JC Notícias – 24/01/2020
Mesmo com a revolução digital, muitos jovens ainda querem ser advogados e gestores
Relatório da OCDE aponta que adolescentes citam profissões criadas no século 19 e 20 e cargos que correm grande risco de serem substituídos pela automação
Os adolescentes não estão com imaginação suficiente para escolher suas ambições de carreira. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), os adolescentes indicam uma lista bastante curta de ocupações para seus futuros profissionais.
As grandes mudanças vistas no mundo do trabalho, conduzidas pelo desenvolvimento da tecnologia e transformação digital, estão tendo pouco impacto nas expectativas profissionais dos jovens, de acordo com um relatório apresentado no Fórum Econômico Mundial em Davos.
“É uma preocupação que mais jovens estejam escolhendo o trabalho dos sonhos a partir de uma pequena lista com as ocupações mais populares e tradicionais, como professores, advogados e gerentes de negócios”, disse em comunicado Andreas Schleicher, diretor de educação e competências da OECD. “Muitos jovens estão ignorando ou não estão conscientes de novos tipos de trabalhos que estão emergindo, particularmente como resultado da digitalização.”
O relatório cita uma pesquisa feita com jovens na faixa dos 15 anos mostrando que as ambições de carreira se estreitaram nas últimas duas décadas. Quase metade dos meninos e meninas de 41 países disseram que esperam trabalhar em apenas uma de dez ocupações até os 30 anos. Esses cargos têm origem, majoritariamente, nos séculos 19 e 20, como médicos, professores, veterinários, gerentes de negócios, engenheiros, oficiais de polícia e advogados.
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