Nova York: pais resistem aos testes
Publicado em 17/08/2015 por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas
Carolyn Thompson informa que cerca de 20% dos estudantes do terceiro ao oitavo ano de escolaridade do Estado de Nova York recusaram-se a fazer os testes estaduais de Inglês e Matemática. A informação é da Secretaria da Educação do Estado que divulgou os resultados da última avaliação realizada. As pontuações tiveram apenas um ligeiro aumento no desempenho global dos estudantes.
Em números, foram 900 mil alunos que fizeram o teste e 200 mil que se recusaram a fazer o teste, valendo-se da lei “opt out” que permite que os pais determinem se os filhos devem ou não realizar testes de larga escala. O resultado dos “opt outs” foi considerado um sucesso para os movimentos de resistência aos testes dentro dos Estados Unidos que consideram que há excessiva dependência de testes no estado.
No ano anterior, houve apenas 5% de “opt outs” o qual saltou, agora, para 20%.
Impedir os filhos de fazer testes é uma estratégia de luta desenvolvida pelos movimentos de resistência bastante efetiva, pois quando grandes quantidades de alunos deixam os testes, isso afeta os próprios resultados apurados pelo exame para o conjunto da rede. No caso específico, os estudantes que se recusaram a fazer o exame eram alunos que não tinham as notas mais baixas o que, portanto, acaba derrubando as médias apuradas nos testes, pois ficam fora. Criam portanto distorções nos resultados.
Para Karen Magee, Presidente da Associação de Professores do Estado:
“As notas dos alunos em testes que já são mal elaborados pela Pearson e inadequados do ponto de vista do desenvolvimento das crianças, em um ano em que um número recorde de pais repudiou o programa de testes padronizados do estado ficando fora dele, não valem o papel em que estão impressas”.
Eis aí uma forma de luta para a qual devemos nos preparar.