Inglaterra, USA, São Paulo: mesma política, mesmos resultados
Publicado em 10/12/2014 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas
Mergulhada em políticas de reformas empresariais na educação, a Inglaterra amarga consequências que aparecem no recente lançado relatório dos Inspetores de Escolas. O Chefe dos Inspetores deu a seguinte entrevista ao The Guardian:
“O chefe dos inspetores de escolas, alertou que bons professores estão em falta nas áreas de maior necessidade e revelou detalhes do fracasso crescente das escolas secundárias na Inglaterra, com dezenas de milhares de alunos frequentando escolas consideradas inadequadas.
Ao lancar seu relatório anual, Michael Wilshaw disse que o país deve ficar preocupado com a crescente divisão entre as escolas primárias e secundárias.
“Em muitos casos, os alunos estão deixando suas escolas primárias com boas competências em leitura e matemática … Mas a cultura que eles encontram em muitas escolas secundárias, muitas vezes desmotiva e desencoraja-os”, disse ele.
O relatório revela que, enquanto as primárias continuam a avançar, o progresso nas secundárias está “estabilizado” depois de anos de melhoria e agora está em perigo de andar para trás. Wilshaw disse que as escolas não estavam fazendo o suficiente para desafiar seus alunos mais capazes, e o mau comportamento na sala de aula está em alguns casos tornando a aprendizagem impossível.
Ele também destacou as preocupações persistentes sobre o desempenho pobre entre as crianças britânicas brancas, descrevendo-o como “particularmente preocupante”. Ele acrescentou: “Estou triste em dizer que não há nenhum sinal da distância entre eles e outros grupos étnicos se estreitar.””
Bem, esta é a mesma realidade dos Estados Unidos que também optou pela política pública dos reformadores empresariais.
A julgar pelos resultados da Prova Brasil no Estado de São Paulo, que também faz uso destas políticas há mais de 15 anos, poderemos ver que também estamos na mesma situação.