Repensando a autoavaliação
Benigna Maria de Freitas Villas Boas
Tive a oportunidade de examinar há alguns dias uma prova de uma disciplina do ensino médio que me fez refletir sobre a urgência de as escolas organizarem momentos com seus docentes para estudo e reorganização do processo avaliativo, incluída a discussão sobre procedimentos de avaliação. É uma prova composta de dois itens objetivos, com conteúdos não relacionados, e o terceiro e último que solicita: “Faça uma alta-avaliação sobre o seu desempenho nesse bimestre. Dê uma nota de 0 a 10. Justifique sua resposta”. Note-se que ele faz parte da prova. Sobre este item é que vamos nos debruçar.
Em primeiro lugar, fiquei que me indagando: “alta-avaliação” terá sido erro de digitação? A prova terá sido digitada por outra pessoa e não pelo/a professor/a? Se tiver ocorrido erro de digitação, não caberia ao professor/a revê-la antes da sua aplicação? Se o engano for mesmo a escrita da palavra, a situação é bem séria. Mas, sério mesmo é o fato de se exigir do estudante que faça sua autoavaliação como último item da prova e se atribua uma nota. Este é o segundo aspecto a ser considerado. Para isso, lanço mão do livro Virando a escola do avesso por meio da avaliação, de minha autoria, publicado pela editora Papirus em 2008, no qual dedico quatro capítulos à autoavaliação, tamanha é a sua importância para o desenvolvimento da avaliação formativa. Transcrevo o trecho abaixo: Continue lendo “REPENSANDO A AUTOAVALIAÇÃO”