Adriana Helena Teixeira, professora da Secretaria de Educação do DF, defendeu dissertação com o seguinte título: Tessituras sobre o uso de um ambiente virtual de aprendizagem na progressão parcial com dependência em Química, sob a orientação do professor Dr. Ricardo Gauche. O trabalho se insere no Programa de pós-graduação em Ensino de Ciências, Mestrado Profissional em Ensino de Ciências, do Instituto de Química, da UnB. Adriana investigou as contribuições do AVA, Ambiente Virtual de Aprendizagem, para o desenvolvimento da avaliação das aprendizagens de um grupo de alunos do ensino médio que se encontrava no regime de progressão parcial com dependência em Química. Normalmente os alunos nessa situação, em lugar de desenvolverem atividades para que aprendam e possam dar continuidade aos estudos, apenas recebem a incumbência de elaborar um “trabalho” que, entregue ao professor, garante a sua aprovação na disciplina. Continue lendo “Tessituras sobre o uso de um ambiente virtual de aprendizagem na progressão parcial em Química”
Notas mais altas para meninas
A publicação PISA in Focus, da OECD, de março de 2013 e acessada em 15/04/2013, informa a tendência de professores atribuírem notas mais altas a meninas e a estudantes economicamente favorecidos. Segundo o texto, as notas têm o propósito de informar os estudantes sobre o progresso de suas aprendizagens, alertar professores acerca das suas necessidades e certificar o grau de domínio das tarefas e competências exigidas pela escola.
Esse fato demonstra a necessidade de se desenvolverem pesquisas sobre o tema.
Avaliação na educação infantil segundo a Lei nº 12.796
Benigna Maria de Freitas Villas Boas
Está em vigor desde o dia 04 de abril de 2013 a Lei nº 12.796, que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, no que se refere a alguns aspectos da educação infantil. Uma das mudanças refere-se à avaliação na educação infantil.
Artigo 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I – avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
II – carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional;
III – atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral;
IV – controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;
V – expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. Continue lendo “Avaliação na educação infantil segundo a Lei nº 12.796”
A meritocracia avança perigosamente nas escolas
Tomamos conhecimento de um convite para a formação do 1º Ninho das Cobras de uma escola de ensino fundamental no DF. O convite traz data, horário e local para a constituição do referido “ninho”. Sem identificação do/a professor/a responsável, da escola e dos alunos, apresentamos o teor do convite:
“Data: 27/03/2013 – 14 horas – no refeitório da escola.
XXX, professor de XXX e coordenador do Projeto Ninho das Cobras das 5as séries A,B, C, D, E e F, do XXX, tem o prazer de convidar os pais dos alunos cobras, os alunos cobras, os seus ex-alunos e hoje professores, A e B, a CRE XXX na pessoa da professora XXX, a direção da XXX, o professor C, a direção do XXX e demais professores dessas turmas para: Entrega das medalhas, dos diplomas comemorativos, da premiação aos alunos Cobras(o melhor de cada fila), Sucuris(o melhor de cada sala) e grande Sucuri o melhor de todas as turmas. Segue abaixo a relação das cobras por turma: Continue lendo “A meritocracia avança perigosamente nas escolas”
Escolas empobrecidas: sem História nem Geografia
Carta na Escola
Carta Capital
Educação
15.02.2013 12:52
Escolas empobrecidas: sem História nem Geografia
A escola vive uma profunda crise de legitimidade*. O mundo mudou, ficou complexo, novas demandas surgiram. Os estudantes na escola também são outros, diversos na origem e nos interesses. Os professores carecem de condições para um trabalho digno. A sociedade alterou suas expectativas referentes à escola e, assim, criou-se um complicado jogo de múltiplas contradições e, para essa complexidade, não cabem respostas e políticas simplistas. Continue lendo “Escolas empobrecidas: sem História nem Geografia”
Reprovação, repetência e evasão: a mesma coisa?
Erisevelton Silva Lima
Doutor em educação e professor da SEDF
Nada melhor que a pergunta para movimentar o estado das coisas, nada pior que respostas para camuflar a dialética da vida. Foi em uma conversa dessas, de que gosto muito, com docentes das áreas específicas, que um deles fez esta provocação em meio ao desabafo. Assim disse o professor: “Ando meio cansado de ler algumas coisas que chegam à minha escola sobre o pedagógico e sobre educação, tudo igual, tudo!!! Você não acha? Por exemplo não aguento mais ouvir falar em reprovação, repetência e evasão, para mim é tudo igual, você não acha?”
Continue lendo “Reprovação, repetência e evasão: a mesma coisa?”
Formação da biblioteca da Escola Classe Vila Buritis
Acompanhada da Professora Edileuza, coordenadora da Regional do Recanto das Emas, e da professora Vanessa, da mesma coordenadoria, estive hoje na Escola Classe Vila Buritis para entregar 125 livros de literatura para a constituição da biblioteca desta instituição. A sala de leitura da escola está sendo utilizada como sala de aula. Os professores terão de criar meios de levar os livros até os alunos para que sejam usados. Fiquei feliz porque proporcionei o começo de uma biblioteca.
Benigna Villas Boas
Avaliação escolar, violências e fatalidades: esta relação infelizmente existe!
Erisevelton Silva Lima
Doutor em educação e professor da SEDF
Dia 13 de Setembro de 2012 em uma sala de aula de uma escola particular localizada em Santos-SP um adolescente de 15 anos, primeiro ano do ensino médio, e sua professora de inglês envolveram-se em um episódio lamentável. Após o aluno tomar das mãos da professora o diário de classe para apagar as notas por discordar da pontuação recebida em um trabalho, a situação fugiu ao controle da docente que, vexada, diante da sua classe, envolveu-se em confronto físico com o estudante rolando pelo chão diante da turma. Tudo era filmado por meio de um aparelho celular. As imagens e a narrativa do ocorrido foram manchete em diversos jornais e constam de reportagem na Folha UOL Educação de 21-09-2012.
MAS O QUE É MESMO ESSA TAL DE AVALIAÇÃO FORMATIVA?
Erisevelton Silva Lima
Doutor em educação e professor da SEDF
Charles Hadji, em sua obra Avaliação Desmistificada (Ed. Artmed, 2001), ajuda-nos a compreender que a avaliação formativa é aquela cuja intenção é a inclusão do estudante no processo de ensino; ele é avaliado para continuar aprendendo. Não é o instrumento ou o procedimento que define essa avaliação, assevera Hadji, trata-se de intenção encorajadora cujo propósito é garantir as aprendizagens de todos no percurso escolar. Ela é formativa e informativa a cada dia, a cada semana e a cada mês porque vai trazendo elementos do ensino e da aprendizagem para que professores e estudantes se percebam nessas informações e delas retirem o melhor proveito.
AVALIAÇÃO FORMATIVA E USO DE PROVAS: UM DESCOMPASSO?
Elisângela T. Gomes Dias
Doutoranda em Educação. Integrante do GEPA. Professora da SEDF
“Com esse tipo de avaliação formativa nas escolas, sem ter prova, os alunos não ficarão despreparados para fazer concursos públicos ou vestibular por conta do ‘medo’ da prova?” A pergunta foi dirigida à professora Benigna de Freitas Villas Boas, após sua fala sobre os desafios da avaliação na organização da escolaridade em ciclos, na aula inaugural do ano letivo de 2013 da Secretaria de Educação do DF. É possível percebermos alguns equívocos nesse questionamento e que são recorrentes quando se discute a necessidade de romper com a avaliação classificatória para dar espaço a práticas de avaliação formativa.