TESTES: NOVAS FORMAS DE LUTA

Testes: novas formas de luta

Publicado em 10/04/2015 por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas

Grande quantidade de pais americanos estão optando por impedirem seus filhos de serem objeto de testes de alto impacto nas escolas. A lei americana (opt out) permite que os pais determinem às escolas de seus filhos que não os incluam nos testes de larga escala. Em lugares como Colorado, Flórida, Nova Jersey e Nova York a retirada é significativa. O movimento é nacional.

O problema que isso acarreta é que a lei americana No Child Left Behind exige que cada escola inclua nos testes pelo menos 95 por cento de seus alunos, ou então o distrito ou estado poderia enfrentar sanções, implicando em perda de acesso a recursos federais. A exigência é extensiva proporcionalmente aos subgrupos de pobreza e raciais.

Alguns estados e escolas estão próximos de não atingir o limiar da exigência de 95% de presença devido ao movimento anti-teste “opt out”. O estado do Colorado já pediu ao governo federal que flexibilize a exigência, temendo não atingí-la.

Eis aí um movimento interessante. O primeiro passo, no Brasil, é garantir leis que permitam aos pais impedirem que seus filhos sejam envolvidos nos testes, sem retaliação por parte das escolas. Em seguida, é mobilizar os pais para que retirem seus filhos dos exames. Podemos comprometer o desenho da avaliação se conseguimos reduzir o número de alunos em cada turma que se dispõem a fazer o exame.

Os pais precisam ser envolvidos nesta luta e para isso, temos que mostrar a eles os efeitos nefastos que os testes de alto impacto acarretam a seus filhos.

Os únicos exames e testes válidos são aqueles planejados e aplicados pelos próprios professores para conhecerem o desempenho de seus alunos na sua classe.

 

 

INCOMPREENSÕES SOBRE O IDEB

INCOMPREENSÕES SOBRE O IDEB

Lei obriga que escolas em Maceió divulguem Ideb para pais de alunos

Todos pela Educação 08 de abril de 2015

Objetivo é informar qualidade das instituições de ensino. Lei foi promulgada no Diário Oficial do Município no dia 7/4/2015

Com o objetivo de informar aos pais sobre a qualidade das escolas em que os filhos estudam, o presidente da Câmara dos Vereadores de Maceió, Kelmann Vieira (PMDB) promulgou, nesta terça-feira (7/4/2015), a Lei nº 6.373 que exige que as instituições de ensino divulguem o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb).

De acordo com a publicação do Diário Oficial do Município (DOM), as escolas públicas e privadas localizadas em Maceió são obrigadas a divulgar e colocar à disposição de pais, mães ou responsáveis de alunos as classificações no Ideb.

A divulgação levará em conta a posição da escola em nível nacional e em Alagoas. De acordo com a publicação, as escolas têm o tempo máximo de 60 dias para iniciarem o cumprimento da lei, contados a partir desta terça.

Já em relação a forma escolhida para divulgação, as escolas devem comunicar ao Conselho Municipal de Educação, que ficará responsável por fiscalizar o cumprimento da lei, inclusive definindo critérios para a melhoria da qualidade de ensino das instituições que forem classificadas com o Ideb insatisfatório.

Avaliação O Ideb é um indicador geral da Educação nas redes privadas e públicas. Foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil, em uma escala de 0 a 10.

 

 

 

ENTREVISTA DE LUIZ CARLOS DE FREITAS SOBRE INDICADORES EDUCACIONAIS

Entrevista de Luiz Carlos de Freitas sobre indicadores educacionais

 

“Para que sejam úteis, indicadores têm que ser associados à política que mobilize escolas na utilização e análise dos dados”

Professor da Unicamp, Luiz Carlos de Freitas analisa portal do INEP e questiona política de cobranças sobre as escolas

“Para que sejam úteis, indicadores educacionais têm que ser associados a uma política que mobilize o interior da cada escola na utilização e análise dos dados, criando mecanismos de mediação nas próprias escolas. Ao invés disso, servem apenas como forma de pressão pública sobre a escola”, constatou o professor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luiz Carlos de Freitas.

Ao avaliar o novo portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que pretende explicitar às escolas alguns de seus índices e o contexto social em que estão inseridas, o professor avaliou que, apesar de o acesso a dados contextuais poder contribuir com a maior capacidade de análise do desempenho geral da escola, deve-se evitar uma avaliação que reúna informações que responsabilizem a unidade de educação por seus resultados. Continue lendo “ENTREVISTA DE LUIZ CARLOS DE FREITAS SOBRE INDICADORES EDUCACIONAIS”

 

GAMING DO GATO E RATO

Gaming do gato e rato

Publicado em 06/03/2015 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Rogério Cerqueira Leite escreve hoje (6-03-15) na Folha de São Paulo sobre “Lixo acadêmico, causas e prevenção”. Para ele, “critérios que levam em conta citações em artigos acadêmicos ensejaram artifícios para ludibriar sistemas de avaliação”.

Ele não é contra tais critérios, e credita os problemas a algumas causas que identifica como: “1. O pagamento de “pedágio” [que] se estabelece quando um pesquisador consegue, por mérito ou oportunismo, apoderar-se de um meio de produzir dados. Com o que afluem outros pesquisadores ao seu laboratório e, como pagamento, incluem em artigos o nome do “dono da bola”; 2. “O compadrio” (…) ou seja, “o acordo de cavalheiros entre membros de grupos para compartilhar autorias. O número de publicações e de citações é assim multiplicado”; e 3. O “franciscanismo” (dar para receber), intra ou inter, dependendo se a burla ocorre entre membros de uma ou de mais instituições.” Continue lendo “GAMING DO GATO E RATO”

 

HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS EM QUESTÃO

RJ: habilidades socioemocionais em questão

Carlos Eduardo Rodrigues defendeu sua dissertação de mestrado com o título: AS HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS COMO A NOVA FÊNIX DAS AVALIAÇÕES EM LARGA ESCALA? no Centro de Ciências Humanas e Sociais da UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO, sob orientação de Claudia Fernandes.  Abaixo segue o resumo do trabalho.

 “Estamos vivenciando um período marcado por novas narrativas sobre o que conta como “boa” educação (BALL e MAINARDES, 2011). Nesse contexto, sob a insígnia da “renovação”, as habilidades socioemocionais ou não-cognitivas – aquelas que designam os comportamentos, as atitudes e as características de personalidade que não estariam diretamente ligadas ao domínio das disciplinas escolares – têm sido defendidas como a solução para trazer à educação o que lhe estaria faltando. A importância que se tem atribuído às habilidades socioemocionais pode ser evidenciada através da recente iniciativa da OCDE de encomendar ao Instituto Ayrton Senna (IAS) a confecção de um instrumento de avaliação em larga escala que fosse capaz de aferir essas habilidades. A avaliação desenvolvida, aplicada a estudantes da rede pública do Rio de Janeiro, pretendeu medir conscienciosidade, amabilidade, estabilidade emocional, abertura a novas experiências e extroversão. Movidos por uma profunda desconfiança de que fosse possível mensurar aspectos tão complexos por meio de uma avaliação em larga escala, propusemo-nos a investigar por que, por meio de que atores e com base em que argumentos tem se pretendido institucionalizar no Brasil a avaliação em larga escala das habilidades socioemocionais dos alunos. Tratar do tema avaliação em larga escala obrigou-nos a reconhecer que estávamos diante de um fenômeno complexo, marcado por ambiguidades, contradições e disputas ideológicas. Adotamos, pois, como arcabouço teórico-metodológico a Análise do Discurso de linha francesa e, mais especificamente, a proposta de Charaudeau (2014), pois que esta enfatiza o caráter intersubjetivo da linguagem, reconhecendo-a como o espaço do debate e do embate. A análise de nosso corpus, composto basicamente por relatórios e pela transcrição de dois vídeos, permitiu-nos afirmar que a OCDE, o principal desses atores, tem orientado sua atuação através dos três mecanismos de governança apontados por Jakobi e Martens (2010): a produção de ideias, a avaliação de políticas e a geração de dados; e por meio de pelo menos dois dos modos de governança concebidos Woodward (2009), quais sejam o cognitivo – que passa pela circulação de ideias – e o normativo – observável a partir do compartilhamento de um conjunto de valores. Para legitimar seus anseios em relação ao desenvolvimento tanto das habilidades socioemocionais nos jovens quanto de um instrumento para aferi-las, a OCDE convocou o Professor James Heckman – o qual manteve certa independência de posição – e alguns outros atores que se apresentaram apenas como reprodutores da visão da OCDE, dentre os quais mencionamos o IAS, os ministros da educação de diversos países e, em especial, o MEC do Brasil. Esse projeto de governança educacional global tem se assentado nas expectativas do que o mercado de trabalho vem definindo como perfil desejado para os indivíduos que emprega e no anseio de instituir formas de controle para assegurar que tais expectativas sejam atendidas. Nesse contexto comprometido com os interesses do mercado de trabalho, os quais não se confundem com os propósitos democráticos da educação, o suposto “renascimento” que as habilidades socioemocionais poderiam representar não contemplam uma verdadeira renovação, mas antes representam permanência, manutenção.”

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JOVENS FORA DA ESCOLA NO BRASIL

11/03/2015 13h09 – Atualizado em 11/03/2015 16h50

Cerca de 1,7 milhão de jovens estão fora da escola no Brasil, diz Unicef

Unicef divulgou os principais desafios do ensino médio no país. Violência, gravidez e trabalho precoce são os principais problemas.

Tábata Poline Do G1 MG

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (11) em Belo Horizonte aponta os principais desafios para a educação do ensino médio no Brasil, onde cerca de 1,7 milhão de adolescentes de 15 a 17 anos ainda está fora da escola. A publicação foi elaborada pelo Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

De acordo com o estudo, os principais fatores apontados pelos jovens para justificar o abandono dos estudos são violência familiar e no entorno da escola, gravidez precoce e trabalho. Fatores como organização e infraestrutura da escola, falta de diálogo entre alunos e professores e desmotivação dos educadores também foram apontados. Continue lendo “JOVENS FORA DA ESCOLA NO BRASIL”

 

ARQUITETURA DO SABER

Arquitetura do saber

Exposição e livro mostram os antigos grupos escolares como a materialização de um projeto republicano de educação

CARLOS FIORAVANTI | ED. 228 | FEVEREIRO 2015

Escolas Reunidas de Dois Córregos, em Piracicaba, 1924

Escolas Reunidas de Dois Córregos, em Piracicaba, 1924

Criados no início da República, os antigos grupos escolares ocupavam casarões ou prédios monumentais, muitas vezes cercados por jardins amplos, com salas de aulas grandes, janelas altas e largas, pátios imensos. Correspondentes ao antigo primário e às atuais cinco primeiras séries do ensino fundamental, eram o símbolo da escola pública de qualidade. Sua arquitetura e modo de funcionamento expressavam os ideais dos homens que haviam derrubado a monarquia e queriam um país moderno. “Os grupos eram a materialização do projeto republicano de educação”, sintetizou Maria Aparecida de Menezes Borrego, historiadora do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP). Eram tão importantes que, diz ela, “no departamento de obras do estado havia uma área especializada na construção de escolas, dirigida por Ramos de Azevedo e outros grandes nomes da arquitetura da época”. Continue lendo “ARQUITETURA DO SABER”

 

DIANE RAVITCH COMEMORA 18 MILHOES DE ACESSOS

Diane Ravitch comemora 18 milhões de acessos

No dia 6 de março o blog de Diane Ravitch atingiu 18 milhões de acessos. Mostra a importância do trabalho que tem realizado esta incansável batalhadora da escola pública. Eis alguns trechos de seu post comentando este momento:

“Meu objetivo desde que o blog começou foi que os outros soubessem que o que estava acontecendo em seu estado e no seu distrito não era um fenômeno isolado. Eu queria que você soubesse que, se você não gosta do status quo na educação de hoje, você não está sozinho. Se você não gosta dos ataques aos professores, você não está sozinho. Se você está alarmado com a forma como os testes se tornaram o principal foco da escolarização, você não está sozinho.”

“O movimento para transformar a educação pública em gestão privada e empresarial é nacional e não local. O movimento para retirar direitos coletivos de trabalho dos professores é nacional e não local. A indiferença à segregação e pobreza é nacional e não local. Eu queria ajudar a construir um movimento contra a privatização e os testes de alto impacto, fornecendo as informações que as pessoas precisam.”

“Tudo o que os “reformadores” impuseram falhou. Pagamento por mérito falhou. As escolas charters não são melhores e são, às vezes, muito pior do que as escolas públicas, especialmente quando elas são conduzidas por não-educadores ou por pessoas que procuram ter lucro. Os vouchers falharam. Os habituais esquemas de responsabilização punitivos de classificação A-F ou ranqueamento de professores são uma farsa. A privatização por decisão da maioria simples de pais falhou. O esforço para medir a qualidade dos professores pelos resultados dos exames dos alunos falhou.”

“Apesar de todo o dinheiro dos bilionários e os gestores de fundos de hedge de Wall Street, apesar de seu controle do Departamento de Educação dos Estados Unidos, seu plano para privatizar a educação pública é um fracasso. Eles podem fazer isso acontecer aqui e ali, mas eles não podem produzir qualquer melhoria real que beneficie todas as crianças. Eles não podem produzir igualdade de oportunidades educacionais. Eles produzem mais testes, mas eles não podem produzir uma melhor educação.”

“Toda nação de alto desempenho na educação tem uma forte rede pública de ensino, com forte apoio da comunidade e financiamento equitativo. Eles não dependem de mercados competitivos para oferecer educação; mercados competitivos exacerbam a segregação e a desigualdade. Uma melhor educação para todos significa de fato uma melhor educação para todos. Isso significa igualdade de oportunidades educacionais. Isso significa estudantes bem-educados e professores bem preparados. Isso significa uma profissão docente respeitada. Significa pais e comunidade apoiando a missão das escolas.”

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INCOMPREENSÕES SOBRE A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Imagem de free stock photos from www.picjumbo.com por Pixabay

“Avaliação na educação infantil é bola dividida entre especialistas

A um ano da meta de universalização do acesso do ensino para crianças de 4 e 5 anos, “prova” bianual ainda gera dúvidas e críticas Publicado em 17/02/2015 | NAIADY PIVA, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO

O Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece como sua meta número 1 a universalização da educação infantil para todas as crianças de 4 e 5 anos. O prazo é o início do ano letivo de 2016. As estratégias para efetivação da meta estão elaboradas no próprio plano, dentre elas a criação de uma avaliação desta etapa do ensino, a ser realizada a cada dois anos. Os profissionais da área concordam com a necessidade de parâmetros que guiem um ensino de qualidade. Mas na hora de definir como deve ser a avaliação é que começa a briga. “Não basta receber a criança na escola. É preciso que exista um programa, professores bem formados, uma estrutura de gestão da escola que esteja preparada para uma criança que precisa de espaços, conteúdos diferenciados e ser entendida na sua fase de desenvolvimento como indivíduo”, resume a professora Edna Percegona, diretora geral do Colégio Opet. Para isso, os espaços escolares, o currículo e a proposta pedagógica devem ser monitorados. Uma boa avaliação, defende ela, é aquela que faz com que a instituição “olhe para si mesma e estabeleça padrões elevados de organização pedagógica, curricular e estrutura”. Diagnóstico deve levar em conta as peculiaridades da faixa etária Estipular uma avaliação universal como o “Provinha Brasil” para a educação infantil é uma ideia que gera controvérsias. Para o gerente de avaliação da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (que trabalha com políticas para a educação), Eduardo Marino, um teste, por si só, não tem utilidade, mas a etapa de desenvolvimento da criança pode ser levada em conta na hora de diagnosticar a situação de ensino de uma localidade. Continue lendo “INCOMPREENSÕES SOBRE A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL”

 

NOVO PORTAL CRUZA INFORMAÇÕES PARA MOSTRAR DESEMPENHO DE ESCOLAS EM SEU CONTEXTO SOCIAL

Novo portal cruza informações para mostrar desempenho de escolas em seu contexto social

 

MEC

Sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

As escolas públicas brasileiras contam com uma ferramenta para compreender melhor seus resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A partir desta sexta-feira, está disponível na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) um novo painel, desenvolvido para contextualizar os desempenhos das escolas. Além dos resultados do Ideb, divulgados ao longo das cinco edições do indicador, os interessados podem conferir informações coletadas pelo Censo Escolar da Educação Básica e novos indicadores criados pelo Inep. O objetivo é explicitar às escolas o contexto social em que estão inseridas e mostrar que, independentemente das condições do alunado, é possível ter bons desempenhos, apesar de os esforços para isso serem muito diferentes. O presidente do Inep, Chico Soares, explica que o painel apresenta o Ideb, o mais importante indicador da educação básica brasileira, em um contexto social. “Ele vai mostrar às escolas que há experiências de sucesso em qualquer tipo de condição. Ou seja, a escola pode transformar a realidade do aluno e não apenas reproduzir as suas limitações ou vantagens sociais”, justifica. Continue lendo “NOVO PORTAL CRUZA INFORMAÇÕES PARA MOSTRAR DESEMPENHO DE ESCOLAS EM SEU CONTEXTO SOCIAL”