JC Notícias – 10/04/2024
Regiões Sul e Sudeste concentram 3 de cada 4 municípios com os maiores valores numéricos de Ioeb em 2023. Mas a maioria evoluiu menos que a média dos municípios brasileiros – e também em relação à edição anterior, que contemplou dados de 2021
Quem é familiarizado com rankings educacionais pode estar acostumado a ver estados como Distrito Federal, Espírito Santo e, mais recentemente, Pernambuco, ocupando as primeiras posições de desempenho. Mais raro é encontrar unidades como Mato Grosso e quase todo o Nordeste. É, porém, justamente o que ocorre no Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb). Divulgado no fim de março, o Ioeb que mede o esforço de estados e municípios na melhoria da educação básica brasileira.
Atualmente na quinta edição, o Ioeb leva em conta dois tipos de indicadores:
- O primeiro, de desempenho, é uma versão “corrigida” do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Tradicionalmente, o Ideb leva em conta a taxa de aprovação e a nota de cada estudante em uma avaliação externa, a Prova Brasil. A versão utilizada no Ioeb é estatisticamente ajustada para reduzir os efeitos da condição socioeconômica dos alunos nas notas.
- O segundo envolve os chamados “insumos educacionais”, uma cesta de fatores que sinaliza o empenho que a administração pública faz na oferta de uma educação de qualidade: a quantidade de docentes com nível superior, a duração da jornada escolar, a proporção de diretores que ficam vários anos na mesma escola e o percentual de crianças de 4 a 6 anos matriculadas na educação infantil
- Outra diferença é que o Ioeb não é exatamente um ranking. Ele divide estados e municípios em quatro categorias – “crítico”, “em desenvolvimento”, “atenção” e “otimizado” – para apresentar a evolução (ou falta de avanço) em relação ao conjunto dos estados. As categorias “em desenvolvimento” e “otimizado” indicam os entes que evoluíram mais que a mediana nacional.
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