SÓ EDUCAÇÃO NÃO DÁ CONTA DE REDUZIR DESIGUALDADE , DIZEM ESPECIALISTAS

08/06/2015

http://temas.folha.uol.com.br/desigualdade-no-brasil/educacao/so-educacao-nao-da-conta

Só educação não dá conta de reduzir desigualdade, dizem especialistas

Zanone Fraissat/Folhapress

CAROLINA LINHARES PHILIPPE SCERB DA EDITORIA DE TREINAMENTO

A educação sempre aparece como remédio para os males do Brasil, principalmente a desigualdade social. Sem negar que mais anos de estudo melhoram a vida da população, especialistas começam, porém, a relativizar essa verdade absoluta.

“É interessante para a elite e para o governo tratar a educação como uma panaceia, porque se estabelece uma situação de inércia social. Um segmento que tem crescido muito é o de pessoas com ensino superior, que hoje supera 15% dos jovens, mas a desigualdade interna desse grupo é tremenda”, diz o economista Alexandre Barbosa, professor do IEB (Instituto de Estudos Brasileiros) da USP. Para ele, a desigualdade no Brasil é estrutural e não será solucionada exclusivamente com mais investimentos em educação.

Barbosa mostra que a diferença de renda média do trabalho entre brasileiros com ensino médio e com ensino superior caiu de R$ 1.969,47 em 1995 para R$ 1.741,41 em 2009. Continue lendo “SÓ EDUCAÇÃO NÃO DÁ CONTA DE REDUZIR DESIGUALDADE , DIZEM ESPECIALISTAS”

 

ESCOLAS DO ESTADO DE SÃO PAULO E DA PREFEITURA DE SP TERÃO PROVAS BIMESTRAIS PADRONIZADAS

Escolas do Estado e da Prefeitura de SP terão provas bimestrais padronizadas

TODOS PELA EDUCAÇÃO 16 de junho de 2015

No Município, notas vão integrar boletim estudantil e serão devolvidas aos professores em 24h; na rede paulista, haverá ampliação do exame aplicado duas vezes ao ano

Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)

 

O governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo vão reforçar o monitoramento dos Alunos de suas redes de Ensino e implementar modelos de provas bimestrais padronizadas para todas as Escolas. Nos dois projetos, o objetivo é proporcionar mais uma ferramenta pedagógica para o dia a dia de Professores e diretores com base no desempenho dos estudantes, mas as secretarias também poderão usar os dados para intervenções.

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No Município, a avaliação começa na próxima semana e integra o projeto Mais Educação, que reformulou em 2013 o sistema educacional sob a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). A prova bimestral padronizada obrigatória será de Português, Matemática e Ciências – na primeira edição, entretanto, Ciências não será incluída. Continue lendo “ESCOLAS DO ESTADO DE SÃO PAULO E DA PREFEITURA DE SP TERÃO PROVAS BIMESTRAIS PADRONIZADAS”

 

MERCADO DE ILUSÕES

Mercado de ilusões

Publicado em 16/06/2015 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Na ilusão de que mais provas significam melhor acompanhamento do aluno e melhores resultados, tanto a Prefeitura de São Paulo como o Estado de São Paulo vão ampliar as provas durante o ano (veja aqui e aqui). Há uma “dificuldade” com nossos dirigentes: 1) entender que ninguém melhor do que o professor, em sua atividade regular de sala de aula, sabe como está o desenvolvimento de cada aluno; 2) e que não basta identificar o problema que o aluno está tendo, mas é preciso ter condições objetivas para intervir na sua formação, ou seja, só para começar, precisa ter menos alunos em sala de aula e mais dedicação a uma mesma escola, ao invés de ser um “professor borboleta” dando uma horinha de aula aqui e outra acola em escolas diferentes, relacionando-se ao final da semana com mais de 500 alunos.

Isso para começar, porque as condições não param por aí. No entanto, preferem-se as medidas de curto prazo que, em verdade, são ilusões temporárias fadadas ao fracasso ou a melhorias pontuais sem sustentação.

Em especial o Estado de São Paulo está há anos nesta patinação geral atrás de medidas de impacto. Hoje também a Folha divulga entrevista de Maria Alice Setubal criticando a adoção de bônus para professores.

O foco na prova (com ou sem meritocracia) leva a maior gasto de tempo com esta atividade e sua conversão em uma ação destinada a “preparar para a prova” e não a ensinar. É o acompanhamento do professor (e para isso não pode ter 40 alunos) em sala que faz a diferença na identificação do problema e na atenção a ser dada ao aluno.

 

 

DIÁLOGO SOBRE AVALIAÇÃO COM PROFESSORES DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UnB

DIÁLOGO SOBRE AVALIAÇÃO COM PROFESSORES DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UnB

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Publicado em http://gepa-avaliacaoeducacional.com.br

No dia 26/05/2015, a convite da Coordenação de Graduação da Faculdade de Educação da UnB, de 16 às 18h, conduzi diálogo sobre “A avaliação na educação superior e seus reflexos na educação básica”. Dos cerca de 100 professores da instituição, 18 estiveram presentes. O ponto de partida do debate foi o tratamento dado à avaliação em três documentos divulgados pelo MEC a partir de 2012: dois deles são dirigidos a professores dos anos iniciais do ensino fundamental: o que faz parte da formação continuada oferecida pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC; o outro tem o título de “Elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem (1º, 2º e 3º anos) do Ensino Fundamental. Comentei que, estranhamente, nenhum deles sequer faz menção à avaliação informal. Digo estranhamente porque esta modalidade de avaliação está fortemente presente nessa etapa de escolarização, na qual atuam professores que interagem de forma longa e duradoura com as crianças, quando elogios, broncas, rótulos, ameaças e comentários encorajadores e desencorajadores são frequentes. O documento do PNAIC é recheado de sugestões de atividades avaliativas (avaliação formal), mas não leva em conta a avaliação informal. Como são documentos orientadores e distribuídos a docentes de todo o país, difunde-se largamente a ideia de que a avaliação se realiza somente por meio de procedimentos formais, que têm dia e hora de ser aplicados. Contudo, pesquisas têm demonstrado que a avaliação informal acompanha o estudante desde o momento em que ele entra NA escola e influencia as decisões dos professores não apenas quanto aos procedimentos avaliativos que utilizarão e quanto aos resultados, mas, também, quanto à reorganização do trabalho pedagógico. Continue lendo “DIÁLOGO SOBRE AVALIAÇÃO COM PROFESSORES DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UnB”

 

BASE NACIONAL COMUM: MAIS INFORMAÇÕES

← Máquinas de preparação para teste

Base nacional comum: mais informações

Publicado em 26/05/2015 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Reportagem do Estadão procura dar mais informações sobre o processo de elaboração da base nacional comum. Ficamos sabendo que uma prévia da base nacional estará disponível em julho para discussão até 2016. O Conselho Nacional de Educação também será envolvido. A reportagem confirma que já estão envolvidas 116 pessoas em sua elaboração, como anunciamos.

Na mesma reportagem, há uma frase minha retirada da entrevista que concedi ao repórter do Estadão. Reproduzo abaixo a entrevista completa dada ao Estadão.

Estadão: Quais são os principais riscos de uma base nacional comum para o Brasil (o senhor que acredita que pode servir apenas para legitimar avaliações em larga escala, causar reducionismo educacional, etc)? E quais as principais vantagens?

LCF: Penso que a questão da Base Nacional Comum – BNC – não está na sua negação. Creio que é uma questão de concepção, fundamentalmente. Uma BNC é uma referência nacional daquilo que uma nação entende que deva ser a formação fundamental de seus jovens, em forma mais elevada possível. Não dá para pedir pouco. A questão fica fora dos trilhos quando se volta a BNC para avaliação de larga escala e responsabilização verticalizada das escolas e gestores. Essa é a questão. Mas, é preciso agregar que: antes de se construir uma BNC é fundamental que nos coloquemos de acordo, como nação, sobre o que entendemos que deva ser uma boa educação para nossa juventude. Só depois disso é que podemos discutir o que fazer. Boa educação não pode ser entendida como notas mais altas em duas ou três disciplinas. Continue lendo “BASE NACIONAL COMUM: MAIS INFORMAÇÕES”

 

MÁQUINAS DE PREPARAÇÃO PARA TESTE

Máquinas de preparação para teste

Publicado em 25/05/2015 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Há muito que se alerta para o fato de que os exames criam uma tradição de estudos que estreita o currículo. Isso se deve, entre outras coisas, à concepção de que notas altas são sinônimo de boa educação. Falso, obviamente. Mas faz com que se estude apenas aquilo que cai nas provas. Ao se transformar o ENEM em exame de ingresso, ele foi corrompido como instrumento de diagnóstico do ensino médio.

A outra consequência é a preparação para os testes ao invés de efetivo estudo e formação.

O Estado de SP acaba de oficializar a preparação para o teste como boa educação. Continue lendo “MÁQUINAS DE PREPARAÇÃO PARA TESTE”

 

ESCOLAS EM “CONTÊINERES”

Esta não é a escola que nossas crianças merecem frequentar. Nem de forma “paliativa”. Até quando?

Escola monta salas de aulas em ‘contêineres’ para atender demanda

No país, estrutura é inédita para abrigar unidades de ensino, diz secretaria. Foi preciso fazer rodízio entre turmas, pois alunos ‘disputam’ espaço em GO.

Paula Resende Do G1 GO 19/05/2015

Professores e estudantes aprovam as aulas em salas modulares (Foto: Paula Resende/ G1)

Estudantes vivenciam uma nova experiência no conceito estrutural de escola em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia. Em busca de uma medida rápida para atender à demanda na rede municipal de Educação, aulas passaram a ser ministradas em uma espécie de contêiner, uma estrutura metálica composta por painéis isotérmicos móveis, inédita no país no uso para escolas.

Inspirada em projetos alemães, cada uma das 30 salas instaladas tem um custo de quase R$ 14,3 mil por ano. Já a construção de uma sala de alvenaria do mesmo tamanho (6,5m x 7,5m), gastaria cerca de R$ 44 mil, mas para ser usada por muitos anos. Continue lendo “ESCOLAS EM “CONTÊINERES””

 

CARTA ABERTA AO MINISTRO DA EDUCAÇÃO SOBRE O DOCUMENTO PÁTRIA EDUCADORA

CARTA ABERTA – I

No seminário realizado hoje na UNICAMP, disponibilizei uma Carta Aberta ao Excelentíssimo Sr. Ministro da Educação. O objetivo, além de subsidiar o seminário, foi colocar elementos para ajudar as reflexões que estão sendo feitas nas várias entidades científicas e sindicais pelo país afora.

Um grupo de profissionais ali reunido, propôs que a Carta pudesse ser transformada em uma manifestação mais coletiva, podendo ser assinada por aqueles que concordassem com o seu teor. Concordei e estou disponibilizando-a na forma de uma petição pública ao Sr. Ministro da Educação, no link abaixo.

Assine aqui a Carta Aberta.

 

VI ENFORSUP NA UNB

Secom UnB, 13/05/1015

 

 

EDUCAÇÃO – 13/05/2015

Comentários

Gabriela Studart/UnB Agência

UnB é protagonista em encontros sobre a formação de professores

Capital recebe por três dias as atividades do Enforsup e do Interfor Hugo Costa – Da Secretaria de Comunicação da UnB

 

Refletir sobre o cenário, os desafios e as missões da carreira docente é alvo do VI Encontro Inter-Regional Norte, Nordeste e Centro-Oeste sobre Formação Docente para Educação Superior e Básica (Enforsup) e da edição inaugural do Encontro Internacional sobre a Formação Docente para a Educação Básica e Superior (Interfor). Integrados, os dois eventos foram iniciados na manhã desta quarta-feira (13), na Fiocruz, com apoio da Universidade de Brasília.

“Precisamos saber urgentemente como atrair e desenvolver uma geração forte de professores”, alertou o especialista em educação espanhol Miguel Ángel Zabalza, convidado para a conferência de abertura dos eventos. Segundo ele, a profissão de docente se distingue de outras carreiras tradicionais por “não ser apenas um ofício, mas uma missão social”. Continue lendo “VI ENFORSUP NA UNB”

 

PÁTRIA EDUCADORA: CNTE CRITICA

Pátria Educadora: CNTE critica

Publicado em 13/05/2015 por Luiz Carlos de Freitas , no blog do Freitas

Hoje a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação esteve com o Ministro da Educação. Contrariamente à reunião das entidades científicas com ele, a CNTE colocou a necessidade de que se alinhe o Pátria Educadora às Conferencias Nacionais de Educação.

“Outro tema do encontro foi o documento Pátria Educadora, elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e que pretende lançar as bases do Governo Federal sobre as políticas de reformulação da educação básica no País. Para a CNTE, deve-se ampliar o debate coma sociedade, em sintonia com as resoluções das conferências nacionais de educação e respeitando o calendário do PNE.”

No dia 6 de maio, a CNTE divulgou nota pública criticando o documento da SAE “Pátria Educadora”. O documento está praticamente “escondido” no site da CNTE para a magnitude da questão, onde pode ser lido na íntegra. Os principais trechos que destacamos são: Continue lendo “PÁTRIA EDUCADORA: CNTE CRITICA”