MILAGRE PERNAMBUCANO: MAIS COMENTÁRIOS DE QUEM VIU

 

Milagre pernambucano: mais comentários de quem viu

Publicado em 15/01/2015 por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

Um leitor envia o seguinte comentário:

“Prof. Freitas, a sua hipótese para a evasão da EJA [em Pernambuco] está corretíssima. O governo começou no primeiro mandato Campos com a correção de fluxo através do programa Travessia, da Fundação Roberto Marinho. Paralelo ao projeto, que tinha como principal chamariz o término do ensino médio em metade do tempo, 1 ano e meio.

No segundo governo, ele também reduziu o EJA MÉDIO, ou seja, a EJA regular, para metade do tempo e diminuiu bastante as turmas de travessia. Com isso, os alunos com “perfil problemático” para os resultados, os fora de faixa, os alunos trabalhadores, foram sendo canalizados para o projeto e depois para o EJA da própria rede que se tornou uma máquina de emitir certificação de conclusão.

Para se ter uma ideia, foi estabelecido que o aluno que já tivesse cursado o ensino médio regular (1 ano) podia se matricular direto no 3º ano da EJA. Quer dizer, e a questão do currículo? e o que o aluno deveria aprender do programa do 2º ano e que não estudou no primeiro regular, para onde foi? não importa. Continue lendo “MILAGRE PERNAMBUCANO: MAIS COMENTÁRIOS DE QUEM VIU”

PROFESSORES E AS SUPER ESTRELAS

 

Opinião: Professores e as superestrelas

09 de janeiro de 2015

“Todas as semanas os alunos das escolas públicas da América Latina e do Caribe perdem o equivalente a um dia completo de aula por causa do absenteísmo, da baixa qualificação e do nível salarial dos docentes”, afirma Jorge Familiar

Fonte: Valor Econômico (SP)

Para a América Latina, 2014 não foi um ano tão positivo quanto imaginávamos. Cultivávamos a expectativa de que um país latino-americano ganhasse a Copa do Mundo, trazendo novamente o troféu para as Américas. E falando sobre tema mais sério, também tínhamos a esperança de que o crescimento econômico da região mantivesse um ritmo constante, embora mais lento. No entanto, de acordo com os mais recentes prognósticos, a região poderá crescer apenas 1% este ano. Levando em conta o aumento populacional, isso significa que a renda média per capita dos latino-americanos não progrediu nos últimos 12 meses.

O crescimento não chegará com facilidade. Uma expansão promovida por matérias-primas, como a que a América Latina apresentou na última década, dificilmente se repetirá, considerando a menor demanda mundial por seus produtos, em particular da China. E como se isso não bastasse, o custo para financiar o desenvolvimento vai provavelmente aumentar nos próximos anos, à medida que a política monetária dos Estados Unidos muda a sua orientação. As históricas conquistas sociais obtidas pela região nos últimos dez anos correm perigo. A América Latina terá que depender de seus próprios recursos se quiser retornar ao caminho do crescimento com a equidade que possibilitou esses avanços.

Relatório do Banco Mundial mostra que todas as semanas os Alunos das Escolas públicas da América Latina e do Caribe perdem o equivalente a um dia inteiro de aula por causa do absenteísmo, da baixa qualificação e do nível salarial dos Docentes. Continue lendo “PROFESSORES E AS SUPER ESTRELAS”

BRASIL: PÁTRIA EDUCADORA. SERÁ POSSÍVEL? QUANDO?

 

BRASIL: PÁTRIA EDUCADORA. SERÁ POSSÍVEL? QUANDO?

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Com tristeza e desencanto tomei conhecimento ontem do corte de R$ 600 milhões nos gastos mensais discricionários (não obrigatórios) destinados ao setor educacional. A pasta da Educação sofreu o maior bloqueio provisório das despesas de custeio dos 39 ministérios do governo. Provisório até quando? As escolas de educação básica precisam urgentemente de recursos para desenvolverem o trabalho que a sociedade requer e merece receber.

Outra constatação entristecedora: para comemorar os 80 anos de existência da USP, a Revista FAPESP de dezembro/2014 vem acompanhada de uma edição especial com o título: USP 80 anos. Em 82 páginas são apresentados textos que descrevem as atividades significativas da instituição durante esse tempo. Para quem não sabe, a primeira universidade brasileira é a Universidade do Rio de Janeiro, criada em 1920. Em segundo lugar vem a Universidade Federal de Minas Gerais, criada em 1927. A USP data de 1934.

Os artigos da revista versam sobre: Medicina/cardiologia/institutos/pesquisa básica; Biologia/genética/zoologia/botânica; Ciências Exatas da Terra/Física e Química/astronomia e geociências; Oceanografia, Engenharias e Agronomia. Nenhuma palavra sobre EDUCAÇÃO. Quando foi criada a Faculdade de Educação? Que serviço presta à formação de professores? Quais pesquisas relevantes têm sido produzidas? Quais são suas contribuições ao trabalho da escola de educação básica?

Dificilmente chegaremos a construir uma pátria educadora. Estarão os professores universitários dispostos a assumir sua responsabilidade nesse processo? Parece que o interesse maior é a publicação desenfreada e, às vezes, até repetitiva, de artigos em periódicos altamente qualificados. O resto é resto.

TEMPO EM SALA DE AULA DE PROFESSORES DOS ESTADOS UNIDOS

 

TEMPO EM SALA DE AULA DE PROFESSORES DOS ESTADOS UNIDOS

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Segundo relatório da OCDE, os professores de escolas elementares e médias dos Estados Unidos são os que atuam em sala de aula mais tempo. O relatório apresenta a situação da educação nos países mais desenvolvidos do mundo. Além do trabalho em sala de aula, esses professores são os que permanecem mais tempo na escola.

 

Fonte: http://blogs.edweek.org/education

 

 

 

PREPARANDO-SE PARA UMA RENASCENÇA NA AVALIAÇÃO

 

Preparando-se para uma renascença na avaliação: pela Pearson

Publicado em 27/12/2014 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Uma das maiores corporações mundiais no campo da educação e da avaliação divulga texto em que desenha como será o futuro: “Preparando-se para uma renascença na avaliação”. Em um texto de 88 páginas (em inglês), a Pearson mostra seus planos para modificar a educação em escala mundial.

Peter Greene comenta (em inglês) o documento em várias postagens de seu blog: Parte 1Parte 2Parte 3Parte 4.

 

CRÍTICA AO REGIME DE RESPONSABILIZAÇÃO

 

Acredite se quiser…

Publicado em 20/12/2014 por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

As alternativas para não entrarmos no desastre educacional americano estão disponíveis. Hoje em todas as vertentes de avaliação encontramos críticos da situação americana – até mesmo os amantes da accountability pensam em fazer algo mais light no Brasil – alguns pelo menos. O que eles não consideram é que ninguém controla o mercado. Só o próprio mercado. E quem comanda a abordagem americana é o mercado educacional apoiado no mercado empresarial. Não há versão light para o mercado, há apenas o lucro. Aquele país tem hoje muito claro o que deve fazer para apagar a amarga experiência da accountability baseada em testes padronizados. Abaixo o caminho é apontado por um grupo de professores.

Do Blog de Diane Ravitch

A sabedoria dos professores: uma nova visão da accountability

Qualquer um que critique o actual regime de responsabilização baseado em teste é inevitavelmente questionado: Pelo que você o substituiria? A responsabilização com base em testes falha porque está baseada na falta de confiança nos profissionais. Ele falha porque confunde a medição com instrução. Nenhum médico diz a um paciente doente, “Vá para casa, tome a sua temperatura de hora em hora, e me chame daqui um mês.” A medição não é um tratamento ou uma cura. É medição. Não fechar as lacunas: mede-as. Continue lendo “CRÍTICA AO REGIME DE RESPONSABILIZAÇÃO”

INGLATERRA, USA, SÃO PAULO: MESMA POLÍTICA, MESMOS RESULTADOS

 

Inglaterra, USA, São Paulo: mesma política, mesmos resultados

Publicado em 10/12/2014 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Mergulhada em políticas de reformas empresariais na educação, a Inglaterra amarga consequências que aparecem no recente lançado relatório dos Inspetores de Escolas. O Chefe dos Inspetores deu a seguinte entrevista ao The Guardian:

“O chefe dos inspetores de escolas, alertou que bons professores estão em falta nas áreas de maior necessidade e revelou detalhes do fracasso crescente das escolas secundárias na Inglaterra, com dezenas de milhares de alunos frequentando escolas consideradas inadequadas.

Ao lancar seu relatório anual, Michael Wilshaw disse que o país deve ficar preocupado com a crescente divisão entre as escolas primárias e secundárias. Continue lendo “INGLATERRA, USA, SÃO PAULO: MESMA POLÍTICA, MESMOS RESULTADOS”

DEAR TEACHER, YOU ARE NOT THE MOST IMPORTANT THING IN THE WORLD

 

Education in Two Worlds

Dear Teacher, You Are Not the Most Important Thing in the Universe

Posted: 02 Dec 2014 11:53 AM PST

The Arizona Republic has a very conservative Editorial Board for a very conservative newspaper in a very conservative state. So when they address the subject of teacher preparation, it’s no surprise that they parrot folk wisdom about schools and teachers.

In addressing Arne Duncan’s new guidelines on teachers colleges, the Editorial Board strikes its closing notes by perpetrating one of the more pernicious myths about teachers and schools.

Plenty of research has come to a common-sense conclusion: Nothing is more important to the success of a student than a highly qualified teacher. But we don’t have enough of them, nor will we as long as teacher colleges are not held accountable.

Now that’s a statement that packs a big load of deceit into just 43 words. First, it’s highly doubtful that the Arizona Republic Editorial Board has made itself familiar with “plenty of research” about education. Second, in their review of “plenty of research,” apparently their faith in the ability of test scores to hold teachers colleges “accountable” was never shaken?* But worst of all is the repeat of that tired wheeze that nothing is more important than a teacher.

What makes the All-Important-Teacher myth so pernicious is that teachers themselves occasionally and the general public usually take it as a compliment when in fact it is an attack on teacher tenure and professional autonomy.

The facts of the matter are that teachers are not the most important thing determining what a child gets out of school. What a child brings to school is much more important. Jim Coleman showed this in 1966 in Equality of Educational Opportunity, and though he softened his position slightly in 1972 when he accorded a bit more important to schooling that he had 6 years prior, out-of-school influences remained dominant in determining how much kids learned during their years in school. Parents, home and neighborhood conditions, physical health, language use and language complexity in the home, whether the student lives in a psychologically and physically healthy environment with access to competent medical care, access to books, games and activities that prepare the student for school, and even genetic endowment can greatly contribute to or restrict a child’s development. What walks in the door on Day #1 has more to do with what leaves on Day #2340 (180 X 13) than what transpires during the few hours of students’ lives that they are in the classroom, attentive, and capable of absorbing what that teacher is talking about.

Teachers are wonderful human beings. For many children, teachers are the most caring and competent individual whom they will encounter during their lifetime. But teachers cannot undo the damage inflicted on youngsters by a society in which nearly half of all births are to unwed mothers and in which more than 20% of children live below the poverty level (income below $23,000 for a family of 4).

So, my fellow teachers, beware. Don’t fall for the false compliment that you are so important — so important that you should be fired if your students’ test scores are lagging behind, so important that your school’s graduation rate is a moral and a civil rights issue, so important that you should be replaced by an inexperienced liberal arts major on a two-year resume building junket.

*Just take a look at Bruce Baker’s analysis of the absurdity of judging teachers by their students’ test scores.

Gene V Glass Arizona State University National Education Policy Center University of Colorado Boulder

Continue lendo “DEAR TEACHER, YOU ARE NOT THE MOST IMPORTANT THING IN THE WORLD”

54% DOS JOVENS CONCLUEM O ENSINO MÉDIO ANTES DOS 19 ANOS

 

Educação

 

 

08 de dezembro de 2014 • 07h40

Em 2013, 54,3% concluem ensino médio até os 19 anos

Apesar do índice baixo, ele vem apresentando melhora ao longo dos anos

 

Levantamento divulgado hoje (8) pelo movimento Todos pela Educação mostra que, em 2013, apenas 54,3% dos jovens brasileiros conseguiram concluir o ensino médio até os 19 anos. O indicador foi calculado com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013. O índice, no entanto, vem apresentando melhora ao longo dos anos. Em 2007, 46,6% dos jovens concluíram o ensino médio até os 19 anos. Em 2009, foram 51,6% e, em 2012, 53%.

Uma das metas propostas pelo Todos pela Educação para que se garanta educação de qualidade é que até 2022 pelo menos 90% dos jovens concluam o ensino médio até os 19 anos.

A coordenadora-geral do movimento, Alejandra Meraz Velasco, diz que os dados mostram que as melhorias feitas no ensino fundamental não se traduziram em melhoria automática no ensino médio. Ela defende a reformulação do ensino médio, de forma a tornar essa etapa mais atrativa aos jovens. Continue lendo “54% DOS JOVENS CONCLUEM O ENSINO MÉDIO ANTES DOS 19 ANOS”