MANIFESTAÇÃO DE UMA PROFESSORA SOBRE CICLOS NO DF

MANIFESTAÇÃO DE UMA PROFESSORA SOBRE CICLOS NO DF

Em comentário publicado em uma rede social, uma professora da rede pública de ensino do DF assim se manifesta sobre reportagem por ela lida: “O Bloco Inicial de Alfabetização nada mais é do que o trabalho em ciclo. Ele foi implantado, gradativamente já desde 2006, se não me engano, e na CRE de Brazlândia, onde trabalho, foi implantado em 2007.

Falo isso, pois as pessoas estão falando como algo novo, o que não é bem assim. A reportagem, mesmo apresenta o exemplo de alunos de 07 anos e do terceiro ano. Ambos já faziam parte do BIA. A mudança foi na apresentação do currículo.

Quanto a implantação dos ciclos em todas as Escolas Classes, também não é bem assim. Na Regional de Brazlândia o grupo das escolas foi consultado e no nosso caso, não aceitamos a implantação para 2014 em virtudes de muitas dúvidas e incertezas que tínhamos. Fomos respeitados em nossa decisão.

Entendo que o maior erro da Secretaria de Educação foi querer ampliar os ciclos sem fazer muitos ajustes indispensáveis como déficit de professores; falta de estrutura física e administrativa nas escolas; descentralização financeira que não funciona, pois as escolas só recebem os recursos à partir do meio do ano e são obrigadas a ter gasto 70% para fazer uma nova solicitação. Veja que absurdo!!!!!! Somos obrigados a gastar as reservas reprogramadas de 2013 para solicitar os recursos de 2014 e já estamos no final de julho e ainda não recebemos nem a 1ª parcela deste exercício!!!!!!

Acredito que nossa maior preocupação com a ampliação dos ciclos é a clareza de que se não conseguimos atender os alunos de 1º, 2º e 3º anos com reforço, reagrupamento intra e extraclasse e outros atendimentos necessários, como vamos melhorar o processo de ensino para que o problema que temos hoje no 3º ano, quando a bomba explode, como vai ser com as demais séries/anos????

O professor já vem fazendo o impossível com reforço embaixo de árvores, pois não temos espaço físico nem mesmo para atender a demanda. Essa carga não pode cair mais uma vez nas costas do professor!!!
Isso sem falar dos problemas com a merenda, diário eletrônico, problemas de saúde…”

 

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