Bernardete Angelina Gatti: Por uma política de formação de professores

JC Notícias – 24/05/2019

Bernardete Angelina Gatti: Por uma política de formação de professores

Pesquisadora expõe obstáculos e desafios enfrentados na preparação de novos educadores

Poucos ruídos da rua chegavam à ampla e silenciosa sala de reuniões do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE) durante uma tarde de janeiro. “Hoje está tudo quieto, uma delícia, mas amanhã estará bem cheio”, comentou a educadora Bernardete Angelina Gatti, de 75 anos, presidente do conselho desde agosto de 2016. No dia seguinte, todos os assentos estariam ocupados para debates sobre processos de avaliação de instituições de ensino superior e outros temas. É Bernardete quem comanda, sempre às quartas-feiras, as sessões plenárias abertas ao público realizadas na sede do CEE, órgão criado em 1963 com o objetivo de estabelecer regras para as escolas estaduais e particulares e orientar as instituições públicas de ensino superior do estado. O conselho está instalado no segundo andar do edifício Caetano de Campos, na praça da República, região central de São Paulo. Inaugurado em 1894 e conhecido como “escola da praça”, o prédio histórico formou gerações de normalistas e, desde o final dos anos 1970, abriga a sede da Secretaria Estadual de Educação.

Na antessala da diretoria, quadros com imagens de crianças sorridentes manuseando lápis e papéis remetem ao início da carreira de Bernardete, que, durante a graduação em pedagogia na Universidade de São Paulo (USP), na década de 1960, lecionou para crianças e adolescentes em colégios públicos. A experiência como alfabetizadora e o doutorado em psicologia na Universidade Paris VII, na França, prepararam o terreno para que ela iniciasse em 1971 a carreira de pesquisadora na Fundação Carlos Chagas, instituição que é referência em avaliação educacional. Desde então, coordenou estudos pioneiros sobre a formação de professores no Brasil.

Revista Pesquisa Fapesp

 

AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM: UMA RELAÇÃO INDISSOCIÁVEL?

 

AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM: UMA RELAÇÃO INDISSOCIÁVEL?

Enílvia Rocha Morato Soares

Pesquisadora do GEPA

 

A avaliação carrega, ainda hoje, marcas acentuadas dos exames escolares criados no século XVI com o objetivo de selecionar estudantes em função da capacidade de memorização por eles demonstrada. A presença desse modo de avaliar se mostra fortalecido pelas atuais políticas de avaliação que se ocupam de avaliar sistemas de ensino por meio de exames, cujos resultados têm servido muito mais para ranquear escolas e estudantes do que para incitar a adoção de políticas públicas necessárias à melhoria da qualidade da educação. Continue lendo “AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM: UMA RELAÇÃO INDISSOCIÁVEL?”

 

Giroux: a guerra contra o ensino superior

 

Giroux: a guerra contra o ensino superior

por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

“Giroux, autor de Neoliberalism’s War on Higher Education (“a guerra do neoliberalismo contra o ensino superior”, sem edição no Brasil), critica que as universidades estejam sendo atacadas com cortes contínuos em seu financiamento, especialmente os departamentos de humanas, para que deixem de ser centros de pensamento. E cita o caso brasileiro. Na semana passada, depois […]

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Luiz Carlos de Freitas | 14/05/2019 às 9:18 PM | Tags: Direto do fundo do poço, Resistência | Categorias: Assuntos gerais, Weintraub no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-6SH

 

A pós-verdade de avaliação censitária

Leitura obrigatória

A pós-verdade da avaliação censitária

por Luiz Carlos de Freitas

Avaliações de larga escala, feitas para abranger municípios, estados ou mesmo uma nação podem ser feitas tanto de forma censitária, ou seja, envolvendo todas as escolas e estudantes, como de forma amostral, utilizando-se de procedimentos estatísticos fartamente conhecidos e utilizados em vários campos. Em princípio, avaliações de larga escala devem servir para avaliar políticas educacionais […]

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Luiz Carlos de Freitas | 10/05/2019 às 9:14 AM | Categorias: Assuntos gerais | URL: https://wp.me/p2YYSH-6Sy

 

ANÁLISE DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO NO REGIMENTO ESCOLAR DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO DF

 

ANÁLISE DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO NO REGIMENTO ESCOLAR DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO DF

Grupo de pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico – GEPA

06/05/2019

A Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF) vem construindo concepção e práticas de avaliação formativa desde 2000. Quatro versões das diretrizes de avaliação foram elaboradas nesse período, sendo que as três últimas tiveram a participação de professores. A quinta versão foi concluída ao final de 2018, mas não foi implementada. Um esforço gigantesco foi empreendido, durante os últimos anos, por meio da formação continuada dos educadores, para ampliação da compreensão dessa função avaliativa.

Contudo, ao final de abril deste ano, as escolas foram surpreendidas por uma proposta de alteração do regimento escolar a elas enviada para oferecimento de sugestões, que entra em conflito com os preceitos da avaliação formativa inseridos nos documentos oficiais da rede pública do DF.   Continue lendo “ANÁLISE DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO NO REGIMENTO ESCOLAR DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO DF”

 

“O que prova que a organização em ciclos é melhor que seriação e não significa apenas diminuir os números de reprovação no sexto e no oitavo anos?”

“O que prova que a organização em ciclos é melhor que seriação e não significa apenas diminuir os números de reprovação no sexto e no oitavo anos?”

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

A pergunta acima foi feita por uma professora da rede pública de ensino do DF, muito comprometida com o trabalho que desenvolve. Como o DF mantém a organização da escolaridade em ciclos há algum tempo e suas escolas receberam documentos orientadores da sua implementação, fui consultá-los para entender a razão da pergunta da professora. Não encontrei a resposta para sua dúvida. Fiquei preocupada. Ela deveria constar das orientações. Tento aqui refletir sobre o tema.   Continue lendo ““O que prova que a organização em ciclos é melhor que seriação e não significa apenas diminuir os números de reprovação no sexto e no oitavo anos?””