ARQUITETURA DO SABER

 

Arquitetura do saber

Exposição e livro mostram os antigos grupos escolares como a materialização de um projeto republicano de educação

CARLOS FIORAVANTI | ED. 228 | FEVEREIRO 2015

Escolas Reunidas de Dois Córregos, em Piracicaba, 1924

Escolas Reunidas de Dois Córregos, em Piracicaba, 1924

Criados no início da República, os antigos grupos escolares ocupavam casarões ou prédios monumentais, muitas vezes cercados por jardins amplos, com salas de aulas grandes, janelas altas e largas, pátios imensos. Correspondentes ao antigo primário e às atuais cinco primeiras séries do ensino fundamental, eram o símbolo da escola pública de qualidade. Sua arquitetura e modo de funcionamento expressavam os ideais dos homens que haviam derrubado a monarquia e queriam um país moderno. “Os grupos eram a materialização do projeto republicano de educação”, sintetizou Maria Aparecida de Menezes Borrego, historiadora do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP). Eram tão importantes que, diz ela, “no departamento de obras do estado havia uma área especializada na construção de escolas, dirigida por Ramos de Azevedo e outros grandes nomes da arquitetura da época”. Continue lendo “ARQUITETURA DO SABER”

DIANE RAVITCH COMEMORA 18 MILHOES DE ACESSOS

 

Diane Ravitch comemora 18 milhões de acessos

No dia 6 de março o blog de Diane Ravitch atingiu 18 milhões de acessos. Mostra a importância do trabalho que tem realizado esta incansável batalhadora da escola pública. Eis alguns trechos de seu post comentando este momento:

“Meu objetivo desde que o blog começou foi que os outros soubessem que o que estava acontecendo em seu estado e no seu distrito não era um fenômeno isolado. Eu queria que você soubesse que, se você não gosta do status quo na educação de hoje, você não está sozinho. Se você não gosta dos ataques aos professores, você não está sozinho. Se você está alarmado com a forma como os testes se tornaram o principal foco da escolarização, você não está sozinho.”

“O movimento para transformar a educação pública em gestão privada e empresarial é nacional e não local. O movimento para retirar direitos coletivos de trabalho dos professores é nacional e não local. A indiferença à segregação e pobreza é nacional e não local. Eu queria ajudar a construir um movimento contra a privatização e os testes de alto impacto, fornecendo as informações que as pessoas precisam.”

“Tudo o que os “reformadores” impuseram falhou. Pagamento por mérito falhou. As escolas charters não são melhores e são, às vezes, muito pior do que as escolas públicas, especialmente quando elas são conduzidas por não-educadores ou por pessoas que procuram ter lucro. Os vouchers falharam. Os habituais esquemas de responsabilização punitivos de classificação A-F ou ranqueamento de professores são uma farsa. A privatização por decisão da maioria simples de pais falhou. O esforço para medir a qualidade dos professores pelos resultados dos exames dos alunos falhou.”

“Apesar de todo o dinheiro dos bilionários e os gestores de fundos de hedge de Wall Street, apesar de seu controle do Departamento de Educação dos Estados Unidos, seu plano para privatizar a educação pública é um fracasso. Eles podem fazer isso acontecer aqui e ali, mas eles não podem produzir qualquer melhoria real que beneficie todas as crianças. Eles não podem produzir igualdade de oportunidades educacionais. Eles produzem mais testes, mas eles não podem produzir uma melhor educação.”

“Toda nação de alto desempenho na educação tem uma forte rede pública de ensino, com forte apoio da comunidade e financiamento equitativo. Eles não dependem de mercados competitivos para oferecer educação; mercados competitivos exacerbam a segregação e a desigualdade. Uma melhor educação para todos significa de fato uma melhor educação para todos. Isso significa igualdade de oportunidades educacionais. Isso significa estudantes bem-educados e professores bem preparados. Isso significa uma profissão docente respeitada. Significa pais e comunidade apoiando a missão das escolas.”

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INCOMPREENSÕES SOBRE A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Imagem de free stock photos from www.picjumbo.com por Pixabay
 

“Avaliação na educação infantil é bola dividida entre especialistas

A um ano da meta de universalização do acesso do ensino para crianças de 4 e 5 anos, “prova” bianual ainda gera dúvidas e críticas Publicado em 17/02/2015 | NAIADY PIVA, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO

O Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece como sua meta número 1 a universalização da educação infantil para todas as crianças de 4 e 5 anos. O prazo é o início do ano letivo de 2016. As estratégias para efetivação da meta estão elaboradas no próprio plano, dentre elas a criação de uma avaliação desta etapa do ensino, a ser realizada a cada dois anos. Os profissionais da área concordam com a necessidade de parâmetros que guiem um ensino de qualidade. Mas na hora de definir como deve ser a avaliação é que começa a briga. “Não basta receber a criança na escola. É preciso que exista um programa, professores bem formados, uma estrutura de gestão da escola que esteja preparada para uma criança que precisa de espaços, conteúdos diferenciados e ser entendida na sua fase de desenvolvimento como indivíduo”, resume a professora Edna Percegona, diretora geral do Colégio Opet. Para isso, os espaços escolares, o currículo e a proposta pedagógica devem ser monitorados. Uma boa avaliação, defende ela, é aquela que faz com que a instituição “olhe para si mesma e estabeleça padrões elevados de organização pedagógica, curricular e estrutura”. Diagnóstico deve levar em conta as peculiaridades da faixa etária Estipular uma avaliação universal como o “Provinha Brasil” para a educação infantil é uma ideia que gera controvérsias. Para o gerente de avaliação da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (que trabalha com políticas para a educação), Eduardo Marino, um teste, por si só, não tem utilidade, mas a etapa de desenvolvimento da criança pode ser levada em conta na hora de diagnosticar a situação de ensino de uma localidade. Continue lendo “INCOMPREENSÕES SOBRE A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL”

NOVO PORTAL CRUZA INFORMAÇÕES PARA MOSTRAR DESEMPENHO DE ESCOLAS EM SEU CONTEXTO SOCIAL

 

Novo portal cruza informações para mostrar desempenho de escolas em seu contexto social

 

MEC

Sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

As escolas públicas brasileiras contam com uma ferramenta para compreender melhor seus resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A partir desta sexta-feira, está disponível na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) um novo painel, desenvolvido para contextualizar os desempenhos das escolas. Além dos resultados do Ideb, divulgados ao longo das cinco edições do indicador, os interessados podem conferir informações coletadas pelo Censo Escolar da Educação Básica e novos indicadores criados pelo Inep. O objetivo é explicitar às escolas o contexto social em que estão inseridas e mostrar que, independentemente das condições do alunado, é possível ter bons desempenhos, apesar de os esforços para isso serem muito diferentes. O presidente do Inep, Chico Soares, explica que o painel apresenta o Ideb, o mais importante indicador da educação básica brasileira, em um contexto social. “Ele vai mostrar às escolas que há experiências de sucesso em qualquer tipo de condição. Ou seja, a escola pode transformar a realidade do aluno e não apenas reproduzir as suas limitações ou vantagens sociais”, justifica. Continue lendo “NOVO PORTAL CRUZA INFORMAÇÕES PARA MOSTRAR DESEMPENHO DE ESCOLAS EM SEU CONTEXTO SOCIAL”

MATEMÁTICA: CONHECIMENTO SÓ É ADEQUADO NO 9º ANO EM 10% DOS MUNICÍPIOS

 

Matemática: conhecimento é adequado no 9º ano ‘só em 10% dos municípios’

Paula Adamo Idoeta Da BBC Brasil em São Paulo

  • 12 fevereiro 2015

scolas públicas não têm conseguido que alunos absorvam conhecimento adequado a sua série

As escolas públicas brasileiras não têm conseguido fazer com que seus alunos absorvam o conhecimento adequado às séries que estão cursando, aponta um levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo movimento Todos Pela Educação (TPE), com base no desempenho dos alunos no 5º e 9º anos do ensino fundamental.

O estudo viu que no 9º ano, o último do ensino fundamental, a maior parte dos alunos não está sendo capaz de entender textos narrativos longos e com vocabulários complexos, não consegue resolver problemas matemáticos ou usar porcentagens e medidas padronizadas (como km e kg), o que seria esperado nessa etapa, segundo métricas do próprio governo.

E essa adequação – do que eles aprenderam para o que deveriam ter aprendido – não tem evoluído conforme o esperado; em alguns casos, estagnou ou mesmo recuou. Continue lendo “MATEMÁTICA: CONHECIMENTO SÓ É ADEQUADO NO 9º ANO EM 10% DOS MUNICÍPIOS”

OS DESAFIOS DO PNE

 

Os desafios do PNE para 2015

Correio Braziliense

13 de fevereiro de 2015

“É imprescindível que os gestores e toda a sociedade tenham a Educação, efetivamente, como prioridade absoluta, e que sejam feitos os investimentos necessários”, afirma Alejandra Meraz Velasco

O Plano Nacional de Educação, sancionado pela Presidência da República, em junho de 2014, tem vigência de 10 anos, o que pode parecer prazo razoável para colocar em prática medidas que permitam alcançar as metas. Porém, há muito a fazer desde já, pois existem metas e estratégias que têm como prazo 2015.

Para começar, estados e municípios devem elaborar ou adequar os planos de Educação locais à luz de diretrizes, metas e estratégias previstas no PNE até junho, um ano após a sanção do plano. A formulação dos planos municipais e estaduais deve envolver não apenas o Poder Executivo, mas também a comunidade Escolar de forma mais ampla, em um processo participativo, que culmina na aprovação pelo Legislativo e a volta para sanção pelo Executivo.

A meta que trata do Analfabetismo prevê que a taxa de Alfabetização da população com 15 anos ou mais atinja 93,5% neste ano. Isso significa aumentar a taxa de jovens e adultos alfabetizados em dois pontos percentuais, retomando o crescimento do indicador, praticamente estagnado desde 2011. Continue lendo “OS DESAFIOS DO PNE”

DESMISTIFICANDO RANKINGS INTERNACIONAIS

 

Desmistificando rankings internacionais

Publicado em 07/02/2015 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Um novo estudo divulgado em Janeiro de 2015 analisa os rankings do PISA e em especial a posição americana neste exame. Importante destacar neste estudo os limites que são encontrados no modelo de avaliação do PISA e que afetam todos os países participantes do mesmo. Valem para nós.

Contrariamente ao que se vê em outros países, alguns intelectuais brasileiros ainda têm complexo de inferioridade e sentem dificuldade para questionar resultados da OCDE: acreditam que os resultados da OCDE sejam uma referência segura e acham mesmo que eles são apenas “mensageiros dos nossos problemas” não devendo ser questionados.

Abaixo segue uma listagem de 10 destes problemas na visão de James Harvey no blog de Valerie Strauss. Em tempos de aumento dos amores do MEC pelas avaliações, é bom termos presentes tais limites, os quais são ocultados para alimentar um permanente ataque à educação pública.

O relatório teve por base o estudo de James Harvey, o qual resumiu seus achados para o blog de Valerie Strauss. Entre os limites apontados destaco: Continue lendo “DESMISTIFICANDO RANKINGS INTERNACIONAIS”

PBL PILOT: MATCHING PBL WITH TRADITIONAL GRADING

 

PBL Pilot: Matching PBL With Traditional Grading

January 5, 2015

EDUTOPIA (http://www.edutopia.org)

Matt Weyers

follow:

https://www.twitter.com/@mr_weyers

 

Photo credit: Matt Weyers

Editor’s Note: Matt Weyers and co-author Jen Dole, teachers at Byron Middle School in Byron, Minnesota, present the fifth installment in a year-long series documenting their experience of launching a PBL pilot program.

Project-based learning has been wonderful. Students are self-reporting how they’re experiencing a deeper level of learning, and parents are saying that their children are actively (and often voluntarily) elaborating on their learning outside of school. We firmly believe that PBL is one of the best teaching methodologies available for the 21st century.

 

The opportunities to assess students on the 4 Cs (creativity, collaboration, communication, and critical thinking) have been endless. Blending all of this into the traditional A-F grading system, however, has on occasion felt like pounding a square peg into a round hole. At this point in the school year, we feel that standards-based grading would be the best and most opportune solution to grading in a PBL environment. We feel fortunate, though, to have the administrative support we need for tackling these challenges. In this post, we’d like to look at some of our challenges, working solutions, and further questions to consider. Continue lendo “PBL PILOT: MATCHING PBL WITH TRADITIONAL GRADING”

“SÓ 16 ESCOLAS TÊM TODOS OS DOCENTES FORMADOS NA ÁREA QUE ATUAM ” [SIC]

 

A redação da reportagem abaixo revela a baixa qualidade do trabalho das escolas de educação básica. Muitos são os erros de escrita. Como querer que nossos jovens se saiam bem na redação do ENEM?

 

“Só 16 escolas têm todos docentes formados na área que atuam

EXAME.com

Apenas 0,1% das escolas brasileiras têm todos os professores formados na área que ensinam

São Paulo – De todas as mais de 14,7 mil escolas que participaram do Enem 2013, apenas 0,1% tem em seu quadro de docentes apenas professores que sejam graduados nas áreas em que lecionam.

Na prática, isso significa que em apenas 16 escolas, os professores de matemática têm licenciatura em matemática, os de física em física, e assim por diante – ao contrário do que acontece nas outras 99,9%, onde é comum ver um professor formado em física dando aula de matemática, por exemplo.

Entre estas 16 escolas, 4 são estaduais. Todas abrigam menos de 200 alunos e apenas uma tem alunos de baixo nível socioeconômico.

Segundo um levantamento feito pelo movimento Todos Pela Educação, 52% dos professores do Ensino Médio de todas as redes de ensino do Brasil não são formados na disciplina que lecionam.

Quase a totalidade dos professores (95,3%) que lecionam as disciplinas obrigatórias do Ensino Médio têm curso superior e a grande maioria (77,9%) têm licenciatura, mas apenas 48,3% possui licenciatura específica para dar aulas nessas áreas do conhecimento.

Física é a disciplina com um dos menores percentuais de professores graduados, com apenas 19,2%.”

 

 

INTERNATIONAL TEST SCORES PREDICT NOTHING

 

Diane Ravitch Become a fan

Research Professor of Education, New York University; Author, ‘Reign of Error’

 

International Test Scores Predict Nothing

Posted: 12/31/1969 7:00 pm EST Updated: 10/24/2013 8:31 am EDT

Uh-oh! Another study has appeared warning that we are falling behind other nations on international standardized tests.

The National Assessment Governing Board released the results of a study comparing the performance of U.S. states to nations that participated in the 2011 TIMSS.

Students in most U.S. states were above the international average but the nations known for their test-taking culture dominated the results. That is, the top performing nations were Singapore, Korea, Chinese Taipei, and Japan.

The usual hand-wringers were wringing their hands about how awful we were, how terribly we compare to those at the top.

The reporters from the New York Times and the Washington Post tried to reach me but I was at an all-day event in Vermont-New Hampshire and did not see their messages.

If I had responded, I would have said this: International test scores do not predict the economic future. Once a nation is above a basic threshold of literacy, the numbers reflect how good that nation is at test-taking. They are meaningless as economic predictors. Continue lendo “INTERNATIONAL TEST SCORES PREDICT NOTHING”