JC Notícias, 20/08/2024
“Práticas pedagógicas obsoletas devem dar lugar a metodologias que valorizem o desenvolvimento do aluno”, afirma Rudá Ricci, presidente do Instituto Cultiva, em artigo para a Folha de S. Paulo
O fracasso da educação no Brasil é um problema que vai além da simples falta de recursos financeiros.
Para compreender esse drama, é preciso enxergar a grave desconexão existente entre as duas etapas do ensino. Nos anos iniciais, ou fundamental 1, o ensino se baseia em métodos construtivistas, focados no comportamento emocional dos alunos. Mas, a partir do ensino fundamental 2, ocorre uma esquizofrenia nas políticas educacionais, que migram para uma formação técnica, pautada pela memorização dos conteúdos. Isso implica uma educação fragmentada, que não atende às necessidades do desenvolvimento integral dos alunos, resultando nos dados revelados na última quarta-feira (14) pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Calculado a cada dois anos, a partir da taxa de aprovação das escolas e das médias dos alunos em matemática e português, o Ideb, por si só, apresenta falhas no seu papel de indicador de qualidade para a educação no país. Ainda assim, essa régua nos mostra que, quanto mais o aluno se aproxima dos anos finais do ensino fundamental, pior é a sua nota. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb nacional foi de 6, um aumento em relação aos 5,8 de 2021. Já nos anos finais, o índice ficou em 5, abaixo da meta de 5,5. Quando olhamos para o ensino médio, vemos um Ideb de 4,3 —muito aquém da meta de 5,2 para este primeiro ciclo do indicador (2007-2021).
Veja o texto na íntegra: Folha de S. Paulo
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