PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO É A SÉRIE COM MAIOR ÍNDICE DE REPROVAÇÃO E EVASÃO

Primeiro ano do ensino médio é a série com maior índice de reprovação e evasão

Profa. Dra. Maria Susley Pereira

Em reportagem publicada pelo jornal O Globo[1], em 20/06/2017, o “Primeiro ano do ensino médio é a série com maior índice de reprovação e evasão”. A reportagem apresenta dados divulgados pelo INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, os quais mostram que o 1º ano do ensino médio é o ano escolar com o maior índice de reprovação (15,3%) e de evasão (12,9%) na educação básica entre 2014 e 2015.

A reportagem ainda revela que o 2º lugar em reprovação é o 6º ano do ensino fundamental, com 14,4%, e que o 3º ano, também do ensino fundamental, apresenta um elevado número de reprovações, chegando a 12,2% dos estudantes matriculados. Continue lendo “PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO É A SÉRIE COM MAIOR ÍNDICE DE REPROVAÇÃO E EVASÃO”

 

O PROJETO DA ESCOLA, O CURRÍCULO E A AVALIAÇÃO: DIÁLOGOS NECESSÁRIOS

O PROJETO DA ESCOLA, O CURRÍCULO E A AVALIAÇÃO: DIÁLOGOS NECESSÁRIOS

(Por: Erisevelton S. Lima – Professor da SEEDF, formador da EAPE, Doutor em Educação pela Universidade de Brasília – UnB)

 

Em meio aos inúmeros desafios que movimentam a escola de educação básica, a construção do seu projeto político-pedagógico – PPP – representa, nesse sentido, a oportunidade de a instituição superar obstáculos e potencializar seus acertos. Este breve texto procura auxiliar, de forma prática, como a organização pode encontrar sua metodologia e viabilizar as tratativas que decorrem dessa demanda. O projeto da escola é um documento cujos rumos precisam ser definidos e acordados entre todos que a habitam.

Se existe um início, então deve haver um fim, não é? Nem sempre, o projeto da escola não termina, como também não se encerram as inúmeras questões que a invadem todos os dias. Sendo assim, o primeiro passo é sentarmos, respirarmos e entendermos que somos seres históricos e nossas ideias, como tudo que realizamos, possuem prazos de validade. Vamos contribuir com o agora, vamos deixar nossas marcas e nossos passos, eles são nossas maiores contribuições. A escola precisa lançar mão de algo que chamamos de avaliação do trabalho da escola ou avaliação institucional. O PPP precisa ser avaliado. Se não existe o documento não quer dizer que o projeto não exista, ele se faz representar por meio de todos os hábitos, culturas e formas de agir na instituição durante o ano letivo. Comecemos nos autoavaliando, refletindo sobre nossas práticas e contribuições ao longo desse processo. Em seguida, elejamos algumas categorias do trabalho pedagógico que precisam dessa reflexão. Para tanto, apresento algumas questões que podem contribuir. Continue lendo “O PROJETO DA ESCOLA, O CURRÍCULO E A AVALIAÇÃO: DIÁLOGOS NECESSÁRIOS”

 

Hora de analisar a Base Nacional Comum Curricular – BNCC – para planejar sua implementação

Hora de analisar a Base Nacional Comum Curricular – BNCC – para planejar sua implementação

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Em 2015 teve início a confecção da BNCC. A primeira versão foi aberta para consulta pública de 16/9/2015 a 13/3/2016. Após a análise das sugestões de alteração encaminhadas, foi apresentada a segunda versão, discutida em seminários organizados em todos os estados. Realizada a sistematização das contribuições, a terceira versão foi divulgada em 6/4/2017. O documento encontra-se no Conselho Nacional de Educação – CNE, que irá emitir seu parecer. Depois disso é que a BNCC será homologada pelo MEC e se tornará obrigatória. A partir daí ela orientará a revisão dos currículos estaduais e municipais, a formação de professores, a adequação de materiais didáticos e a elaboração de exames externos. Embora o documento se encontre no CNE e ainda dependa de homologação pelo MEC, não é o caso de os sistemas de educação estaduais e municipais ficarem em compasso de espera. É o momento de analisá-lo amplamente com suas equipes e pensar maneiras de implementá-lo. Organizações lucrativas, como Nova Escola e Fundação Lemann, se adiantaram e já divulgaram o Guia da Base, que constitui encarte da revista Nova Escola de junho, consultada por grande parte dos professores. Este guia pode ser útil, mas é bom lembrar que as próprias escolas é que deverão se encarregar de reorganizar seus currículos, em todos os aspectos. É igualmente chegado o momento de os cursos de formação inicial e continuada de professores se debruçarem sobre a Base para encaminharem às escolas de educação básica os professores em sintonia com o trabalho que lhes cabe desenvolver. A BNCC não é do MEC. Será de todas as escolas.

 

Notório saber: afinal, quem é o profissional da educação?

NOTÓRIO SABER: afinal, quem é o profissional da educação?

Dra. Sílvia Lúcia Soares

 

António Nóvoa, reitor honorário da Universidade de Lisboa e candidato às últimas eleições presidenciais de Portugal, ao analisar a Reforma Curricular do Ensino Médio no Brasil e a adoção do notório saber com critério para a escolha de docentes, deixa claro que esse modelo foi copiado do programa Teachers For America, do George Bush, e afirma ter sido ele um desastre.

A entrevista desse estudioso à Carta educação, no dia 28 de março de 2017, aguçou em mim a vontade e a necessidade de reforçar a reflexão a respeito da função do professor, posta nesse momento, em contexto tão adverso e na contramão das lutas históricas dos professores pela valorização dos profissionais da educação no Brasil.

Partimos da premissa de que toda profissão carece de saberes específicos para adquirir o reconhecimento de estatuto profissional. Para tanto, recorrendo a Guathier (1998, p. 20), que afirma que: “uma das condições essenciais a toda profissão é a formalização dos saberes necessários à execução das tarefas que lhe são próprias”, indagamos: quem é o profissional do ensino? O que diferencia o educador do sujeito com “notório saber”? Continue lendo “Notório saber: afinal, quem é o profissional da educação?”

 

ENTREVISTA COM ANTÔNIO NÓVOA

Revista Educação

O lugar da licenciatura

8 de novembro de 2016

O lugar da licenciatura

Ensino Superior

Pesquisador de educação, professor e reitor honorário da Universidade de Lisboa, António Nóvoa propõe que IES criem “casa de formação docente” e se preocupem com a identidade profissional dos futuros professores

Professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, em Portugal, reitor honorário da mesma instituição e autor de mais de 150 publicações sobre ensino e docência editadas em 12 países, António Nóvoa avalia que “historicamente, a universidade manifestou grande indiferença à educação básica” e, consequentemente, à formação de professores nas licenciaturas. Mas, segundo o pesquisador, ainda há formas de o setor se reconciliar com os professores, que são, em verdade, os instrutores básicos de todos os futuros universitários. Continue lendo “ENTREVISTA COM ANTÔNIO NÓVOA”

 

HOMEWORK, FRIEND OR FOE?

Education Week Teacher, may 2016

Homework, Friend or Foe?

By Starr Sackstein on May 22, 2016 5:16 AM

Homework, by definition it is work that is to be completed outside of the school day. Usually it is to be brought in the following day and too often it is assigned uniformly to all.

As a student, I didn’t mind homework and thought of it as a necessary part of my education, seldom questioning the purpose or quality of it. Perhaps as an honors student my whole educational career, it was assumed and completed and never shared with my peers. Continue lendo “HOMEWORK, FRIEND OR FOE?”

 

SEMINÁRIO “AVALIAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA SOB O VIÉS DA QUALIDADE SOCIAL”

O Loed/FE/Unicamp condida para o Seminário “Avaliação da Escola Pública sob o viés da Qualidade Social”, a realizar-se nos dias 04 e 05 de maio de 2016, na Faculdade de Educação da Unicamp.

Os/as interessados/as poderão inscrever trabalhos até o dia 01/04/2016, que posteriormente serão publicados no e-book do evento.

O Seminário objetiva discutir a qualidade social da escola pública, bem como apresentar os resultados da pesquisa “A qualidade da escola pública: um estudo longitudinal para sustentação da responsabilização partilhada em uma rede de ensino”. E, ainda, conhecer as pesquisas e experiências concluídas e em andamento nas redes e instituições de ensino. 

Todas as informações estão no site https://loedcampinas.wordpress.com/

 

 

 

ESCOLAS CHEIAS TÊM QUALIDADE 22% MENOR NO ENSINO MÉDIO

Turmas com grande número de estudantes não oportunizam aos professores: saber o nome dos estudantes e de interagir com cada um deles; utilizar variadas estratégias de ensino/aprendizagem; conduzir trabalho colaborativo; realizar trabalho diversificado; utilizar diferentes procedimentos/instrumentos avaliativos; oferecer feedback imediato; devolver com presteza resultados de procedimentos/instrumentos avaliativos. Além disso, a interação dos próprios estudantes é dificultada. Consequentemente, todos perdem: professores, estudantes e a sociedade.

Benigna Maria de Freitas Villas Boas – 27/02/2016

A reportagem seguinte aborda essa faceta do trabalho pedagógico escolar.

Escolas cheias têm qualidade 22% menor no ensino médio

Luiz Fernando Toledo, Paulo Saldaña e Victor Vieira – O Estado de S. Paulo

14 Novembro 2015 | 03h 00 – Atualizado: 17 Novembro 2015 | 14h 55

Estudo da FGV aponta que uma redução média de 30% no tamanho da turma aumenta a proficiência dos alunos em 44%

Atualizado em 17 de novembro.

Relacionadas

A quantidade de alunos por sala tem forte impacto no trabalho do professor e, por consequência, nos resultados de desempenho dos alunos. No índice de qualidade da rede estadual de São Paulo, o Idesp, as escolas com superlotação têm nota 22% menor que a média do Estado – que já é baixa. Continue lendo “ESCOLAS CHEIAS TÊM QUALIDADE 22% MENOR NO ENSINO MÉDIO”

 

USA: FRAUDE EM ESCOLAS CHARTERS

USA: fraude em escolas charters

Publicado em 12/02/2016 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Os governos contratam organizações sociais para administrar as escolas de suas redes de ensino, na forma de escolas charters. Isso inclui responsabilizar estas organizações terceirizadas por alcançar certos níveis de desempenho nos exames de larga escala. Pressionadas para cumprir o contrato, tenham ou não condições, as organizações procuram formas de chegar lá e não perder o contrato. Continue lendo “USA: FRAUDE EM ESCOLAS CHARTERS”

 

BNC: PERCEPÇÕES

BNC – PERCEPÇÕES

Erisevelton Silva Lima

O documento apresenta avanços quando reconhece que a escola não é a única responsável pela garantia dos direitos às aprendizagens dos estudantes (p.10), quando apresenta termos como saúde, amizade, cuidado próprio e com os demais, responsabilidade pelo convívio próprio e dos outros (p.8) etc. Vê-se destacado, de maneira inconteste, lastro do humanismo (SAVIANI, 2007) e de um currículo pós-crítico (SILVA, 2001), que poderá se tornar ou não realidade nas escolas brasileiras. O currículo prescrito sinaliza, inspira, mas nem sempre orienta práticas. Estas dependerão da formação e da concepção de ensinar, aprender e avaliar trazidas pela cultura escolar e pela cultura de cada escola. Continue lendo “BNC: PERCEPÇÕES”