REFLEXÕES SOBRE POSSÍVEIS COMPARAÇÕES ENTRE A EDUCAÇÃO NA FINLÂNDIA E A EDUCAÇÃO NO BRASIL

REFLEXÕES SOBRE POSSÍVEIS COMPARAÇÕES ENTRE A EDUCAÇÃO NA FINLÂNDIA E A EDUCAÇÃO NO BRASIL

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Nas duas últimas publicações deste blog, foram apresentadas informações sobre a excelência da educação na Finlândia. Quando lemos sobre este tema, em um primeiro momento, somos levados a fazer comparação entre esse país e o Brasil. Temos, sim, muito a aprender com a Finlândia, mas temos de ser cautelosos e críticos. São duas culturas muito diferentes. Há muitos aspectos a considerar. Aqui ressaltamos apenas um deles: a formação dos professores lá, segundo relatos, é rígida. Todos têm curso de mestrado. A seleção para ingresso na carreira é exigente. Eles se sentem valorizados e satisfeitos com sua atuação. Sem excelentes educadores não se consegue desenvolver educação de qualidade. Nossos cursos de formação de docentes ainda deixam a desejar. Uma das maiores necessidades para construirmos trabalho pedagógico que se comprometa com as aprendizagens de todos os estudantes da educação básica é a formação adequada desses profissionais e de todos os que atuam nas escolas.

Abaixo citamos trechos retirados da entrevista com a Diretora das Relações Internacionais do Ministério da Educação e Cultura, Jaana Palojärvi:

“Os professores na Finlândia gostam do seu trabalho. Sua satisfação está entre as mais altas do mundo”.

“A carreira docente é muito popular na Finlândia e apenas 10% dos candidatos são aceitos nos cursos de formação de professores das universidades”.

“Cada criança é talentosa de sua própria maneira. Alguns são melhores em artes e esportes, outros em matérias mais acadêmicas. Sentir que você é bom em algo é muito importante”

“Na Finlândia a avaliação dos alunos é por princípio encorajadora. A ideia de avaliar não é medir quem vai melhor nos testes, mas identificar quem precisa de apoio. Nós trabalhamos muito para nos livrar do estigma social de uma educação corretiva”.

“Ajuda em tempo parcial é muito comum nas escolas finlandesas e muitas crianças estão recebendo apoio extra para suas dificuldades de aprendizagem”.

 

 

 

 

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