“O que prova que a organização em ciclos é melhor que seriação e não significa apenas diminuir os números de reprovação no sexto e no oitavo anos?”

“O que prova que a organização em ciclos é melhor que seriação e não significa apenas diminuir os números de reprovação no sexto e no oitavo anos?”

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

A pergunta acima foi feita por uma professora da rede pública de ensino do DF, muito comprometida com o trabalho que desenvolve. Como o DF mantém a organização da escolaridade em ciclos há algum tempo e suas escolas receberam documentos orientadores da sua implementação, fui consultá-los para entender a razão da pergunta da professora. Não encontrei a resposta para sua dúvida. Fiquei preocupada. Ela deveria constar das orientações. Tento aqui refletir sobre o tema.   Continue lendo ““O que prova que a organização em ciclos é melhor que seriação e não significa apenas diminuir os números de reprovação no sexto e no oitavo anos?””

 

PRODUÇÕES DO GEPA – SIMONE BRAZ FERREIRA GONTIJO – 2018

SIMONE BRAZ FERREIRA GONTIJO

VIII Semana de Produção Científica – Instituto Federal de Brasília

 

Evasão no ensino superior: quem são e o que pensam os estudantes evadidos do curso de letras/espanhol do IFB. Simone Braz Ferreira Gontijo, Juliana Harumi Chinatti Yamanaka, Mariana Rocha Fortunato

(1º Lugar na categoria Ciências Humanas – Iniciação Científica, na Sessão de Pôsteres da VIII Semana de Produção Científica).

24º Congresso de IC da UnB e 15º do DF

WorkIF 2018 – Cuiabá

As instituições de ensino, principalmente as públicas, são frequentemente questionadas pela sociedade sobre a qualidade de seus serviços e a garantia de bons resultados, sendo este último aspecto, segundo dados da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), associado ao número de pessoas certificadas por ano para o ingresso no mercado de trabalho. Relacionado a isso, em diversas organizações educacionais mundiais, a evasão tem sido identificada como um fenômeno que afeta não somente os resultados institucionais do ensino superior, mas também agrava os problemas sociais e econômicos. Por esse motivo, a discussão sobre os resultados do trabalho das Instituições de Ensino Superior (IES) tem sido conduzida, com frequência, por uma lógica economicista, na qual a eficiência é compreendida a partir do nexo existente entre custo-benefício expresso na exigência de maior produtividade das IES. Assim, diante das reivindicações pela garantia de resultados satisfatórios no ensino público, feitas pelos distintos grupos de interesses que compõem a sociedade, a Andifes criou uma Comissão Especial de Estudos sobre Evasão a qual destacou a necessidade uma investigação contextualizada e acurada em relação à evasão escolar no Brasil. Apesar da evasão ser um fenômeno social complexo definido como a interrupção definitiva por um estudante do curso, sem concluí-lo, suas causas podem ser distintas. Nesse sentido, esta pesquisa buscou identificar fatores intervenientes no processo de evasão de estudantes do curso de Licenciatura em Letras/Espanhol do Instituto Federal de Brasília, a partir da percepção desses estudantes. A metodologia quali-quantitativa foi empregada na coleta e análise dos dados. Aos estudantes evadidos no período de 2013-2016 foi encaminhado um questionário eletrônico composto por 48 questões com o objetivo de traçar o perfil socioeconômico, identificar os fatores externos e internos à instituição, bem como os fatores individuais que motivaram a evasão. Responderam ao questionário 59,67% dos estudantes evadidos. Quanto ao perfil socioeconômico 59,5% são mulheres; 70,3% se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas e declararam ter cursado o ensino médio integralmente em escola pública; 53% trabalham oito horas por dia e 51% já tem outro curso superior. Ressalta-se que 77% dos respondentes evadiram ao longo do 1º semestre do curso. Apesar disso, 56% declararam ser muito importante fazer um curso de graduação; 80% contavam com o apoio da família e 97% afirmaram estar preparados para os desafios de cursar a graduação. Os principais aspectos motivadores da evasão estão relacionados a problemas pessoais (22%); ingresso em outro curso de graduação (22%); problemas com a instituição (19%) necessidade de trabalhar (16%) e falta de assistência e acesso ao campus (8%). Para os evadidos, o IFB poderia contribuir para a permanência efetiva do estudante com a implantação de políticas voltadas ao acompanhamento individualizado (30%), horários de aulas diversificados (30%), número maior de auxílios financeiros para assistência estudantil (14%). Ainda quanto à contribuição do IFB para a permanência do estudante na graduação 19% não souberam responder ao questionamento ou o fizeram de forma genérica (5%). É fundamental destacar que 78% dos evadidos informaram interesse em voltar ao ensino superior. Continue lendo “PRODUÇÕES DO GEPA – SIMONE BRAZ FERREIRA GONTIJO – 2018”

 

Um em cada quatro jovens vai abandonar o Ensino Médio até o final do ano

Um em cada quatro jovens vai abandonar o Ensino Médio até o final do ano

Jornal da Ciência, 17 de outubro de 2017

Isso corresponde a um universo de 2,8 milhões de pessoas (27%), entre os 10 milhões de jovens estimados no País nessa faixa etária e que deveriam, de acordo com a Constituição, estar frequentando a escola

A cada ano, quase três milhões de jovens abandonam a escola no Brasil. É o que apontou o estudo Políticas Públicas para Redução do Abandono e Evasão Escolar de Jovens, elaborado pelo Ensino Superior em Negócios, Direito e Engenharia (Insper) e divulgado hoje (17).

Ao final deste ano, um em cada quatro jovens entre 15 e 17 anos de idade vão abandonar seus estudos, não vão se matricular para o ano seguinte ou serão reprovados. Isso corresponde a um universo de 2,8 milhões de pessoas (27%), entre os 10 milhões de jovens estimados no País nessa faixa etária e que deveriam, de acordo com a Constituição, estar frequentando a escola. Continue lendo “Um em cada quatro jovens vai abandonar o Ensino Médio até o final do ano”

 

Sentido da avaliação na escola em ciclos/blocos

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

A Secretaria de Estado de Educação do DF – SEDF – está se organizando para criar blocos que deem continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Bloco Inicial de Alfabetização – BIA – desde 2005. Este é o momento de a SEDF assumir a atitude corajosa e necessária de implantar  mecanismos para a abolição gradativa da reprovação de estudantes. Minha sugestão é que os estudantes se movimentem dentro de cada bloco segundo o desenvolvimento das suas aprendizagens. Isso significa que não ficarão presos a turmas ou anos de escolaridade. Poderão se movimentar de uma turma a outra e de um ano a outro durante o ano letivo, conforme indique o processo avaliativo que os acompanhará. Este é o processo de progressão continuada, que terá seus mecanismos definidos pela SEDF. Os reagrupamentos dos estudantes e o trabalho com projetos interventivos, já realizados pelo BIA, darão suporte a essa organização.

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