Benigna Villas Boas
16/08/2024
http://gepa-avaliacaoeducacional.com.br
O Mec divulgou na última quarta-feira, 14/08/2024, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), referentes ao ano de 2023. Com estardalhaço, a imprensa nacional e a do Distrito Federal, prontamente, apresentaram os resultados em forma de classificação das escolas. Este não é o exemplo a ser seguido pelas unidades de ensino de todo o país ao informarem às famílias os resultados do processo avaliativo por elas desenvolvido.
Nesses momentos de divulgação de dados produzidos pelo MEC, profissionais nem sempre familiarizados com o trabalho pedagógico escolar são entrevistados para apresentarem suas análises. O curioso é que não são convidados diretores escolares nem professores para analisarem o significado desses dados em relação à realidade da sua escola e para dizerem quais ações serão planejadas para o enfrentamento das necessidades encontradas. Este seria o melhor caminho. Não se pode pensar a escola de fora para dentro.
Avaliar as aprendizagens incorporadas pelos estudantes, em nível nacional, é tarefa necessária e que não se esgota com a apresentação dos seus resultados. Até agora não foi concluído o processo avaliativo desenvolvido pelo MEC. A apresentação dos resultados numéricos precisa ser acompanhada das providências a serem tomadas no sentido de colaborar com as secretarias de educação para que reorganizem o trabalho pedagógico em cada escola e em cada turma, com vistas à incorporação de aprendizagens por todos os estudantes.
A avaliação em larga escala faz sentido quando seus resultados se incorporam aos produzidos pela escola para que, ela própria, encontre os meios de garantir que todos os seus estudantes aprendam.
Os dados do IDEB apresentam um benefício adicional: apontam as necessidades de formação continuada dos professores. Contudo, eles precisam se desvincular do ranqueamento de escolas.