ESCOLAS RECEBERÃO EM JUNHO RESULTADOS DA AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO

 

Escolas receberão em junho resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização

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27/05/2014

 

Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

No mês que vem, as escolas receberão os resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). Além dos resultados, as escolas terão acesso a uma contextualização, com dados de infraestrutura, corpo docente e nível socioeconômico, segundo explicou hoje (27) o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Chico Soares.

“A intenção é que as escolas deem mais a quem precisa. Se eu tenho uma escola com alunos difíceis, porque trazem menos de casa, tenho que ter uma escola menos complexa”, diz ele.

A ANA foi aplicada pela primeira vez no ano passado. As provas avaliaram os conteúdos de leitura, escrita e matemática dos alunos no final do ciclo da alfabetização. No total, fizeram a avaliação 2,6 milhões de estudantes, de 55 mil escolas. Continue lendo “ESCOLAS RECEBERÃO EM JUNHO RESULTADOS DA AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO”

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE SP EXIGE MUDANÇA NO CURRÍCULO DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA USP, UNESP E UNICAMP

 

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE SP EXIGE MUDANÇA NO CURRÍCULO DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA USP, UNESP E UNICAMP

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Publicado em http://gepa-avaliacaoeducaciona.com.br em 1º/06/2014

Transcrevo abaixo reportagem da Folha de São Paulo de 31/05/2014 sobre decisão do Conselho Estadual de Educação de São Paulo que impõe mudanças no currículo dos cursos de licenciatura da USP, UNESP e UNICAMP. O tema em questão merece muita reflexão porque simplesmente aumentar a carga horária de estágios e de disciplinas sobre a prática escolar, como quer o Conselho de Educação, não basta. É preciso que o curso como um todo tome como referência o trabalho da escola de educação básica em todos os seus níveis/modalidades/etapas/contextos. Além disso, é necessário que os professores dos cursos de licenciatura tenham familiaridade com o trabalho dessa escola, por diversos meios. Há docentes de cursos de licenciatura que falam “sobre” a escola, mas não a conhecem. Continue lendo “CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE SP EXIGE MUDANÇA NO CURRÍCULO DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA USP, UNESP E UNICAMP”

IMPLICAÇÕES DO ENADE PARA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E AS PRÁTICAS AVALIATIVAS EM UM CURSO DE PEDAGOGIA

 

IMPLICAÇÕES DO ENADE PARA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E AS PRÁTICAS AVALIATIVAS EM UM CURSO DE PEDAGOGIA

 

Simone Braz Ferreira Gontijo defendeu sua tese de doutorado no dia 12/05/2014 no Programa de Pós-graduação em Educação da UnB. Sua pesquisa teve como objetivo geral analisar as implicações do Enade para o desenvolvimento do trabalho pedagógico e das práticas avaliativas de um Curso de Pedagogia de uma Instituição de Ensino Superior do Distrito Federal. O referencial teórico foi ancorado em três pilares teóricos: regulação, avaliação e organização do trabalho pedagógico. A pesquisa empírica envolveu a análise de documentos da IES, o que apontou que eles recebem influência do Sinaes. Foi aplicado um questionário a 211 estudantes distribuídos nos oito semestres que integralizam a carga horária do curso, o que corresponde a 78% dos matriculados no 1º semestre de 2013. Além disso, foram entrevistados 15 profissionais, entre gestores e professores. Os dados obtidos foram analisados por meio do software Alceste. As percepções dos estudantes foram organizadas pelo Alceste em quatro classes. Na primeira está o grupo que desconhece a existência do Enade (23%); na segunda, estão os estudantes que apresentam conhecimento técnico acerca do exame (24%); na terceira, os estudantes que reconhecem a existência de influência do Enade na prática pedagógica do curso (20%) e na quarta o grupo que identifica que os resultados do Enade têm impacto na avaliação praticada em sala de aula e que essa “Nota Enade” confere determinado valor à instituição (33%). Observou-se que há relação entre o trabalho pedagógico desenvolvido no curso e o exame externo aplicado aos estudantes. As percepções dos professores e gestores foram organizadas em seis classes. Na primeira classe está o grupo que trata do Enade e do Sinaes a partir de uma perspectiva institucional, descrevendo as ações da IES para a melhoria do desempenho da mesma (11%); a segunda classe, representando o maior percentual do corpus da pesquisa (47%), traz a percepção do Enade como promotor da qualidade do ensino; a classe três faz reflexão crítica à política regulatória do Estado, se mostrando contrária à mesma (15%); a classe quatro apresenta percepção sobre as práticas avaliativas do curso (11%); a classe cinco apresenta a percepção dos professores e gestores relacionada à relação existente entre os instrumentos de avaliação utilizados no curso e o Enade (8%) e a classe seis ressalta aspectos relacionados à relação entre o Enade e a formação de professores (8%). A maioria dos participantes da pesquisa vê o Enade como promotor da qualidade na educação superior. Seus resultados apontam sua influência na organização do trabalho pedagógico do curso de Pedagogia pelo fato de ele ser parte significativa do processo avaliativo ao qual se submetem educadores em formação. Ao mesmo tempo em que são sujeitos da avaliação para as aprendizagens, eles convivem com a avaliação institucional e a avaliação em larga escala. São aprendizagens que eles reproduzirão em sua futura atuação profissional. O desconhecimento dos 23% dos estudantes participantes da pesquisa acerca da existência do Enade pode significar inexistência de aprendizagens sobre avaliação. É preciso que a discussão acerca da avaliação transcenda a dimensão técnica e se amplie rumo à dimensão política, na qual são consideradas questões relativas ao “para que”, “por que” e “o que” avaliar.

 

Palavras-chave: Enade. Curso de Pedagogia. Avaliação. Trabalho pedagógico.

 

CERCA DE 8,5 MILHÕES DE ESTUDANTES BRASILEIROS ESTÃO ATRASADOS DUAS SÉRIES NA ESCOLA

 

CERCA DE 8,5 MILHÕES DE ESTUDANTES BRASILEIROS ESTÃO ATRASADOS DUAS SÉRIES NA ESCOLA

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Publicado em http://gepa-avaliacaoeducacional.com.br

29/05/2014

 

Segundo dados do Censo da Educação Básica de 2013, mais de 8,5 milhões de estudantes brasileiros estão atrasados pelo menos dois anos na escola. Estão nessa situação 6,1 milhões de estudantes do ensino fundamental e 2,4 milhões do ensino médio.

As razões são várias: de ordem social, familiar e educacional. São crianças e adolescentes que foram reprovados, abandonaram a escola ou já foram alfabetizados com atraso.

O governo federal, o estadual e o municipal devem desenvolver duas ações simultâneas. A primeira consiste em oferecer, imediatamente, as melhores condições de aprendizagem a esse grupo que já apresenta descompasso entre a idade e o/a ano/série. Trata-se de uma ação urgente e obrigatória. Não se pode deixar que as necessidades de aprendizagem desses estudantes se avolumem. Contudo, não é o caso de se desenvolverem atividades de forma aligeirada para que eles sejam aprovados. Não seria justo para com eles. Em vez de serem simplesmente aprovados de um ano a outro, precisam aprender. Em lugar de receberem pacotes padronizados, com vistas à sua “aceleração de aprendizagem”, como se todos tivessem as mesmas necessidades, como tem sido feito, eles têm de ter respeitados o seu tempo, o seu ritmo e suas experiências. Nada lhes pode ser sonegado, pelo contrário, tudo o que lhes foi negado deve ser reposto. Continue lendo “CERCA DE 8,5 MILHÕES DE ESTUDANTES BRASILEIROS ESTÃO ATRASADOS DUAS SÉRIES NA ESCOLA”

I AVALIAÇÃO EM DEBATE – TEMA – AVALIAÇÃO FORMATIVA: PROCESSO CONSTRUÍDO NO INTERIOR DA ESCOLA

 

I AVALIAÇÃO EM DEBATE – TEMA – Avaliação formativa: processo construído no interior da escola

Publicado em 26/05/2014

O GEPA realizou no dia 6 de maio de 2014, no auditório da ADUNB, na UnB, o I Avaliação em debate, tendo como tema – Avaliação formativa: processo construído no interior da escola. Também participaram da organização e do desenvolvimento do evento os estudantes da disciplina Avaliação na Educação Básica, do Programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Educação da UnB, oferecida no 1º semestre de 2014.

O evento teve como objetivos:

Construir entendimento sobre a avaliação formativa como um processo marcado pela lógica da inclusão, do diálogo, da mediação, da participação, da autonomia e da responsabilidade com o coletivo.

Discutir práticas avaliativas no interior da escola compatíveis com a avaliação formativa. Continue lendo “I AVALIAÇÃO EM DEBATE – TEMA – AVALIAÇÃO FORMATIVA: PROCESSO CONSTRUÍDO NO INTERIOR DA ESCOLA”

BAIXO RENDIMENTO DE ALUNOS FAZ PREFEITURA DE SP REPENSAR ESCOLA MODELO PARA O PAÍS

 

Baixo rendimento de alunos faz prefeitura de SP repensar escola modelo para País

Por Davi Lira – iG São Paulo | 22/05/2014 09:00 – Atualizada às 22/05/2014 15:27

ultimosegundo.ig.com.br

Na Amorim Lima, uma das pioneiras da educação democrática no País, alunos acumulam baixos resultados nas provas do MEC

Na Amorim, alunos escolhem o que querem aprender a partir de um roteiro de estudo

Considerada como um modelo de gestão da educação no Brasil, a escola municipal de ensino fundamental Desembargador Amorim Lima, localizada na zona oeste de São Paulo, vem apresentando resultados ruins nos principais índices oficiais que ajudam a medir o nível de apropriação de conhecimento pelos alunos. A situação levou à prefeitura de São Paulo a repensar agora o formato experimental adotado pela unidade de ensino fundamental desde 2003.

A postura do governo pode ser vista pela comunidade escolar como o duro golpe à lógica pedagógica seguida pela unidade, baseada no ideário das escolas democráticas. Na Amorim Lima, não há provas, os professores não seguem o currículo oficial e os alunos têm a autonomia de decidir os assuntos que vão estudar. Continue lendo “BAIXO RENDIMENTO DE ALUNOS FAZ PREFEITURA DE SP REPENSAR ESCOLA MODELO PARA O PAÍS”

PISA: PESQUISADORES AO REDOR DO MUNDO REAGEM AO TESTE

 

PISA: pesquisadores ao redor do mundo reagem ao teste

Publicado em 13/05/2014 por Luiz Carlos de Freitas no Blog http://avaliacaoeducacional.com

Em carta ao Diretor do PISA da OCDE, publicada pelo The Guardian, mais de 80 pesquisadores ao redor do mundo expressam sua preocupação com o impacto dos testes do PISA nas redes de ensino. Entre eles o renomado estatístico britânico dos estudos multiníveis (HLM) Harvey Goldstein, a combativa americana Diane Ravitch, e os conhecidos Peter McLaren, Stephen J. Ball e Henry Giroux, para citar alguns. Veja lista completa abaixo.

Quanto mais será necessário para o Governo Dilma e o MEC entenderem que sua política de avaliação centrada em testes, conduzida pelo INEP, está equivocada?

Entre as razões para a preocupação os signatários incluem: Continue lendo “PISA: PESQUISADORES AO REDOR DO MUNDO REAGEM AO TESTE”

AVALIAÇÃO FORMATIVA E CULTURA DA ESCOLA: AS DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO DA SEEDF

 

AVALIAÇÃO FORMATIVA E CULTURA DA ESCOLA: AS DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO DA SEEDF

Por: Erisevelton Silva Lima

Doutor em Educação pela Universidade de Brasília – UnB

 

As escolas concretas, por sua vez, reconstroemse e reactualizamse quotidianamente pela acção  pedagógica  e  organizacional,  quer  na  forma  como  incorporam,  referenciam  ou  resistem  a  certas heranças simbólicas, representações sociais  e  “sedimentos  culturais”, quer na forma  como  encaram,  com maior ou menor  capacidade de iniciativa e  criatividade, os constrangimentos, dilemas e oportunidades, ou como assumem e concretizam novas missões e objectivos. (AFONSO, p.13, 2010).

 

Em Forquin (1993) pode-se compreender que a cultura escolar diz respeito às formas ou maneiras de a escola constituir-se ao longo dos tempos, as quais continuam, de maneira indelével, orientando a arquitetura, as práticas e as simbologias que nos fazem identificar, em qualquer lugar, o que é uma escola. Do mesmo autor é possível compreender que a cultura da escola é o processo complexo e muitas vezes objetivo e subjetivo pelo qual cada instituição se insere social, política, econômica e pedagogicamente no tempo histórico que ocupa. Portanto, diz respeito, igualmente, ao que anuncia a epígrafe de Afonso (2010) quando esclarece sobre a maneira própria com que cada escola segue, rejeita, acolhe e ou ressignifica suas demandas e desafios. Continue lendo “AVALIAÇÃO FORMATIVA E CULTURA DA ESCOLA: AS DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO DA SEEDF”

GRANDES TESTES CORROMPERAM SISTEMA EDUCACIONAL TRADICIONAL

 

VALOR ECONÔMICO

23/03/2014

Grandes testes corromperam sistema educacional tradicional, diz Nobel

Por Luciano Máximo | Valor

BRASÍLIA – Ministros da Educação, formuladores de políticas públicas e especialistas em ensino de vários países se reúnem em São Paulo amanhã e terça-feira para ouvir o economista James Heckman, prêmio Nobel de Economia, falar sobre um tema que está no radar das políticas educacionais de governos do mundo inteiro: a importância de medir e avaliar habilidades não cognitivas ou socioemocionais – como liderança, abertura a novas experiências, otimismo, perseverança – e seus impactos na qualidade do ensino, usando modelagens econômicas e técnicas psicométricas.

No seminário “Educar para as competências do século XXI”, organizado pelo Ministério da Educação (MEC) e Instituto Ayrton Senna (IAS), Heckman e seu assistente na Universidade de Chicago Tim Kautz vão apresentar um trabalho acadêmico encomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que pretende mostrar que avaliações educacionais de larga escala, como o Pisa e a Prova Brasil, por exemplo, aplicadas hoje em vários países para medir a qualidade do ensino, têm um potencial limitado. Continue lendo “GRANDES TESTES CORROMPERAM SISTEMA EDUCACIONAL TRADICIONAL”

AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Erisevelton Silva Lima

Doutor em Educação pela Universidade de Brasília – UnB

 

A sociedade, de maneira geral, parece estar cada vez mais preocupada com a criança, contudo negligencia quanto ao espaço-tempo da infância. Se a primeira é biológica e diz respeito aos elementos da vida humana e de todos os efeitos intra e extracorpóreos, a segunda é fruto da construção social que é histórica e temporal. Para Tedesco (2001), a infância tem sido cada vez mais abreviada em razão da perda da ingenuidade, aponta elementos como a TV e a internet na aceleração desses processos. Por sua vez, cumpre esclarecer que a sociedade passou e passa por transformações que se tornam mais complexas na medida em que migramos de uma sociedade agrária para outra industrial e, não por acaso, transitamos na época atual pela denominada sociedade do conhecimento. De uma forma breve e contingencial tais mudanças se deram, sobretudo, no modo de produção e nas implicações sobre as interações humanas, modificadas drasticamente pelo valor dos produtos e dos serviços que impulsionam as economias. Nesse ínterim, famílias inteiras se transformaram por meio de uma metamorfose social a qual denomino de imperativo da adaptação ao consumo. Nossas crianças e suas parcas infâncias estão isoladas, ora pelo apelo consumista e normativo, ora pelas ausências dos seus familiares cada vez mais coagidos em nome de certo padrão de consumo. Discutir avaliação em meio a esse terreno requer parcimônia e tolerância quanto ao que ainda se compreende sobre o que é aprender, ensinar e avaliar, afinal não se pode separá-los. Continue lendo “AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL”