ESPANHA REAGE À MANIA DOS TESTES

Espanha reage à mania dos testes

Publicado em 25/04/2016 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Em uma reação surpreendente, professores, pais e autoridades inseriram-se na luta contra os testes e ranqueamentos no primeiro ciclo da educação básica espanhola (estudantes de 12 anos). É o que nos informa Antonio José Lopes, em mensagem ao blog que alerta para estes fatos. Continue lendo “ESPANHA REAGE À MANIA DOS TESTES”

 

O ENGANO FATAL DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

O ENGANO FATAL DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Publicado no blog do GEPA em 05/04/2016

Um artigo da revista on line Education Week, de 23 de março de 2016, de autoria de W. James Popham, trata do engano fatal da avaliação educacional. Popham é professor emérito da Faculdade de Educação da Universidade da California, em Los Angeles, e foi presidente da Associação Americana de Pesquisas Educacionais. É autor de livros e artigos sobre avaliação.

Farei uma tradução livre do artigo. Continue lendo “O ENGANO FATAL DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL”

 

OBAMA QUER DETER POLÍTICA DE TESTES

Obama quer deter política de testes

Publicado em 24/10/2015 por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

FAIRTEST e a Badass Teacher Association reagiram hoje em notas onde comentam a declaração do Governo Obama a favor da diminuição dos testes usados nos Estados Unidos. No entanto, ela foi recebida com desconfiança em um clima em que Hillary Clinton está sendo alçada a candidata dos democratas para as próximas eleições. As organizações e ativistas querem medidas concretas. Continue lendo “OBAMA QUER DETER POLÍTICA DE TESTES”

 

PAIS RESISTEM AOS TESTES

Nova York: pais resistem aos testes

Publicado em 17/08/2015 por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

Carolyn Thompson informa que cerca de 20% dos estudantes do terceiro ao oitavo ano de escolaridade do Estado de Nova York recusaram-se a fazer os testes estaduais de Inglês e Matemática. A informação é da Secretaria da Educação do Estado que divulgou os resultados da última avaliação realizada. As pontuações tiveram apenas um ligeiro aumento no desempenho global dos estudantes.

Em números, foram 900 mil alunos que fizeram o teste e 200 mil que se recusaram a fazer o teste, valendo-se da lei “opt out” que permite que os pais determinem se os filhos devem ou não realizar testes de larga escala. O resultado dos “opt outs” foi considerado um sucesso para os movimentos de resistência aos testes dentro dos Estados Unidos que consideram que há excessiva dependência de testes no estado.

No ano anterior, houve apenas 5% de “opt outs” o qual saltou, agora, para 20%. Continue lendo “PAIS RESISTEM AOS TESTES”

 

MÁQUINAS DE PREPARAÇÃO PARA TESTE

Máquinas de preparação para teste

Publicado em 25/05/2015 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Há muito que se alerta para o fato de que os exames criam uma tradição de estudos que estreita o currículo. Isso se deve, entre outras coisas, à concepção de que notas altas são sinônimo de boa educação. Falso, obviamente. Mas faz com que se estude apenas aquilo que cai nas provas. Ao se transformar o ENEM em exame de ingresso, ele foi corrompido como instrumento de diagnóstico do ensino médio.

A outra consequência é a preparação para os testes ao invés de efetivo estudo e formação.

O Estado de SP acaba de oficializar a preparação para o teste como boa educação. Continue lendo “MÁQUINAS DE PREPARAÇÃO PARA TESTE”

 

INTERNATIONAL TEST SCORES PREDICT NOTHING

Diane Ravitch Become a fan

Research Professor of Education, New York University; Author, ‘Reign of Error’

 

International Test Scores Predict Nothing

Posted: 12/31/1969 7:00 pm EST Updated: 10/24/2013 8:31 am EDT

Uh-oh! Another study has appeared warning that we are falling behind other nations on international standardized tests.

The National Assessment Governing Board released the results of a study comparing the performance of U.S. states to nations that participated in the 2011 TIMSS.

Students in most U.S. states were above the international average but the nations known for their test-taking culture dominated the results. That is, the top performing nations were Singapore, Korea, Chinese Taipei, and Japan.

The usual hand-wringers were wringing their hands about how awful we were, how terribly we compare to those at the top.

The reporters from the New York Times and the Washington Post tried to reach me but I was at an all-day event in Vermont-New Hampshire and did not see their messages.

If I had responded, I would have said this: International test scores do not predict the economic future. Once a nation is above a basic threshold of literacy, the numbers reflect how good that nation is at test-taking. They are meaningless as economic predictors. Continue lendo “INTERNATIONAL TEST SCORES PREDICT NOTHING”

 

GRANDES TESTES CORROMPERAM SISTEMA EDUCACIONAL TRADICIONAL

VALOR ECONÔMICO

23/03/2014

Grandes testes corromperam sistema educacional tradicional, diz Nobel

Por Luciano Máximo | Valor

BRASÍLIA – Ministros da Educação, formuladores de políticas públicas e especialistas em ensino de vários países se reúnem em São Paulo amanhã e terça-feira para ouvir o economista James Heckman, prêmio Nobel de Economia, falar sobre um tema que está no radar das políticas educacionais de governos do mundo inteiro: a importância de medir e avaliar habilidades não cognitivas ou socioemocionais – como liderança, abertura a novas experiências, otimismo, perseverança – e seus impactos na qualidade do ensino, usando modelagens econômicas e técnicas psicométricas.

No seminário “Educar para as competências do século XXI”, organizado pelo Ministério da Educação (MEC) e Instituto Ayrton Senna (IAS), Heckman e seu assistente na Universidade de Chicago Tim Kautz vão apresentar um trabalho acadêmico encomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que pretende mostrar que avaliações educacionais de larga escala, como o Pisa e a Prova Brasil, por exemplo, aplicadas hoje em vários países para medir a qualidade do ensino, têm um potencial limitado. Continue lendo “GRANDES TESTES CORROMPERAM SISTEMA EDUCACIONAL TRADICIONAL”

 

NOSSA CURVA É OUTRA

Luiz Carlos de Freitas
Texto publicado no blog Avaliação Educacional – Blog do Freitas, em 27/12/2013
Publicado neste blog com autorização do autor

A relação pobreza/mau desempenho é bastante conhecida e investigada ao redor do mundo. Em geral, os pesquisadores concordam em que elas são variáveis associadas. Em geral, novamente, mau desempenho acompanha a pobreza e vice-versa. Dito de outra forma, quanto maior é a pobreza, maior é a probabilidade de insucesso escolar.

Os reformadores empresariais reconhecem isso. Mas… pensam que a escola pode suplantar a pobreza com a sua ação eficaz. Daí sua ênfase na figura do professor como aquele que vai ajudar a superar a condição da criança. Baseiam-se em experiências exitosas isoladas as quais elevam à categoria de comprovação de sua tese.

Os reformadores empresariais são por excelência, liberais. Qualquer um que estudou esta proposta social sabe que ela propõe que todos tenham apenas igualdade de oportunidades. Não pode ir além disso. Não está em seu ideário a igualdade de resultados – nem mesmo acadêmicos, quanto mais econômico-sociais. A palavra chave da ideologia liberal chama-se: esforço pessoal. Isso conduziria ao sucesso. Transliterado para a ação da escola, professores deveriam ser bons estimuladores e motivadores de seus estudantes para que eles, apoiados em esforço pessoal, fossem então bem sucedidos. Claro: como as pessoas não são iguais, também os resultados não seriam iguais. Mas… tiveram oportunidade. Continue lendo “NOSSA CURVA É OUTRA”

 

Para que servem os testes padronizados

“Os testes são necessários e úteis. Mas os testes devem ser suplementados pelo juízo humano. Quando definimos o que importa na educação apenas pelo que nós mensuramos, estamos em sérios problemas. Quando isso acontece, tendemos a esquecer que as escolas são responsáveis por moldar caráter, desenvolver mentes sãs em corpos saudáveis (mens sana in corpore sano) e formar cidadãos para nossa democracia, não apenas ensinar habilidades básicas. Nós até mesmo esquecemos de refletir sobre o que queremos dizer quando falamos em boa educação.

Certamente temos mais em mente do que meramente letramento e cálculo. E quando nós usamos os resultados dos testes, com todas as suas limitações, como meios rotineiros de demitir educadores, distribuir bônus e fechar escolas, então distorcemos o propósito da escolarização de uma vez só”.

Diane Ravitch. Vida e morte do grande sistema educacional americano: como os testes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a educação. Porto Alegre: Sulina, 2011, p. 190.