Vânia Leila Nogueira
Mestre em Educação
Integrante do Grupo de Pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico
GEPA
Em pleno novembro de 2021 muitas escolas buscam argumentos e orientações sobre como sensibilizar professores para o Conselho de Classe do quarto bimestre. Durante a pandemia, o GEPA – Grupo de Pesquisa em Avaliação e Organização do Trabalho pedagógico, por meio de todos os seus integrantes estiveram e estão engajados no sentido de conversar com os professores, bem como refletir sobre a avaliação para as aprendizagens.
Em recente conversa com professores em novembro de 2021, das muitas realidades nos dois anos de pandemia ficam algumas preocupações que pairam no cotidiano escolar. Entre elas:
- A preocupação sobre a autoria das atividades
- O número de atividades não realizadas
- O engajamento das famílias
- Interação docente / discente
- O que e como relatar?
- Orientações claras sobre a escrituração escolar
É fundamental compreender o momento como a possibilidade de historicizar um processo educativo referenciado nas evidências de aprendizagem. É possível identificar elementos do ensino remoto para registrar o que ainda não foi consolidado como aprendizagem, e assim garantir informações e dados para planejar e buscar um currículo de transição que promova o direito de aprendizagem. Vale ressaltar a avaliação educacional como prática de investigação para pensarmos intervenções qualificadas para atender os inúmeros cenários vivenciados pelas crianças e suas famílias no contexto pandêmico.
Tudo o que foi registrado e vivenciado constitui a possibilidade de um fazer coletivo para redesenhar e ressignificar práticas exitosas, que possam colaborar na busca do que ainda não foi construído na aprendizagem dos estudantes.
O diálogo sobre a avaliação das aprendizagens precisa estar latente nas conversas sobre o desenvolvimento acadêmico dos estudantes, pois a instância do Conselho de Classe carece de um olhar pedagógico claro de todos os envolvidos, uma escuta sensível sobre cada estudante, bem como a consciência das fragilidades vivenciadas na pandemia. A responsabilidade ética sobre as demandas de 2022 recai sobre todos nós como sociedade que acredita na qualidade social das aprendizagens.