Novas produções do GEPA

 

Encontram-se publicados os seguintes artigos de autoria de integrantes do GEPA:

Progressão continuada: equívocos e possibilidades. Autoras: Benigna Maria de Freitas Villas Boas, Maria Susley Pereira e Rose Meire da Silva e Oliveira. Polyphonia. Revista de educação básica do CEPAE/UFG, v. 23, n. 1, jan./jun. 2012, p. 93-109.

Avaliação da educação básica: das informações existentes ao interior das escolas. Retratos da escola. Revista semestral da Escola de Formação da CNTE. Autora: Benigna Maria de Freitas Villas Boas, v. 7, n. 12, jan./jun. 2013, p. 167-177.

AVALIAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

 

AVALIAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Tenho sugerido aos colegas da Secretaria de Educação do Distrito Federal que adotem, em lugar da expressão “avaliação institucional”, avaliação do trabalho pedagógico, seja ele da escola, da Coordenação Regional de Ensino, da Sub-secretaria de Educação Básica, da Secretaria de Educação etc. Justificativa: entendo que a expressão “avaliação do trabalho pedagógico” tem mais proximidade com o que denominamos de Projeto político-pedagógico. A Secretaria de Educação do DF publicou em 2012 o “Projeto Político-Pedagógico da Rede Pública de ensino do Distrito Federal: a construção de outra sociedade começa na escola”. Continue lendo “AVALIAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO”

FAMÍLIA E ESCOLA: ACORDOS POSSÍVEIS!

 

Erisevelton Silva Lima – Doutor em educação pela UnB
Em diálogo com meus pares e em palestras habituais com os mesmos, a família tem sido apontada como um ente ausente, omisso ou desagregado que deixa de cumprir quesitos elementares para que a escola e os profissionais da educação consigam realizar o trabalho pedagógico. Onde estaria a cisão? Por que estas duas instituições estão distanciadas? Neste breve texto procuro discutir estas duas questões apontando a organização do trabalho pedagógico e, não por acaso, o envolvimento das famílias de maneira consultiva e colaborativa.
Para Tedesco (1998, p.36), essa erosão que afeta o apoio familiar não se limita à falta de tempo para auxiliar as crianças na realização das tarefas escolares (dever de casa) e ou para acompanhar a trajetória de aprendizagem dos estudantes durante o ano letivo. Aponta, ainda, que foi produzida ao longo dos tempos uma nova dissociação entre a família e a escola, qual seja: a debilidade nos quadros de referência para os quais a escola supõe sejam os corretos e para os quais ela se preparou. Acrescenta, ainda, o autor “A escola transformava a criança naqueles aspectos que fortaleciam a coesão social: adesão à nação, aceitação da disciplina e dos códigos de conduta etc.” (TEDESCO, 1998, p.37). Os quadros de referência apontados por Tedesco dizem respeito aos valores, especialmente aqueles pautados no reconhecimento das hierarquias que deviam ser sequenciadas e reforçadas fora de casa pela escola. A família modificou-se ao longo dos tempos, os valores parecem não apenas serem outros, mas se estabelecem de outras maneiras. Por outro lado, somos desafiados, diariamente, a pensar formas diferentes de organizar o trabalho e as relações no interior da escola. Continue lendo “FAMÍLIA E ESCOLA: ACORDOS POSSÍVEIS!”

RIO TESTA NOVO TIPO DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

 

Vivemos tempos de avaliação (melhor dizendo: de provas). Parece que o trabalho com os alunos se realiza em função de provas internas e externas à escola. Essa situação é preocupante. Mais um tipo de prova se anuncia: agora é a vez da avaliação de competências não cognitivas, no Rio de Janeiro. A atuação de psicólogos está invadindo o espaço escolar. Quais serão as consequências disso?

VALOR ECONÔMICO
08/08/2013 – 00:00
Rio testa novo tipo de avaliação educacional
Por Luciano Máximo

“A primeira avaliação educacional de larga escala para medir o impacto de competências não cognitivas no processo de aprendizagem na escola será aplicada no mês que vem pela primeira vez no Brasil – e no mundo – para 55 mil alunos da rede pública do Rio de Janeiro. A prova, piloto, tem como objetivo levantar dados de características comportamentais dos alunos, como disciplina/responsabilidade, sociabilidade, estabilidade emocional, cooperação, abertura a novas experiências, e cruzá-los com informações de outros mecanismos mais tradicionais de aferição da qualidade da educação (Ideb, Enem, Pisa). Os resultados servirão para orientar políticas públicas do setor no país e no exterior.
Continue lendo “RIO TESTA NOVO TIPO DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL”

LIÇÃO DE CASA: TEMA ABANDONADO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

 

Benigna Maria de Freitas Villas Boas
A Prefeitura de São Paulo pretende desenvolver em 2014 Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da sua rede municipal de ensino. Para tanto apresenta em seu site documento para consulta pública. Uma das estratégias apontadas para que o aluno “corrija seu processo de aprendizagem” é a lição de casa.

No livro Dever de casa e avaliação, escrito por Enílvia Rocha Morato Soares e por mim, publicado neste ano pela Editora Junqueira & Marin, apresentamos resultados de uma pesquisa realizada em uma escola da rede pública do DF. Chamou-nos a atenção o depoimento da professora colaboradora da investigação:
“Eu nunca tinha parado pra pensar nisso… sério mesmo. Pra que a gente manda tarefa de casa? Que hábito é esse que a escola adquiriu? Quem inventou isso? Será que não é mais uma forma de punir as crianças? De cobrar das crianças… às vezes até de tirar um pouco da responsabilidade, da tua responsabilidade enquanto professora, né? São coisas que eu comecei a pensar”. Continue lendo “LIÇÃO DE CASA: TEMA ABANDONADO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES”

PRÁTICA PEDAGÓGICA E AVALIAÇÃO FORMATIVA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

 

Erisevelton Silva Lima
Doutor em educação pela UnB e membro do grupo de pesquisa GEPA

Não podemos ignorar os apelos dos professores que atuam nos anos finais do ensino fundamental e nas turmas do ensino médio ao se queixarem do quantitativo de estudantes por turma. Não por acaso, o número de turmas que assumem revela a força da lógica da escola seriada que data de 300 anos e que, ainda, é o modelo gerencial (preferido) adotado pelos sistemas de ensino para supostamente melhor organizar os tempos e espaços de aprendizagens na escola. Não são raras as vezes em que diante da possibilidade de alguma proposta ou projeto que afete o cotidiano desses professores, as resistências e algumas descrenças se tornam bastante presentes. Aqui pretendo levantar algumas reflexões sobre a avaliação e a organização do trabalho pedagógico para a sala de aula. Como organizar os tempos e espaços para desenvolvimento do currículo? Como avaliar? Em que momento promover esta organização? Continue lendo “PRÁTICA PEDAGÓGICA E AVALIAÇÃO FORMATIVA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL”

LIVRO DEVER DE CASA E AVALIAÇÃO

 

A editora Junqueira & Marin coloca à disposição dos interessados o livro Dever de casa e avaliação, de autoria de Enílvia Rocha Morato Soares e Benigna Maria de Freitas Villas Boas. O livro apresenta o seguinte sumário:
Prefácio, pela professora Dra. Ilma Passos Alencastro Veiga.
Introdução: um dever de casa instigante
Capítulo 1: Abrindo caminho para a pesquisa
Capítulo 2: Dever de casa: ontem e hoje
Capítulo 3: Dever de casa – a serviço da avaliação classificatória ou da formativa?
Capítulo 4: Dever de casa – a visão da escola.
Capítulo 5: Os estudantes e o dever de casa – “a gente tem mais é que ser feliz”.
Capítulo 6: Dever de casa – a compreensão dos pais/responsáveis.
Capítulo 7 – Dever de casa – o entendimento da professora.
Considerações finais: inquietações sobre o dever de casa.
Referências. Continue lendo “LIVRO DEVER DE CASA E AVALIAÇÃO”

APÓS 21 ANOS, ALUNOS DE SP TERÃO LIÇÃO DE CASA, NOTA E BOLETIM

 

Karina Yamamoto
Do UOL, em São Paulo
15/08/201302h00 > Atualizada 15/08/201311h43

O prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário de Educação César Callegari (PSB) apresentam, na manhã desta quinta-feira (15), um novo programa para a rede municipal de ensino. Chamado “Mais Educação São Paulo”, o pacote de iniciativas faz clara referência ao programa de ensino integral do governo federal criado por Haddad enquanto ministro.
As escolas públicas municipais terão um novo regimento geral que mudará a rotina dos estudantes e professores: provas a cada dois meses (bimestrais), lição de casa, notas de 0 a 10 e boletim que poderá ser consultado pelos pais na internet.
Progressão continuada existe há 21 anos na rede municipal de São Paulo. Continue lendo “APÓS 21 ANOS, ALUNOS DE SP TERÃO LIÇÃO DE CASA, NOTA E BOLETIM”

A BATALHA SOBRE OS CICLOS CONTINUA: QUEM SÃO OS PERDEDORES?

 

A BATALHA SOBRE OS CICLOS CONTINUA: QUEM SÃO OS PERDEDORES?
Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Mais um capítulo dessa batalha é narrado na reportagem a seguir. O mais preocupante é a incompreensão sobre ciclos e, principalmente, sobre a avaliação, revelada em todos os episódios e depoimentos. Observe-se a manifestação ao final da reportagem: “Ou para agora – e evita prejuízos maiores – ou a coisa pode piorar. No caso dos ciclos, é só avisar que os alunos podem reprovar (sic) no fim do ano”. O entrevistado quer dizer que a interrupção da organização da escolaridade em ciclos pode ser feita simplesmente “avisando” que a “reprovação” continuará. Neste depoimento fica bem claro o entendimento de que o que diferencia os ciclos do regime seriado é a “reprovação”. Enquanto perdurar essa compreensão, a organização do trabalho da escola não avançará. Continue lendo “A BATALHA SOBRE OS CICLOS CONTINUA: QUEM SÃO OS PERDEDORES?”

PROGRAMA RESIDÊNCIA EDUCACIONAL EM SÃO PAULO

 

PROGRAMA RESIDÊNCIA EDUCACIONAL EM SÃO PAULO

13/08/13
Estagiários do Residência Educacional começam atividades em mil escolas estaduais
Os jovens fazem parte de um modelo inédito de estágio, inspirado na residência médica
SAIBA MAIS
A partir dessa semana, a primeira turma de universitários selecionados pelo programa Residência Educacional começa a atuar nas escolas estaduais de São Paulo. Os jovens fazem parte de um modelo inédito de estágio, inspirado na residência médica. Continue lendo “PROGRAMA RESIDÊNCIA EDUCACIONAL EM SÃO PAULO”