JC Notícias – 06/12/2023
Relatório da OCDE destaca que diferenças de gênero não são explicadas por ‘capacidade inata’, mas por contextos sociais e culturais
Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) de 2022 divulgados na última terça-feira continuam a indicar uma tendência já observada nos exames aplicados anteriormente: as diferenças nas performances de meninas e meninos na faixa dos 15 anos de idade no Brasil e em outros países, a depender da disciplina analisada. De um lado, elas vão melhor em Leitura. Do outro, eles estão à frente em Matemática.
No caso do Brasil, os meninos têm oito pontos de vantagem em relação às meninas, se avaliadas as competências em Matemática. O mesmo cenário é observado em 40 países, com destaque para Itália, Austrália, Chile e Peru, onde a discrepância supera os 15 pontos. Em 17 nações e economias, os indicadores do exame apontam para o oposto: meninas vão melhor que meninos em Matemática, entre elas Autoridade Palestina e Albânia. Em outros 24 países, não há diferença significativa entre os gêneros.
Além disso, 71% dos meninos brasileiros não conseguiram atingir o que a OCDE considera como patamar mínimo de aprendizagem em Matemática para a idade. Entre as meninas, o percentual chega a 76%. A organização avalia como patamar mínimo conseguir interpretar e reconhecer, sem instruções diretas, como uma situação simples pode ser representada matematicamente (por exemplo, comparando a distância total entre duas rotas alternativas ou convertendo preços numa moeda diferente).
Veja o texto na íntegra: O Globo
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