Cultura avaliativa
Benigna Maria de Freitas Villas Boas
A aprendizagem da avaliação é um dos saberes essenciais ao desenvolvimento do trabalho docente. Contudo, ela ainda é negligenciada na formação inicial e continuada de professores e dos demais educadores que atuam em escolas de educação básica e superior. Esse fato denota a necessidade de ela merecer lugar de destaque quando se discutem temas como currículo e trabalho pedagógico. Pesquisas têm revelado que o professor é um avaliador por excelência. O processo avaliativo que desenvolve compõe-se de elementos técnicos, políticos, sociais e afetivos. Por esse motivo, cabe refletir sobre as seguintes questões: por que e para que se avalia? Quem avalia e quem é avaliado? Por quais meios? A quem a avaliação beneficia? A quem pode prejudicar? Em que contexto ocorre? Com que cuidados se avalia? O que é feito com os resultados obtidos? A podem ser socializados? Que outras ações deles decorrem? Como eles retornam aos sujeitos avaliados? Além disso, outras considerações são acrescentadas: a necessária articulação da avaliação formal e da informal; o feedback pelo professor e a autoavaliação e o automonitoramento pelos estudantes, como recursos essenciais à avaliação formativa. Como coroamento disso tudo, afirma-se que a avaliação está a serviço das aprendizagens e não da aprovação e da reprovação. Continue lendo “Cultura avaliativa”