JC Notícias – 13/07/2018
A matemática no nosso DNA
“Ao entendermos que o raciocínio lógico faz parte de nosso DNA, será possível escolher novos caminhos metodológicos e nos desfazermos de preconceitos sobre as limitações do potencial humano”, afirmam Ya Jen Chang, do Instituto Sidarta, Patrícia Mota Guedes, do Itaú Social, e Camila Pereira, da Fundação Lemann
Quem não conhece um amigo que diz: “não tenho dom para a matemática”? Quem nunca ouviu o discurso de que a matemática é difícil, sofrida ou algo para poucos que já nasceram com esse talento? De certa forma, avaliações nacionais e internacionais parecem reforçar essa crença.
Na última edição do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), realizada em 2015 pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), 70% dos estudantes brasileiros ficaram abaixo do nível de aprendizagem considerado adequado em matemática. A Prova Brasil 2015 registrou que a proporção de alunos da rede pública de ensino com aprendizado adequado na competência de resolução de problemas é de 39% até o 5º ano e de 14% até o 9º ano do Ensino Fundamental. Referência construída pelo movimento Todos pela Educação aponta que essa proporção precisa chegar a 70% até 2022.
O desafio de aprendizagem em matemática não é apenas brasileiro. Outros países, entre eles os Estados Unidos, enfrentam esse problema. Então, como reverter o quadro? Pesquisadores ao redor do mundo têm sido categóricos em afirmar: todos podem aprender matemática em níveis complexos e avançados. Esse foi o recado dado pela pesquisadora Jo Boaler, da Universidade Stanford (EUA), no Seminário “Mentalidades Matemáticas”, realizado recentemente em São Paulo.
Leia na íntegra: O Estado de S. Paulo
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