Profissão professor: quando formação docente e realidade escolar não dialogam

JC Notícias – 15/02/2018

Profissão professor: quando formação docente e realidade escolar não dialogam

Para especialistas, mudança passa por melhores estágios e valorização da carreira

“Formar com qualidade professores para as redes públicas de ensino é um dos grandes gargalos da Educação brasileira. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aproximadamente 24% dos docentes do sistema público não tinham formação superior em 2015. Esse patamar está muito longe da meta 15 do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê a universalização da Educação Superior dos profissionais que ensinam as crianças e jovens brasileiros em seis anos.

E essa é apenas uma parte do problema. Ter o diploma não significa que os outros 76% receberam instrução adequada para saber como ensinar – é o diz Adilson Dalben, Coordenador da licenciatura em Matemática da Faculdade SESI-SP de Educação. “Quando o professor sai da faculdade, ele não está preparado para a realidade da escola. Mas mesmo assim ele tem que dar conta”, explica. Como chegamos a esse ponto?”

Meu comentário: chegamos a esse ponto porque as universidades não se empenham em formar professores. Este não tem sido o seu maior objetivo. Os cursos de bacharelado é que importam. Há alguns anos ouvi uma professora da área de Química dizer que os estudantes nem deveriam ir à Faculdade de Educação. Certamente ela afirmava isso a eles.

Como diz o título desta reportagem, universidade e escola de educação básica não dialogam, permanecendo distante uma da outra. Há professores de cursos de licenciaturas que desenvolvem atividades com seus estudantes em escolas. Contudo, costumam ser ações episódicas e mais ao gosto do professor. Não são ações institucionalizadas. Há universidades que possuem coordenação dos cursos de licenciatura, os quais poderiam assumir a tarefa de congregar os docentes desses cursos para tomarem a frente e “irem às escolas” para a realização de trabalho conjunto. É importante os professores da educação básica “irem” à universidade para trabalho conjunto, mas, mais necessário ainda é o contrário. Essas idas e vindas contribuirão para a formação dos docentes que a realidade escolar requer.

 

 

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