“Reforma do Ensino Médio vai acirrar desigualdades educacionais e sociais”, diz Callegari

Callegari defende a necessidade de se pensar a educação básica em sua totalidade

“Reforma do Ensino Médio vai acirrar desigualdades educacionais e sociais”, diz Callegari

Especialista renunciou ao cargo de presidente da comissão da BNCC, por não concordar com o documento e sua ligação com a Reforma do Ensino Médio

O presidente da Comissão Bicameral do Conselho Nacional de Educação, órgão responsável por encaminhar as etapas de audiência pública e consolidação das alterações no texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), César Callegari, renunciou ao cargo na segunda-feira 2. Quem assume o cargo é Eduardo Deschamps, presidente do CNE e membro do conselho consultivo do Inep, indicado pelos conselheiros e eleito com maioria dos votos.

A saída de Callegari é motivada por divergências políticas em relação à condução da BNCC do Ensino Médio e à reforma da etapa via Lei 13.415/2017, que ele fez questão de explicar em uma carta dirigida aos conselheiros do CNE.

Uma de suas críticas se deposita sobre a fragmentação entre a Base do Ensino Médio e aquela já aprovada para a Educação Infantil e Ensino Fundamental. “A proposta do MEC para o Ensino Médio não só destoa, mas contradiz em grande medida o que foi definido na BNCC das etapas anteriores”, destaca em sua carta. “Tinham, afinal, razão os que temiam rupturas e fragmentação da educação básica”, grafa em outro momento.

Leia na íntegra: Carta Educação

 

 

BNCC: avaliação nacional vai ser realinhada

BNCC: avaliação nacional vai ser realinhada

O Ministro da Educação divulgou que haverá mudanças na organização do Sistema de Avaliação da Educação, informa a Agência Brasil. O anúncio também confirma o “alinhamento” entre a Base Nacional Comum Curricular e as provas atualmente existentes, as quais serão reformuladas.

“A educação infantil será avaliada pela primeira vez no ano que vem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Atualmente, as avaliações nacionais são aplicadas apenas a partir do ensino fundamental. Ao contrário das outras etapas, as crianças das creches e pré-escolas não terão que fazer nenhuma prova. A avaliação será por meio de questionários aplicados a professores, dirigentes e equipe escolar.

Serão avaliadas por exemplo questões de infraestrutura e formação dos professores. As escolas serão bem ou mal avaliadas se ofertarem as condições necessárias para o desenvolvimento das crianças. Entram no cálculo, entre outras questões, a oferta de brinquedos. O anúncio foi feito hoje (28), pelo ministro da Educação, Rossieli Soares.”

“Além da avaliação da educação infantil, o Inep vai reformular o sistema de avaliação de toda a educação básica. Os diversos nomes das provas: Prova Brasil, Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), entre outras, deixarão de existir e todas as avaliações são identificadas como etapas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Ao todo, o sistema terá seis etapas de avaliação: creche, pré-escola, 2º ano do ensino fundamental, 5º ano do ensino fundamental, 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio.”

Leia outras mudanças aqui.

 

 

 

Compromisso todos pela escola pública

 

Todos pela Educação Pública

por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas, de 20/06/2018

Em época de eleição, cobre de seu candidato o compromisso com a defesa da escola pública de gestão pública, contra a terceirização e a privatização. É preciso distinguir quem de fato está disponível para defender nossas escolas públicas, no momento em que o Brasil aperta o passo em direção à retomada neoliberal privatista. Baixe aqui […]

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Cai percentual de estudantes que querem ser professores, diz OCDE

JC Notícias – 18/06/2018

Cai percentual de estudantes que querem ser professores, diz OCDE

 

O relatório Políticas Eficazes para Professores é baseado nas respostas de estudantes de 15 anos no questionário do Pisa, avaliação da qual participaram 70 países

Gina Vieira Ponte tinha 8 anos quando decidiu o que queria ser quando crescesse: professora. Foi pelo cuidado e atenção dados a ela, criança negra vítima de racismo na escola, pela professora Creusa Pereira, que Gina decidiu: queria também dar atenção e, quem sabe mudar a vida de crianças e adolescentes. Hoje, professora premiada e reconhecida em todo o país, ela faz parte de uma categoria profissional cada vez menor. Relatório divulgado esta semana pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostra que a porcentagem de estudantes que querem ser professores passou de 5,5% em 2006 para 4,2% em 2015. Continue lendo “Cai percentual de estudantes que querem ser professores, diz OCDE”

 

Residência pedagógica: “mais um desmando educacional”

Residência pedagógica: “mais um desmando educacional”

No dia 19 de junho de 2018, o GEPA realizou o Avaliação em debate V, reunindo professores e demais profissionais da educação de cursos de licenciatura e da educação básica para discutirem a residência pedagógica instituída pela CAPES por meio da Portaria nº 38 de fevereiro de 2018. O principal objetivo foi o de abordar o tema com os sujeitos que realmente irão pôr em prática essa nova modalidade: professores formadores e os da educação básica. Vários encontros sobre esse tema já foram realizados sem a presença de profissionais que atuam na educação básica, o que pode denotar mais um aspecto impositivo da residência pedagógica tal como foi definida pela CAPES. De modo geral, a escola de educação básica recebe as inovações prontas, sem a oportunidade de participar da sua concepção. Continue lendo “Residência pedagógica: “mais um desmando educacional””

 

BNC alternativa será entregue ao CNE

BNC alternativa será entregue ao CNE

por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

 

Os estudos para uma base nacional curricular realizados entre 2012 e 2015 na Secretaria de Educação Básica do MEC e que foram abandonados pela gestão Cid Gomes/Manuel Palácios para que se desse início a uma Base Nacional Curricular Comum (BNCC) vinculada a um processo de avaliação padronizador, foram retomados e distribuídos nesta semana na forma […]

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O GEPA a favor de uma residência pedagógica consequente

O GEPA a favor de uma residência pedagógica consequente

Reunidos no dia 19/05/2018, integrantes do Grupo de Pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico -GEPA-, tendo lido previamente os documentos da CAPES sobre a residência pedagógica, assim como as manifestações de entidades educacionais e outras, analisaram amplamente o tema. Guiamo-nos pelo seguinte objetivo: analisar a Residência Pedagógica instituída pela CAPES e as possibilidades de ela contribuir para que a avaliação educacional (em seus três níveis) ocupe lugar de destaque na formação inicial de professores. Continue lendo “O GEPA a favor de uma residência pedagógica consequente”

 

A “educação no país”, na visão dos Mesquitas

A “educação no país”, na visão dos Mesquitas

Por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas, em 23/05/2018

Os Mesquitas, donos do Jornal Estadão, publicam um balanço da “educação no País” em Editorial de seu jornal, baseado em “levantamentos da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – e do IBGE (Pnad). O Jornal prima por ser o porta voz do empresariado conservador do Estado de São Paulo. Neste breve editorial de […]

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A matemática deve estar sempre presente

JC – Notícias – 04/05/2018

A matemática deve estar sempre presente

Para que a matemática esteja ao alcance de todos os estudantes, torna-se necessário que a formação dos professores assim a considere. As atividades avaliativas costumam ser ameaçadoras. Por quê? Este é um tema que merece ampla discussão nos cursos formadores de professores. A reportagem abaixo relata como o diretor do Impa tomou gosto por ela desde cedo, incentivado por sua mãe. Certamente seus professores lhe deram, e a seus colegas, muitas e enriquecedoras oportunidades. Continue lendo “A matemática deve estar sempre presente”