Pais e professores: ensino remoto não é dia letivo

Pais e professores: ensino remoto não é dia letivo

por Luiz Carlos de Freitas

Pais e professores estão se organizando para impedir na justiça que aulas remotas possam contar como dias letivos. “É com essa preocupação que começam a surgir ações do Ministério Público e projetos de lei para impedir que o ensino remoto na educação básica seja contabilizado como parte das horas letivas obrigatórias estipuladas pelo Ministério da […]

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Luiz Carlos de Freitas | 03/05/2020 às 1:31 PM | Tags: Pandemia, Resistência | Categorias: Segregação/exclusão, Weintraub no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-7dW, no blog do Freitas

 

CNE aprova Parecer – III

 

CNE aprova Parecer – III

por Luiz Carlos de Freitas

Também a imprensa tem comentado a aprovação do Parecer do CNE no dia de ontem. O site da UOLeducação teve acesso ao texto e comenta aspectos do mesmo. O parecer reconhece, como dias letivos, os arranjos não presenciais que os sistemas fizerem para conectar-se às residências dos estudantes. Ainda estabelece que cabe aos Estados e Municípios […]

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Luiz Carlos de Freitas | 29/04/2020 às 9:35 AM | Tags: Pandemia | Categorias: Assuntos gerais | URL: https://wp.me/p2YYSH-7dD

 

DF: escolas cívico-militares podem voltar a ter aula

DF: escolas cívico-militares podem voltar a ter aula

por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

Assine abaixo assinado dos pais de estudantes que cursam escolas cívico-militares e que se organizaram para impedir a volta às aulas. (Assine aqui.) A hipótese de voltar a ter aulas assustou a comunidade escolar e um abaixo assinado on line foi criado para barrar a ideia. Diz o abaixo assinado: “É de conhecimento público que ainda […]

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Luiz Carlos de Freitas | 22/04/2020 às 9:10 PM | Tags: Pandemia, Resistência | Categorias: Militarização de escolas, Weintraub no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-7d9

 

Zara Figueiredo: volta à “normalidade” é o problema

Zara Figueiredo: volta à “normalidade” é o problema

por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

Zara Figueiredo Tripodi questiona o conceito de “normalidade” ao qual se está querendo voltar. “Se normalidade pressupõe voltar à situação que precede à suspensão das aulas devido ao isolamento social, em educação isso significa assumir, por contiguidade, o retorno a uma disfuncionalidade política do governo federal em responder às demandas da área, sem precedentes.” “Alunos […]

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Luiz Carlos de Freitas | 22/04/2020 às 8:36 PM | Tags: Pandemia, Resistência, Segregação | Categorias: Meritocracia, Segregação/exclusão, Weintraub no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-7d4

 

Volta às aulas

Volta às aulas

 Por Rose Meire da Silva e Oliveira- pesquisadora do GEPA

 Seria ironia se não fosse verdade o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro no dia anterior ao aniversário da capital, noticiar a intenção de reabertura das escolas cívico-militares da rede pública de ensino, em meio à pandemia do novo coronavírus, a partir da próxima semana.

Considerando que as escolas de gestão compartilhada da SEEDF apresentam baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e encontram-se em áreas de maior vulnerabilidade social, por que expor os profissionais da educação e da segurança, professores, principalmente os estudantes e seus familiares, pais/responsáveis, avós e cuidadores que residem exatamente em locais tão precários?  Continue lendo “Volta às aulas”

 

USA: estudantes pedem novas formas de ingresso em faculdades

USA: estudantes pedem novas formas de ingresso em faculdades

por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

Estudantes americanos, candidatos às faculdades e universidades, estão reivindicando rever a política de testes padronizados para o ingresso 20/21 devido à pandemia e solicitando formas opcionais de admissão nas instituições. O National Education Policy Center retrata o movimento em seu Newsletter. Além das suspensões anunciadas de exames equivalentes ao nosso ENEM, os estudantes consideram o […]

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Luiz Carlos de Freitas | 21/04/2020 às 9:40 AM | Tags: Pandemia, Resistência, Segregação | Categorias: Assuntos gerais, Enem, Segregação/exclusão, Weintraub no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-7cT

 

EAD, tecnologias e finalidades da educação

EAD, tecnologias e finalidades da educação

por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

Em tempos de fechamento das escolas para enfrentamento da pandemia do coronavirus, o debate sobre a EAD reaparece com força. Há três aspectos, no entanto, que estão embolados nesta discussão dificultando um melhor entendimento do papel das tecnologias de informação e comunicação que estão embutidas na forma EAD – ensino à distância – e nas […]

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A live do professor Luiz Carlos de Freitas

 

A live do professor Luiz Carlos de Freitas

Cristhian Spindola Ferreira – pesquisadora do GEPA

No dia 07 de abril de 2020, o APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná convidou o Professor Luiz Carlos de Freitas para uma live, na qual o pesquisador abordou pontos importantíssimos de entendimento do processo educativo em tempos de coronavírus, dentre os quais ressalto os seguintes:

  • a finalidade e utilização das aulas em EAD – para o pesquisador essa estratégia pode ser utilizada como uma ação complementar ao ensino e rechaça a oficialização da medida como substituição ao de dia letivo escolar, pois esse processo agrava as desigualdades educacionais e estruturais da sociedade brasileira;
  • o estabelecimento de um ciclo formativo 2020 e 2021 – o professor propõe garantir a equidade de atendimento de todos os estudantes brasileiros. Para isso, as secretarias de educação e o MEC devem articular uma adaptação temporal do ano letivo;
  • o setor educacional, assim como outros setores da gestão pública, devem superar o “burocracismo”, com ações de replanejamento das aplicações de exames e avaliações externas.

Durante toda a live, o professor nos provocou a refletir sobre o que é a escola, seus limites de expansão e, principalmente, o entendimento do bem-estar social superando o bem-estar individual.          

 

 

 

 

Em tempos de pandemia: banalização da educação a distância?

Em tempos de pandemia: banalização da educação a distância?

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Professora emérita da UnB

No momento em que enfrentamos o Novo Coronavírus, receio que a educação a distância (ead) esteja sendo banalizada, pelos motivos que se seguem.

Em primeiro lugar, ela vem sendo praticada pelos sistemas de ensino e escolas com um grande número de estudantes e professores, sem terem passado por nenhuma ou quase nenhuma preparação. Em muitos casos, foi implantada repentinamente. Tenho lido e ouvido comentários a seu favor e contra, por pessoas envolvidas no processo. Um dos comentários positivos é a possibilidade de os estudantes darem continuidade às atividades escolares. Um dos negativos é a dificuldade das famílias de enfrentarem esse desafio.

Em segundo lugar, a preparação para o seu uso deveria envolver não somente os professores e coordenadores pedagógicos, mas, também, estudantes e pais. Os estudantes não têm o hábito de estudar sozinhos e nem sempre conseguem organizar seu tempo para o trabalho. Parte deles está acostumada a jogos online e a se comunicar com amigos e colegas, em situações divertidas. Estudar pela internet requer postura apropriada para isso. Não é brincadeira para passar o tempo. Quanto aos seus pais, estão sendo envolvidos em uma sistemática de trabalho para a qual não receberam orientações. Já li reclamações de alguns deles dizendo não terem tempo para acompanhar as atividades dos filhos, principalmente os mais jovens, ou por não saberem o que lhes caber fazer. Permanecem junto aos filhos enquanto trabalham ou os deixam “se virando”? E os que não conhecem a dinâmica da ead? E os que não têm ou não usam computador? E os que não têm internet? Continue lendo “Em tempos de pandemia: banalização da educação a distância?”

 

GEPA em ação durante a pandemia – análise do livro A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias

Diante do cenário pandêmico hodierno, o GEPA em ação realizou, no dia 27 de março de 2020, videoconferência para analisar o livro do professor Luiz Carlos de Freitas, publicado em 2018: “A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias”, que discute os impactos dos ideais neoliberais e da política de reforma empresarial na educação. Compreender o contexto de desmonte da escola pública constitui movimento de resistência e, por isso, se faz premente.

OUTRO CAMINHO É POSSÍVEL!

Análise do livro – A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias

(Luiz Carlos de Freitas, 2018)

Em tempo de aceleração do ideário e princípios neoliberais, da expansão dos interesses privados frente ao público e do redimensionamento da relativa autonomia do Estado, a leitura do livro: “Reforma empresarial da educação: nova direita velhas ideias” nos alerta quanto aos perigos da privatização da educação pública. A obra descreve e analisa os caminhos que vêm sendo paulatinamente trilhados rumo à desestatização do ensino público, bem como propostas de resistência à instauração de tal propósito, posicionamentos com os quais o GEPA concorda, reafirmando seu compromisso com a escola pública e com o ensino de qualidade social.

Inicialmente, o livro situa historicamente o surgimento do neoliberalismo e o nascimento de uma nova direita, advinda da convergência entre conservadorismo e individualismo mercadológico e da combinação entre o liberalismo econômico e autoritarismo social. Esse movimento tem como base não apenas a questão econômica, mas também a ideológica. Seu ideário defende a apropriação privada e sua acumulação contínua, em detrimento do público e do estatal. Nessa perspectiva, a organização econômica mais eficaz seria o capitalismo competitivo, o livre mercado, a livre concorrência (Hayek, Mises, Friedman e Buchanan). A partir da concepção de sociedade baseada no livre mercado, a educação, antes concebida como direito, passa a ser entendida como um serviço a ser prestado. Continue lendo “GEPA em ação durante a pandemia – análise do livro A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias”