Quando o cérebro aprende matemática

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

 

JC Notícias – 09/01/2020

Quando o cérebro aprende matemática

A matemática, como a leitura e a escrita, é uma habilidade cognitiva muito recente, e por isso só pode ser explicada como um resultado da cultura possibilitada pela plasticidade cerebral”, comenta Roberto Lent, professor emérito da UFRJ, em artigo para o jornal O Globo

Aprender matemática é difícil para qualquer criança. É diferente da fala, considerada unanimemente pelos neurocientistas como uma habilidade humana inata, possibilitada pela evolução do cérebro dos primatas. A matemática, como a leitura e a escrita, é uma habilidade cognitiva muito recente, e por isso só pode ser explicada como um resultado da cultura possibilitada pela plasticidade cerebral, isto é, a “adaptação” dos circuitos neurais por meio da aprendizagem.

O esforço cognitivo que a criança realiza para aprender matemática, portanto, é maior do que para falar, e envolve muitas áreas cerebrais conectadas em redes. Muitas regiões cerebrais são mobilizadas para aprender o significado dos números ou a relação entre eles. O número 5 significa um certo número de objetos à sua frente. O número 1 representa um único objeto. Esse é o significado dos números: representar quantidades. Já compreender que 5 é maior que 1, no entanto, é um pouco mais difícil. Neste caso trata-se de uma relação entre os números. E quando os números são altos, aí mesmo é que tudo fica mais difícil: 1.564 representa uma grande quantidade de objetos, maior que 1.562 e menor que 1.607.

Leia na íntegra: O Globo

O Globo não autoriza a reprodução do seu conteúdo na íntegra para quem não é assinante. No entanto, é possível fazer um cadastro rápido que dá direito a um determinado número de acessos.

Continue lendo “Quando o cérebro aprende matemática”

 

Escolas cívico-militares terão aulas semanais obrigatórias de ‘valores e atitudes’

 

JC Notícias – 09/10/2020

Escolas cívico-militares terão aulas semanais obrigatórias de ‘valores e atitudes’

MEC determina que colégios tenham ao menos uma hora-aula semanal para ensinar temas como ‘respeito, solidariedade, responsabilidade e honestidade’

Um dos principais projetos anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) no primeiro ano do governo Bolsonaro, as escolas cívico-militares terão ao menos um tempo semanal reservado para aulas de “desenvolvimento de valores e atitudes”, como parte do que o MEC chama de “Projeto Valores”.

Segundo o ministério, o projeto “irá recomendar alguns valores a serem desenvolvidos e que podem ser ampliados pela escola”. Como sugestão de virtudes a serem ensinadas, lista “respeito, solidariedade, responsabilidade, honestidade”.

Lei na íntegra: O Globo

O Globo não autoriza a reprodução do seu conteúdo na íntegra para quem não é assinante. No entanto, é possível fazer um cadastro rápido que dá direito a um determinado número de acessos.

 

2020: década da resistência

 

2020: década da resistência

Mensagem transmitida às amigas e companheiras do GEPA, durante nosso último encontro de 2019

Estamos vivendo um momento atípico em todos os setores da vida do país. A educação tem sofrido investidas absurdas de desvalorização. Trabalhamos com um tema estratégico e sensível: a avaliação formativa, pelo seu poder de promover as aprendizagens, o que empodera estudantes e professores. Não, simplesmente, quaisquer aprendizagens, mas as que formam nossos jovens para a inserção social crítica e responsável.

Todas as políticas educacionais têm afetado a avaliação direta ou indiretamente. Até mesmo o seu silenciamento é indicador da intenção de obscurecê-la. A formação das crianças e dos jovens brasileiros para a cidadania democrática está em risco. Neste momento de preocupação com o que vem acontecendo, como pesquisadores da avaliação, cabe-nos tomar atitudes de resistência: aprofundando nossos saberes sobre o tema, aliando-nos aos que a desenvolvem na educação básica e superior e difundindo nossos estudos e contribuições. Não é o momento de nos recolhermos e de simplesmente nos assustarmos, mas de nos agruparmos para que, colaborativamente, nossas ideias se fortaleçam. Nossa consciência nos chama a atuar.

 

Brasília, 20/12/2019

Benigna Maria de Freitas Villas Boas – coordenadora do GEPA

 

 

Novo artigo: uma década de Prova Brasil

 

Novo artigo: uma década de Prova Brasil

por Luiz Carlos de Freitas

Maria Teresa Gonzaga Alves e Maria Eugénia Ferrão examinam a evolução do desempenho e da aprovação em uma década da Prova Brasil  (2007-17). Uma década da prova brasil: evolução do desempenho e da aprovação  RESUMO “O artigo analisa os dados originados pela aplicação da Prova Brasil, a fim de responder duas perguntas: no período de […]

Leia mais deste post

Luiz Carlos de Freitas | 28/12/2019 às 3:23 PM | Tags: Indicações de Leitura | Categorias: Links para pesquisas, Prova Brasil, Responsabilização/accountability | URL: https://wp.me/p2YYSH-78C

 

Schwartsman: o pesadelo da militarização das escolas

 

Schwartsman: o pesadelo da militarização das escolas

por Luiz Carlos de Freitas

Helio Schwartsman escreve na Folha de São Paulo sobre as escolas militarizadas que só na Bahia, com o consentimento da administração do PT, somam 83: “Para mim, todo tipo de disciplina imposto aos alunos, com continências, uniformes, padrões para corte de cabelo e maquiagem, além da vigilância extrema, é um cenário de pesadelo.” Leia aqui.

Leia mais deste post

Luiz Carlos de Freitas | 27/12/2019 às 7:36 AM | Tags: “Nova” Direita, Direto do fundo do poço, Segregação | Categorias: Assuntos gerais, Militarização de escolas, Segregação/exclusão, Weintraub no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-78z

Comente    Ver todos os comentários
 

CAPES capacitará professores de escolas cívico-militares

 

CAPES capacitará professores de escolas cívico-militares

por Luiz Carlos de Freitas

A CAPES atuará na formação de professores das escolas que adotaram o modelo de gestão compartilhada com os militares. “A ideia é criar um novo programa para atender às especificidades do modelo das escolas cívico-militares, mas também fazer com que esses professores tenham acesso aos programas de formação já existentes da CAPES”, afirmou Carlos Estevam […]

Leia mais deste post

Luiz Carlos de Freitas | 26/12/2019 às 2:41 PM | Tags: “Nova” Direita, Direto do fundo do poço | Categorias: Assuntos gerais, Weintraub no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-784

 

Campinas: supervisores educacionais contra militarização

 

Campinas: Supervisores Educacionais contra militarização

por Luiz Carlos de Freitas

Acompanhando os Coordenadores Pedagógicos da Rede Municipal de Campinas (SP), os Supervisores Educacionais rejeitam, em manifesto, a instalação de escolas cívico-militares nas escolas públicas. Depois de examinar a proposta, dizem: “Por esses apontamentos apresentamos nosso posicionamento contrário à adesão ao Programa Nacional das Escolas Cívico Militares (PECIM) no município de Campinas, em escolas públicas, e […]

Leia mais deste post

Luiz Carlos de Freitas | 19/12/2019 às 2:00 PM | Tags: “Nova” Direita, Resistência | Categorias: Militarização de escolas, Segregação/exclusão, Weintraub no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-77Z

 

Campinas: coordenadores pedagógicos contra militarização

 

Campinas: Coordenadores Pedagógicos contra militarização

por Luiz Carlos de Freitas

Os Coordenadores Pedagógicos da Rede Municipal de Campinas se manifestam contrariamente às escolas-cívico militares: “Ao Sr. Jonas Donizete – Prefeito de Campinas; à Sra. Solange Pelicer – Secretária Municipal de Educação; à Comunidade Escolar da EMEF Odila Maia Rocha Brito e às Unidades Educacionais da SME O coletivo de Coordenadores Pedagógicos da Rede Municipal de Campinas vem a […]

Leia mais deste post

Luiz Carlos de Freitas | 18/12/2019 às 9:37 PM | Tags: “Nova” Direita, Resistência, Segregação | Categorias: Militarização de escolas, Segregação/exclusão, Weintraub no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-77T

 

Câmara dos Deputados aprova moção de aplauso ao educador Paulo Freire

JC Notícias – 18/12/2019

Câmara dos Deputados aprova moção de aplauso ao educador Paulo Freire

“Educador é o brasileiro mais homenageado da história do País”, diz pedido de moção

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (17) moção de aplauso a Paulo Freire (1921-1997), pedagogo brasileiro patrono da educação no País. Diversos deputados defenderam a memória do pesquisador nos últimos dias, depois de ofensas à memória do pesquisador feitas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

O requerimento de moção foi apresentado pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP). “O educador Paulo Freire é o brasileiro mais homenageado da história, tendo recebido 29 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades norte-americanas e europeias, e prêmios como o King Baudouin International Development, em 1980, e o Educação para a Paz, da Unesco, em 1986″, ressalta o deputado.

“É fácil compreender por que Paulo Freire é estudado, amado e admirado mundo afora, passados mais de 20 anos de seu desaparecimento físico: sua prática educadora fundada na troca, no diálogo, acolhedora de todas as singularidades, é um antídoto contra paixões totalitárias”, disse Valente.

Apoio
A moção foi incluída em pauta a pedido da deputada Luiza Erundina (Psol-SP). Foi uma reação a declarações do presidente Bolsonaro, que chamou Paulo Freire de “energúmeno” nesta segunda-feira (16). Energúmeno significa fanático, mas é usada no sentido pejorativo.

Na ocasião, Bolsonaro também afirmou que a TV Escola, que teve o contrato com o Ministério da Educação suspenso, “deseduca os brasileiros”.

Erundina elogiou a trajetória de Paulo Freire, que também foi defendido por parlamentares de outros partidos de oposição. “É uma vergonha para o Brasil que Paulo Freire seja frequentemente atacado pelo presidente que está aí”, disse a deputada.

A moção de aplauso foi aprovada em votação simbólica. Houve um grito de protesto de um deputado contra a medida, mas não foi possível identificar quem foi o parlamentar.

Agência Câmara de Deputados