem ser elaborados com vistas a objetivos bem definidos. Ao pedirmos para pensarmos sobre nossas rotinas, nossas ações e omissões, nossas potencialidades e fragilidades dentro de um contexto estamos iniciando um processo de autoavaliação. Se oralmente ou por escrito, irá depender do propósito e do estágio das pessoas e da organização que se propõe a realizá-la. O cuidado ético daquele que lida com pessoas em processos de autoavaliação pode fazer toda a diferença. Se os resultados forem canalizados para a exposição e ou punição perde-se aí a formatividade e a oportunidade de que os colaboradores continuem, com sinceridade, participando da autoavaliação. Na escola ela deve ser assistida e encorajada, se oralmente ou por escrito vai depender da idade, clima e cultura da organização. O mesmo vale para as demais organizações. O maior ganho do desenvolvimento da autoavaliação seja no processo pedagógico ou da gestão de pessoas é, sem dúvida, o desenvolvimento da cidadania autônoma e responsável.
Autoavaliar-se pode levar o indivíduo a outro processo que chamamos de metacognição. Quando penso no que fiz, no que aprendi, como fiz e como cheguei ao que fiz e aprendi, então, verdadeiramente aprendi. Autoavaliar-se não se resume a apontar os defeitos próprios, tampouco em ser narcisista, principalmente em detrimento dos demais membros do grupo. A autoavaliação nos remete ao sentido da verdadeira máxima socrática: Conhece-te a ti mesmo!
Você que acompanha este site como percebe ou pratica a autoavaliação?
Oi Eri,
gostei muito do seu texto sobre autoavaliação. Irei utilizá-lo nas minhas turmas de Didática e de Avaliação. O texto irá me ajudar a refletir com os alunos sobre a responsabilidade e a autonomia do ato de aprender.
Obrigada pela ajuda.
Abraços:
Emília
Boa noite.
Foi uma grande reflexão sobre o fracasso escolar.
. O cuidado ético daquele que lida com pessoas em processos de autoavaliação pode fazer toda a diferença. Se os resultados forem canalizados para a exposição e ou punição perde-se aí a formatividade e a oportunidade de que os colaboradores continuem, com sinceridade, participando da autoavaliação. Na escola ela deve ser assistida e encorajada, se oralmente ou por escrito vai depender da idade, clima e cultura da organização. O mesmo vale para as demais organizações. O maior ganho do desenvolvimento da autoavaliação seja no processo pedagógico ou da gestão de pessoas é, sem dúvida, o desenvolvimento da cidadania autônoma e responsável
Gostei muito da reflexão sobre a autoavaliação
Estimada Emília que alegria pode colaborar com vc e suas turmas de didática, convide-os a visitar nosso blog. Abço ERI
Estimada Emília que alegria poder colaborar com vc e suas turmas de didática, convide-os a visitar nosso blog. Abço ERI
Eri,
Acredito que a autoavaliação é uma prática tão difícil quanto indispensável em nossa caminhada como ser humano. Em todos os aspectos da vida a gente percebe às vezes que existe a necessidade de mudar o curso, a rota e o caminho, o problema é como vc mesmo disse, a autoavaliação precisa ser assistida por um outro profissional, ou pelos nossos pares, pois pode ser perder o foco e a necessidade e a objetividade de se autoavaliar. Percebo que ainda estamos engatinhando nas instituições escolares para essa prática mais consistente.
Obrigada pela reflexão, adorei o texto, também irei utilizá-lo na coordenação coletiva.
Abraços,
Juliana P. de Melo
Estimada professora Juliana,
que alegria poder colaborar com vc e com o coletivo da sua escola. Também concordo que ainda engatinhamos neste e noutros temas da avaliação, mas é com atitudes como a sua que levam um gruo a ler e a refletir que transformações acontecerão. Há um provérbio que diz que toda caminhada começa com o primeiro passo…então vamos nós a cada dia, e um de cada vez. Abço fraterno, Eri
Olá Eri !
Muito bom o seu texto, era o que estava procurando. O processo de autoavaliação, na minha opinião, é mesmo, algo mais íntimo e muito sério. Quem consegue pensar verdadeiramente sobre si, consegue encontrar soluções para muitas áreas da vida. Muito obrigada! Vou trabalhar com o seu texto na minha equipe de professoras de Ed. Infantil.
Parabéns!
Um abraço,
Vládia
Professor estou encantada com sua fala na live de hoje, vou ler seu livro, acredito que será muito útil não apenas para meu crescimento acadêmico como pessoal.
Considero a autoavaliação uma ferramenta engrandecedora do aprendizado. Apenas quando conseguimos refletir sobre as nossas dificuldades geramos aprendizagem. O aluno precisa confiar no docente para que a sua autoavaliação seja fruto sincero de uma reflexão sobre sua aprendizagem.
Bom dia, Erí,
A palestra me deixou encantada com todo conhecimento e verdades, me senti engajada com tudo que ouvi, por mais que queremos fugir do sistema encontramos grades e pessoas a nos impedi, mas nunca desisti de impor essa visão clara e verdadeira sobre avaliar e se posicionar diante de uma educação certeira de mudança do ser, de reconhecimento e conquistas. Estou feliz de saber que estou no caminho certo.
Prof. Erí, adorei seu texto, reflexões profundas e que trazem muito aprendizado. Mais uma vez, parabéns!!!!!!
É um refletir sobre como estou desempenhando meus conhecimentos, ou medindo minha aprendizagem, ou saber se estou retendo as informações e modificando -me. É uma maneira de identificar o que sei, para saber quando avançar, e em quê.
A reflexão que faço diz respeito sobre a forma como estou ressignificando minhas atitudes, pensamentos conhecimentos. E para isso, meço minha aprendizagem, o quanto estou retendo as informações que o muno me dá e o quanto isso pode modificar minha maneira de ver o mundo, as pessoas e a mim mesma. É uma maneira de identificar o que sei, para saber quando avançar, quando devo parar e como devo proceder diante das situações.
A auto-avaliação é o mecanismo mais eficaz para que possamos nos conhecer. Se me conheço sei o que faço certo e errado e, assim, posso melhorar-me em todos os aspectos.
“Autoavaliação ajude a modificar o olhar e o agir daquele que agora se autoavalia.”
É muito importante aguçar nesse individuo, o enxergar como autor de suas próprias conquistas, seja elas positivas ou não, pois através delas que ele vai evoluir como um todo.
Gostei muito. Sempre devemos refletir.
Ótimas reflexões , com muito aprendizado.
O texto é muito reflexivo trazendo muito aprendizado a todos.
Fazer a autoavaliação não é fácil, talvez porque a forma e o conceito de autoavaliação não é de todo conhecido e entendido.
Esse texto é muito esclarecer para entender a forma e importância da autoavaliação.
Muito agradecida pelas suas explicação, foi enriquecedor.
Gostei muito da aula e do artigo. Eu estou começando a compreender o processo de autoavaliação agora. Sou professora faz trinta anos e minha prática tem mudado muito. Acho que o ser humano tem a tendência de repetir padrões, mesmo que estes padrões estejam ultrapassados. À medida que fazemos uma autoavaliação precisamos estar dispostos a mudar. É preciso ter coragem para sair da zona de conforto, mudar dói, mas é gratificante.
Acredito que desde o momento em que levantamos pela manhã estamos avaliando, seja na roupa que vamos vestir para ir ao trabalho, no caminho que iremos desviar para não pegar trânsito, nas mensagens que iremos responder durante o dia, enfim, entre tantas outras situações que exigem de nós avaliar o que é bom ou ruim. E no final dele nos autoavaliamos com as decisões que tomamos, sejam elas positivas ou negativas. É claro que a autoavaliação não é algo fácil, pois exige de nós honestidade em reconhecer nossos defeitos, não que isso sirva para nos diminuir, e sim, para que possamos entender quais são os pontos que precisamos melhorar. É importante entender que o julgamento não é algo positivo quando nos autoavaliamos, mas sim a reflexão verdadeira do que nos trás felicidade, o que nos causa medo, o que nos provoca entusiasmo, o que nos faz sofrer, assim, podemos ver com clareza e podemos lidar melhor com situações que se apresentam ao longo de nossa vida.
Confesso que a autoavaliação não era algo que eu tinha por hábito de realizar, mas percebi que ao longo de minha vida e de minha trajetória acadêmica, que nem é tão longa assim, notei a importância de sempre refletir sobre minhas escolhas, sobre quais são os objetivos da minha vida, que sonhos eu ainda desejo realizar, que metas quero incluir na minha vasta lista de desejos, que tipo de pessoa estou sendo e como serei lembrada quando não estiver mais aqui, enfim, a partir desses inúmeros questionamentos eu agradeço pela aula maravilhosa do professor Erisevelton, que veio de encontro com minhas indagações sobre avaliar também o outro, que cá para nós, é algo fácil quando é realizado com julgamentos e não com uma visão formativa, dialógica, encorajadora e honesta. O processo de avaliar o outro com certeza deve partir primeiramente em minha autoavaliação.
Gostei muito do artigo, deu para sanar bastante dúvidas
Autoavaliação, depois deste momento com o Ler e Pensar, passa a ser para mim, o fruto de novas construções e anseio profissional. Vejo nas palavras do Dr. Erivelton a luz de Paulo Freire. O discurso da aula foi libertador, e o artigo acima mencionado o motor de revisão para o encontro definitivo com uma nova visão a respeito de autoavaliação. Estou mesmo engajada neste horizonte de reconstruções que dialoga e potencia a relação entre ensino e aprendizagem. Perfeito. Me sinto mais humanizada e convicta de que sou mesmo Freiriana.
Parabéns, me identifico com auto avaliação, muito explicado e bem conceituado pelo prof. Erisevelton, tenho o cuidado com a maneira de melhorar o meu trabalho e desempenho.
Todo processo de auto avaliação está permeado pela relação sincera e verdadeira que estabelecemos com nossos alunos. Nos anos iniciais ao adotarmos tal prática estamos buscando construindo com nossos alunos vínculos de respeito e autonomia.
Auto avaliação é andaime para a aprendizagem.
Oi, esse artigo nos traz uma reflexão muito boa sobre a Auto avaliação ver o lado positivo da situação na qual se encontra. Nos mostra que a auto avaliação é ver por dentro de nós , o que fizemos de bom, de positivo enfim tornarmos melhor para a próxima situação.
Muito interessante , sobre a reflexão e autoavaliação, e principalmente o foco , pois estamos sempre a criticar ou observar mais o outro do que a nós mesmos. e se cada avaliação perguntar aos alunos como foi a prova se entenderam a pergunta ou tiveram dúvidas , assim levaria a mudar para questões mais ilustrativas entre outras formas . A autoavaliação é o desenvolvimento conforme a mudança e experiência, para sempre nos aprimorarmos.