BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: ENTRE CONTROVÉRSIA E RESISTÊNCIA
Profa. Dra. Sílvia Lúcia Soares
A Base Nacional Comum Curricular está prevista no artigo 26 da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394) e no Plano Nacional de Educação (PNE) em sua meta 7: “fomentar a qualidade da Educação Básica, do fluxo escolar e da aprendizagem”. Entre outras medidas ela vai determinar um currículo mínimo para todos os alunos das 190 mil escolas de educação básica do país. O prazo para o documento estar finalizado é junho de 2016 e sua redação deverá impactar o planejamento das escolas, a formação inicial dos docentes, o sistema de avaliação e os materiais didáticos.
A Base Nacional Comum Curricular (BNC) envolve questões polêmicas sobre a educação, o que não deixa de gerar controvérsia e resistência sobre seu conteúdo. Entre os pontos levantados pelo Grupo de Pesquisa Interinstitucional (EMpesquisa), que agrega pesquisadores da Unicamp, da USP, da UFPR, da UFRGS, da UFMG e da UFF estão: a) a percepção de que a necessidade de uma base comum serve mais para legitimar/justificar/viabilizar as avaliações em larga escala (IDEB, Prova Brasil, ENEM); b) a racionalização da produção de materiais didáticos mais do que está voltada para algum propósito de melhoria da qualidade do ensino; c) o receio de que um currículo mínimo vire, na prática, o máximo que será trabalhado pela escola, promovendo um indesejável reducionismo educacional. Continue lendo “BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: ENTRE CONTROVÉRSIA E RESISTÊNCIA”