MT: ADEUS AO EDUCADOR?

MT: adeus ao educador? – I

Publicado em 19/05/2016 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

À medida que as Secretarias de Educação vão procurando a terceirização de gestão como solução para seus problemas econômicos, cresce também a necessidade de promover um aumento do número de professores disponíveis no mercado que, para sobreviver, aceitem a condição de serem empregados de escolas públicas com gestão terceirizada a baixo custo. Continue lendo “MT: ADEUS AO EDUCADOR?”

 

UM TERÇO DE PROFESSORES TEM FORMAÇÃO DEFICIENTE

Um terço de professores tem formação deficiente

17 de maio de 2016

Pesquisa do movimento Todos Pela Educação mostra que docentes dão aula sem a licenciatura na área em que atuam

Fonte: Jornal Metro Campinas (SP)

Três em cada 10 professores do Ensino Fundamental em Campinas dão aula sem que possuam licenciatura na área em que atuam, segundo mostra o levantamento do movimento TPE (Todos Pela Educação) com base em dados do censo escolar do MEC/Inep (Ministério da Educação) divulgado ontem. Continue lendo “UM TERÇO DE PROFESSORES TEM FORMAÇÃO DEFICIENTE”

 

DA PEDAGOGIA À DIDÁTICA

Da pedagogia à didática

18/05/2016

  •  Folha de São Paulo
  • Enquanto 88,4% dos docentes em escolas públicas possuem diplomas de nível superior, nas particulares o índice cai para 80,8%. Seria precipitado, contudo, concluir que o dado invalida o reconhecido nexo entre qualificação dos professores e eficiência do aprendizado. No ensino fundamental 2 (do 6º ao 9º ano), os estabelecimentos privados (92,7% dos docentes com ensino superior) ultrapassam os públicos (89,3%). No ensino médio ocorre virtual empate –97,2% e 97,8%, respectivamente. Além disso, o elo consagrado entre qualificação docente e qualidade de ensino pressupõe que a capacitação ofertada nas faculdades de pedagogia seja eficaz. Ou seja, que efetivamente preparem os bacharéis e licenciados para serem bons professores em sala de aula. Não se trata só de uma deficiência acadêmica, mas também da falta de articulação institucional. A formulação de uma base curricular comum nacional ajudará a definir melhor o conteúdo do que precisa ser abordado e aprendido em cada disciplina e cada ano do ensino básico. Mas não fará muita diferença, no resultado final, se as faculdades não se empenharem mais em transmitir aos futuros docentes os meios de ensiná-lo.
  • As universidades, em especial as públicas, estão desligadas da rede de ensino. Não produzem estudos empíricos sobre o que ali se aplica de técnicas de ensino, se funcionam ou não, de modo a informar o que elas próprias ministram.
  • Não é essa a realidade, lamentavelmente. Como ressaltou no relatório artigo de Fernando Abrucio, da FGV, elas dão muito mais ênfase a teorias educacionais do que à didática propriamente dita —vale dizer, às competências e ferramentas úteis na realidade da classe.
  • Em resumo, os colégios da rede particular são mais exigentes ao contratar professores para a fase mais decisiva de preparação de sua clientela para o ciclo universitário ou para o mercado profissional.
  • Há que fazer algumas observações sobre esses percentuais. A primeira seria assinalar que a superioridade na rede pública só se verifica nos níveis iniciais, a educação infantil e o ensino fundamental 1 (do 1º ao 5º ano).
  • Ganhou destaque, na divulgação do último relatório “De Olho nas Metas” (2013-14), do movimento Todos pela Educação, a disparidade constatada na formação dos professores de educação básica nas redes pública e privada. Para surpresa de muitos, ela é melhor na primeira, onde o ensino tem sabidamente pior desempenho.

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QUAIS SERÃO OS IMPACTOS PARA O CAMPO DA AVALIAÇÃO?

‘Educador precisa ter inteligência emocional’, diz Ana Maria Diniz

Marcus Leoni/Folhapress
Ana Maria Diniz, responsável pelo braço social da família Diniz

FÁBIO TAKAHASHI PAULO SALDAÑA Folha de SÃO PAULO

16/05/2016 02h00

  • Uma turma com 51 pessoas, entre professores, diretores, arquitetos e executivos de empresas, começou neste ano a primeira pós-graduação para educadores voltada a desenvolver as habilidades socioemocionais. “Deixamos o leque aberto para os alunos, para incentivar um caldo diverso de discussão. Tem executivo, arquitetos e 50% são educadores. Demos sete bolsas para educadores da rede pública”, explica Ana Maria Diniz, presidente do conselho do Instituto Península, braço social dos negócios da família (antiga dona do Pão de Açúcar) e instituição mantenedora do Singularidades. Ainda não há previsão para uma nova turma, mas a ideia é que ele inspire uma disciplina na graduação dos cursos de formação de professores do Singularidades. * As habilidades socioemocionais para as crianças são muito discutidas, mas ninguém fala dessas habilidades nos adultos. A gente tem experiências pequenas, pílulas. Os elementos que compõem o currículo vieram de inspirações que pegamos de muitos lugares. Mas colocar junto esse currículo, dessa forma, foi iniciativa nossa. É uma inovação de conceito.
  • MUDANÇA/ IMPACTO A resiliência, por exemplo, é uma habilidade unânime. A criança que que não consegue resolver um problema de matemática e desiste sem dúvida fica para trás.
  • FAMÍLIA EQUILÍBRIO
  • Sou contra fazer o pêndulo cair para o outro lado e só pensarmos no socioemocional. Se o aluno tiver resiliência e se relacionar, ele está pronto pra vida? Não. Tem que saber matemática, ser bem alfabetizado, conhecer os conteúdos de história, geografia, saber em que país a gente vive. O conhecimento é fundamental.
  • Está comprovado que a família é peça chave dessa equação. No movimento Todos Pela Educação, estou envolvida em um programa voltado para a família, que mostra que há coisas que a família pode fazer para valorizar a educação. As crianças podem ter centenas de problemas em casa, mas a melhor coisa que o professor tem a fazer é ensinar. Todo professor tem que ter um papel carinhoso, mas cuidar menos dos problemas da criança. Ensinar é a coisa mais valiosa no tempo em que ela está na escola. Porque isso ele pode levar para casa e usar para transformar a realidade.
  • E a relação com o professor tem papel importante em evitar essa desistência. Ele tem que ser uma referência para que o aluno não se ache burro ou acredite que não consegue. Se não conseguiu, vamos tentar de outro jeito. O professor é a peça chave para construir o que queremos. Não dá para colocar tudo na mão dele, mas ele tem uma carga importante de responsabilidade. Temos que acreditar que toda criança pode aprender, temos que criar essa cultura.
  • A gente quer que o educador saia do curso querendo mudar o mundo, elevar a educação brasileira a outro patamar. Acho que teremos 51 pontas de lança para fazer esse trabalho. Já existem pesquisas que comprovam o impacto de uma criança com habilidades socioemocionais desenvolvidas.
  • O educador precisa ter inteligência emocional para exercer sua função com tranquilidade, principalmente porque o papel de professor está mudando muito. Ele passa do senhor do conhecimento para o cara que facilita o conteúdo, ajuda na trilha de aprendizado. E ele precisa estar seguro disso, ter conhecimento sobre si próprio.
  • Estou aprendendo e vejo que os projetos que dão certo são baseados em uma necessidade pessoal. Eu fui buscar um pouco na minha história de vida, na minha busca por autoconhecimento. E então chamei vários especialistas para ajudar a pensar esse curso –e ele passou a ser desse grupo. Tem psicólogo, neurocientista, gente de consultoria, da área de Recursos Humanos, pedagogo, sociólogo, filósofo.
  • INOVAÇÃO
  • Além disso, o objetivo é colocar em escala a proposta do curso. “Não só para fazer mais uma edição, mas levar para o Brasil, para outras praças. Precisaremos de algum componente on-line, híbrido, mas dá para adaptar esse currículo de forma bacana, com qualidade”. Leia abaixo o que ela diz sobre alguns temas.
  • Com dois anos de duração, o curso vai abordar tipos de personalidade, neurociência, o papel do educador no século 21 e inovações no mundo da educação. “Nesse último módulo, a ideia é fazer uma excursão para onde estão fazendo educação inovadora de verdade, mostrar referências. Queremos instrumentalizar esse educador”, afirma.
  • Ao se formarem no curso ministrado pelo Instituto Singularidades, faculdade especializada em formação de professores, sairão com o título de especialistas em Formação Integral: Autoconhecimento, Habilidades Socioemocionais e Práticas Educacionais Inovadoras.

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PROFESSOR TEM MELHOR FORMAÇÃO NA REDE PÚBLICA DO QUE NA PARTICULAR

Professor tem formação melhor na rede pública do que na particular

Folha de São Paulo, 15/05/2016

Luiz Carlos Murauskas – 24.mar.2016/Folhapress
Pais participam de reunião no colégio Elvira Brandão, em São Paulo, para discutir o currículo

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

15/05/2016

Os professores da educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental que lecionam na rede pública têm melhor formação teórica do que seus pares das escolas privadas.

Isso vale para duas métricas: percentual de docentes com ensino superior completo e com currículo adequado ao que a lei determina.

Formação universitária apropriada para lecionar no Brasil, porém, não é garantia de qualidade. O excesso de teoria nos cursos de pedagogia e licenciatura e a distância com a realidade escolar podem prejudicar o ensino. Continue lendo “PROFESSOR TEM MELHOR FORMAÇÃO NA REDE PÚBLICA DO QUE NA PARTICULAR”

 

LEIS E PROJETOS EM ANDAMENTO

SINAEB, implantado por Portaria do Ministro da Educação, portanto, passível de revisão pelo novo Ministro. Baixe aqui.

ENAMEB, aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça ao substitutivo já aprovado na Comissão de Educação. Baixe aqui.

LEI DE RESPONSABILIDADE EDUCACIONAL, substitutivo retirado de pauta, aguardando votação em Comissão Especial. Baixe aqui.

SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO, substitutivo retirado de pauta, aguardando votação na Comissão de Educação. Baixe aqui.

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR, em andamento no CNE.

BASE NACIONAL DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES, em andamento na SEB/MEC. Baixe aqui versão preliminar.

 

 

MEC ENVIA À AGU ARGUMENTOS SOBRE AÇÃO CONTRA LEI ALAGOANA QUE PROÍBE OPINIÃO

MEC envia à AGU argumentos sobre ação contra lei alagoana que proíbe opinião

“O cerceamento do exercício docente, portanto, fere a Constituição brasileira ao restringir o papel do professor, estabelecer censura de determinados conteúdos e materiais didáticos, além de proibir o livre debate no ambiente escolar. Da mesma forma, esse cerceamento pedagógico impede o cumprimento do princípio constitucional que assegura aos estudantes a liberdade de aprender em um sistema educacional inclusivo”, diz o texto. Continue lendo “MEC ENVIA À AGU ARGUMENTOS SOBRE AÇÃO CONTRA LEI ALAGOANA QUE PROÍBE OPINIÃO”

 

SAI DECRETO SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Sai decreto sobre formação de professores

Decreto sobre formação de professores é promulgado. Em uma primeira análise, o decreto não propõe uma articulação com a lógica de avaliação do ENAMEB e do SINAEB, o que é bom, mas mantém a prova nacional para docentes com a finalidade de subsidiar a realização de concursos públicos para ingresso:

Art. 17.  O Ministério da Educação coordenará a realização de prova nacional para docentes para subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mediante adesão, na realização de concursos públicos de admissão de profissionais do magistério da educação básica pública, de maneira a harmonizar a conclusão da formação inicial com o início do exercício profissional.

Baixe aqui o Decreto promulgado.

O texto não esconde a intenção da prova em “harmonizar a conclusão da formação inicial com o início do exercício profissional”, o que conduzirá ao alinhamento das agências formadores com a base comum da formação de professores que está sendo feita pela SEB. A prova nacional mencionada no decreto também será articulada com a base nacional comum curricular em desenvolvimento no CNE e quase inevitavelmente tenderá a se articular com o ENAMEB quando este for aprovado no Congresso.

Leia também estudo do IPEA de 2014 propondo que o exame nacional docente seja um processo de certificação de professores.

Leia mais sobre a Prova Docente e certificação aqui.

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QUALIDADE DOS NOVOS PROFESSORES NO BRASIL

Gazeta do Povo – Educação

 

Qualidade dos novos professores no Brasil é cada vez pior, revela estudo

Estudantes de Pedagogia com esse perfil tiveram desempenho menor no Enem e não se saem bem na prova de conhecimentos gerais do Enade

  • Denise Drechsel
  • [05/05/2016]
  • [03h00]

 

As próximas gerações tendem a ter uma educação precária, o que pode reproduzir a pobreza por causa da menor qualidade dos novos professores. A constatação é do boletim “Perfil dos futuros professores”, divulgado pelo IDados no fim de abril. De acordo com o documento, as faculdades de Pedagogia no país atraem anualmente mais estudantes de escolas fracas e com desempenho ruim no ensino médio – o contrário do que ocorre nos países desenvolvidos, em que os futuros docentes são recrutados entre os melhores alunos. Continue lendo “QUALIDADE DOS NOVOS PROFESSORES NO BRASIL”