INCOMPREENSÃO SOBRE PROGRESSÃO CONTINUADA

 

INCOMPREENSÃO SOBRE PROGRESSÃO CONTINUADA

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Publicado em http://gepa-avaliacaoeducacional.com.br

Circula em redes sociais a seguinte publicação:

“SEJA CONTRA A APROVAÇÃO AUTOMÁTICA

Conhecida como progressão continuada:

Facilita a aprovação de todos os alunos.

Desmerece os alunos que se esforçam.

Aprova aluno que não faz nada.

Estabelece impunidade aos bagunceiros.

Inutiliza o empenho dos professores.

Desmotiva o ambiente de aprendizagem.

Não cria exemplo à dura vida em sociedade.

Faz da escola ‘depósito’ ou ‘playground’.” Continue lendo “INCOMPREENSÃO SOBRE PROGRESSÃO CONTINUADA”

AVALIAÇÃO NO ENSINO MÉDIO: AINDA TEMOS UM LONGO CAMINHO PARA PERCORRER

 

AVALIAÇÃO NO ENSINO MÉDIO: AINDA TEMOS UM LONGO CAMINHO PARA PERCORRER

 Erisevelton Silva Lima – Doutor em Educação pela Universidade de Brasília – UnB

“Eu não tenho tempo de me ocupar com essa história de afetividade, dar retorno para cada aluno, fazer uma aula diferente, eu tenho que vencer meu conteúdo e só tenho cinquenta minutos para isso” (Relato de um docente).

 

O relato acima ocorreu durante reunião com um grupo de docentes da rede privada em encontro de formação continuada. Percebe-se, claramente, que o professor, além de revelar certa angústia e indignação com o contexto em que está inserido, ainda não percebeu que o conteúdo pelo conteúdo não fará o esperado “milagre” da aprendizagem sem mediação. Com todo respeito ao meu colega é possível apostarmos noutra lógica que não seja essa, especialmente porque temos que ficar atentos a questões bem específicas. A primeira delas é a que a avaliação não acelera processos, sejam eles quais forem, ela poderá qualificá-los se for bem conduzida e com fins formativos. A segunda é que a avaliação vai acontecer, queiramos ou não, o que é grave e comprometedor é que sem planejamento e intencionalidades bem definidas estamos sujeitos ao lado ruim da avaliação informal que separa, classifica e excluí. A terceira e, não menos importante que as demais, é quanto às estratégias de ensino. Anastasiou e Alves (2003) nos revelam que toda estratégia de ensino pode ser de aprendizagem e, fatalmente, será de avaliação, ao que elas denominaram de ensinagem. Não há ensino se não houver aprendizagem, mas há avaliação mesmo que as aprendizagens não ocorram. Afinal, é ela quem faz tal constatação, mesmo que vitimada por uma miopia conceitual grave, aquela que acredita que só é válida como avaliação os erros e acertos computados em um teste ou prova. Continue lendo “AVALIAÇÃO NO ENSINO MÉDIO: AINDA TEMOS UM LONGO CAMINHO PARA PERCORRER”

PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADE DO GRUPO DE PESQUISA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – GEPAE

 

PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADE DO GRUPO DE PESQUISA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – GEPAE

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Publicado em http://gepa-avaliacaoeducacional.com.br

No dia 20 de fevereiro de 2014 tive a honra de proferir a palestra de abertura do Projeto Vivências em formação continuada III: encontros e desencontros da avaliação educacional, na Universidade Federal de Uberlândia. Este grupo é coordenado pela professora doutora Olenir Mendes. A relevância desta atividade consiste em reunir professores e estudantes de cursos de graduação e pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia e professores e equipes gestoras das escolas de educação básica do município. Ações conjuntas da universidade e das escolas de educação básica concorrem para a formação de docentes capazes de trabalhar com competência. Nisso o GEPAE e o GEPA se aproximam: são dois grupos de estudos e pesquisas em avaliação que buscam o diálogo com as escolas. Continue lendo “PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADE DO GRUPO DE PESQUISA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL – GEPAE”

INCOMPREENSÕES SOBRE A AVALIAÇÃO NOS CICLOS: ATÉ QUANDO?

 

Reportagem do G1 MT, de 19/02/2014 comenta que

Mãe pede para escola reprovar aluno de 10 anos que não sabe ler

Estudante de pedagogia diz que não quer que filho seja aprovado sem saber.
Direção de escola em Cuiabá alega que retenção não está prevista pelo ciclo.

Pollyana Araújo Do G1 MT

Entrada da Escola Estadual Malik
Didier (Foto: Jonathan Cosme/ TV Centro América)

Frequentar a escola regularmente para aprender a ler e a escrever não tem dado certo para um dos alunos da Escola Estadual Malik Didier Namer Zahafi, no Bairro Pedra 90, em Cuiabá. Uma estudante de pedagogia, mãe de um aluno de 10 anos, disse ter implorado para a direção da unidade de ensino reprová-lo. O menino está no quinto ano do ‘Ciclo de Formação Humana’, que corresponde à quarta série do ensino fundamental, mas não sabe ler, nem escrever. Continue lendo “INCOMPREENSÕES SOBRE A AVALIAÇÃO NOS CICLOS: ATÉ QUANDO?”

A MERITOCRACIA AVANÇA

 

PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO DO MÉRITO NO ÂMBITO DAS ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE TERESINA

A Lei nº 4.499, de 20 de dezembro de 2013, assinada pelo prefeito de Teresina e pelo Secretário Municipal de Governo, institui o Programa Valorização do Mérito. Todas as escolas do Ensino Fundamental Regular da Rede Municipal estarão automaticamente inscritas no programa, com exceção das que “não apresentarem nota no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB”. O programa tem por finalidade motivar os profissionais do magistério para a melhoria da prática docente, contribuir para a profissionalização do magistério e para a elevação do desempenho acadêmico dos alunos.

O programa prevê o enquadramento das escolas em 6 categorias definidas em função da nota do IDEB de 2011 e 2013.

Serão pagos bônus aos profissionais da escolas (diretor, vice-diretor, professores no exercício da docência e pedagogos) no valor anual de até R$9.000,00.

ESCOLA EM CICLOS: MAIS EQUÍVOCOS?

 

Maria Susley Pereira

O Jornal do Senado Federal publicou no seu Portal de Notícias no último dia 21 de janeiro a matéria “Escolas podem ser obrigadas a oferecer reforço ao fim do 1º ciclo” . A publicação diz que “O aperfeiçoamento do sistema de ciclos da educação fundamental – modelo alternativo às series anuais que provoca muita polêmica desde sua criação em 1996 – é um dos temas que estão prontos para votação final dos senadores depois do recesso parlamentar. Segundo o Projeto de Lei do Senado (PLS) 414/2011, apresentado por Paulo Bauer (PSDB-SC), uma avaliação de Português e Matemática será obrigatória no final do 3º ano das escolas que adotaram a progressão continuada, com reforço pedagógico intensivo durante o 4º ano para os alunos com desempenho insatisfatório.”. O projeto, se aprovado, pode entrar em vigor no ano vem.

A mesma matéria diz que a organização da escolaridade em ciclos é um “sistema” muitas vezes “batizado de ‘aprovação automática’ e acusado de acobertar a queda da qualidade no ensino” e traz em três parágrafos as experiências do Rio de Janeiro e de São Paulo como exemplos de que “mudanças têm sido constantes onde os ciclos foram implantados.” Continue lendo “ESCOLA EM CICLOS: MAIS EQUÍVOCOS?”

NOSSA CURVA É OUTRA

 

Luiz Carlos de Freitas
Texto publicado no blog Avaliação Educacional – Blog do Freitas, em 27/12/2013
Publicado neste blog com autorização do autor

A relação pobreza/mau desempenho é bastante conhecida e investigada ao redor do mundo. Em geral, os pesquisadores concordam em que elas são variáveis associadas. Em geral, novamente, mau desempenho acompanha a pobreza e vice-versa. Dito de outra forma, quanto maior é a pobreza, maior é a probabilidade de insucesso escolar.

Os reformadores empresariais reconhecem isso. Mas… pensam que a escola pode suplantar a pobreza com a sua ação eficaz. Daí sua ênfase na figura do professor como aquele que vai ajudar a superar a condição da criança. Baseiam-se em experiências exitosas isoladas as quais elevam à categoria de comprovação de sua tese.

Os reformadores empresariais são por excelência, liberais. Qualquer um que estudou esta proposta social sabe que ela propõe que todos tenham apenas igualdade de oportunidades. Não pode ir além disso. Não está em seu ideário a igualdade de resultados – nem mesmo acadêmicos, quanto mais econômico-sociais. A palavra chave da ideologia liberal chama-se: esforço pessoal. Isso conduziria ao sucesso. Transliterado para a ação da escola, professores deveriam ser bons estimuladores e motivadores de seus estudantes para que eles, apoiados em esforço pessoal, fossem então bem sucedidos. Claro: como as pessoas não são iguais, também os resultados não seriam iguais. Mas… tiveram oportunidade. Continue lendo “NOSSA CURVA É OUTRA”

O GEPA DESEJA QUE 2014 PROPORCIONE PAZ, SAÚDE E GRANDES REALIZAÇÕES

 

“Ao pensar sobre o dever que tenho, como professor, de respeitar a dignidade do educando, sua autonomia, sua identidade em processo, devo pensar também, como já salientei, em como ter uma prática educativa em que aquele respeito, que sei dever ao educando, se realize em lugar de ser negado. Isto exige de mim uma reflexão crítica permanente sobre minha prática através da qual vou fazendo a avaliação do meu próprio fazer com os educandos. O ideal é que, cedo ou tarde, se invente uma forma pela qual os educandos possam participar da avaliação. É que o trabalho de professor é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo” (Paulo Freire, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, Editora Paz e Terra, 1998, p. 71).

O GEPA deseja aos que acompanham este blog que o ano de 2014 lhes proporcione paz, saúde e grandes realizações.

O MINOTAURO E O CONSELHO DE CLASSE: REFLEXÕES !!!

 

O MINOTAURO E O CONSELHO DE CLASSE: REFLEXÕES!!!
Erisevelton Silva Lima
Doutor em Educação pela Universidade de Brasília-UnB

Procuramos publicar textos, artigos, memórias e relatos que sejam veículos de alguma ação positiva, exitosa ou algo do gênero. No caso do Conselho de Classe tem sido recorrente, especialmente nesta época do ano, em que se encerram as atividades pedagógicas, o clamor de professores, gestores, demais profissionais da educação que atuam na escola, pais e estudantes por mudanças e redirecionamentos neste espaço sério e de confluência dos diferentes níveis da avaliação (para aprendizagem, do trabalho pedagógico escolar e em larga escala), e dos seus efeitos. Abaixo, listamos relatos que sintetizam muitos outros sobre reuniões do Conselho de Classe, colhidos por e-mail, telefonemas e em contato com os diferentes atores que compõem a comunidade escolar: Continue lendo “O MINOTAURO E O CONSELHO DE CLASSE: REFLEXÕES !!!”