Posicionamento da Associação Brasileira de Alfabetização (ABAlf) sobre aulas remotas em tempos de pandemia

A Abalf chama a atenção para a necessidade de as redes de ensino, as escolas, os docentes e as famílias, conjuntamente, comprometerem-se com amplo debate sobre a garantia do efetivo direito de aprendizagem da leitura e da escrita das crianças, jovens, adultos e idosos durante e no pós-pandemia, como instrumento político que contribui para a inserção social e cultural de todas e todos como cidadãs e cidadãos.

A OMS e o Ministério da Saúde preveem um tempo longo de isolamento social, o que trará prejuízos para o ano escolar. Em vista disso, alguns estados e municípios estão implantando propostas de atividades remotas para a Educação Básica. Embora se entenda a responsabilidade e compromisso que estão envolvidos nessas ações, elas se apresentam um tanto açodadas e homogeneizantes, pela ânsia de minimizar possíveis prejuízos de um longo período sem atividades escolares, entende a Abalf. A Medida Provisória, editada pelo governo federal em 1º de abril do presente ano, ao permitir que escolas e redes de ensino não cumpram o mínimo legal de 200 dias letivos de aulas presenciais, mas mantenham a carga horária de 800 horas, dá margem para a ampliação de propostas de atividades remotas, mesmo que as redes e os estudantes não tenham condições para tal.

A Abalf alerta para o fato de que “essas ações/orientações deslocam para professores e famílias responsabilidade que é da administração dos sistemas educacionais, sejam eles públicos ou privados. Além disso, estratégias desse tipo requerem dos professores domínio de ferramentas de comunicação virtual e digital, de mídias específicas e suas linguagens, que não se resolvem meramente do ponto de vista técnico. O uso delas aplicado à Educação requer formação específica e aprofundada, sob risco de ampliar e agravar as disparidades já existentes no sistema Educacional do país”. A associação propõe para reflexão: “é preciso considerar que trabalho/aulas/atividades remotas, a dita “educação a distância”, requer tutores on-line, formação docente específica, plataformas on-line, material didático específico e público com conhecimento mínimo e condições de acesso a rede de Internet e dispositivos didáticos virtuais, o que não cabe nem na legislação nem nas realidades da maior parte dos alunos da Educação Básica no Brasil. A isso soma-se a etapa da alfabetização, que requer processo específico de interação constante entre professores e alunos, de modo que as ferramentas digitais apresentam limitação nesse sentido”.

A Abalf acrescenta suas preocupações: “1) como o docente irá planejar um ensino de emergência/remoto para as mais diversas realidades sociais de crianças, jovens, adultos e idosos, sobretudo àqueles cujo acesso à tecnologia inexiste ou é precário? 2) Como planejar e ressignificar as estratégias próprias de aulas presenciais, garantindo o acesso e a aprendizagem de todos? Alfabetizar exige afetividade, interação entre pares, jogos, brincadeiras, leituras, conversas, dramatizações, registros diversos, livros e outros materiais, portanto, como garantir que essas atividades ocorram de modo à distância? 3) Muitas dessas atividades, associadas às interações entre as crianças e entre as crianças e os professores, requerem a observação, participação complementação e intervenção dos professores, para se garantir e ampliar o processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, a aula remota é um padrão que não permite este gerenciamento pedagógico e essa observação fundamental para se avançar no processo de alfabetização”.

A estas preocupações cabe acrescentar que, por estar em quarentena e supostamente em casa, a maioria dos pais está preocupada com a sua sobrevivência e que grande número deles não possui equipamentos eletrônicos, rede wifi, nem níveis de escolarização e letramento elementares. Além disso, “conduzir processos de ensino e didatizar saberes requerem formação específica, sendo de responsabilidade de professores”.

Finalmente, a quais grupos sociais tais ações beneficiarão?   

http://abalf.org.br/?page_id=69
 

Blog do Freitas

Entrevista com Evaldo Piolli por Luiz Carlos de Freitas

O “Ideias de Esquerda” entrevistou Evaldo Piolli, especialista em gestão educacional, política educacional e trabalho docente e professor da Faculdade de Educação da UNICAMP. O tema cobriu políticas do MEC, o processo de privatização, o cenário da educação na pandemia e as perspectivas do financiamento da educação pública no país. Leia aqui.

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Luiz Carlos de Freitas | 08/06/2020 às 10:15 PM | Tags: Desqualificação professor, Pandemia, Plataformas de aprendizagem on line, Resistência, Vouchers | Categorias: Privatização, Weintraub no Ministério | URL: https://wp.me/p2YYSH-7h9

 

Resolução do FNDE/MEC institucionaliza a desigualdade educacional no Brasil

Cristhian Spindola Ferreira

Enquanto vivemos um contexto de pandemia, o FNDE/MEC altera marco regulatório da política educacional brasileira, apresentado no dia 14 de maio de 2020, em uma webconferência (https://www.youtube.com/watch?v=iQ1I74kPfBM), referente aos aspectos da Resolução nº 3, de 29 de abril de 2020, que estabelece os critérios para o apoio técnico e financeiro às redes públicas de educação básica dos estados, municípios e Distrito Federal, no âmbito do terceiro ciclo do Plano de Ações Articuladas (PAR).

De acordo com a resolução, o PAR é uma ferramenta de planejamento multidimensional e plurianual da política educacional disponibilizada aos municípios, estados e Distrito Federal, que tem por objetivo promover a melhoria da qualidade da educação básica pública, observadas as metas, diretrizes e estratégias do Plano Nacional de Educação, de que trata a Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014.

Nas disposições gerais da resolução, em seu Art. 3º, são estabelecidos os critérios para atendimento técnico e financeiro do PAR, dentre os quais destaca-se o item II, que estabelece prioridade de atendimento, do referido plano, às escolas com melhor desempenho no IDEB, em relação as metas projetadas pelo SAEB/INEP.

Desde a instituição do IDEB em 2007, as políticas educacionais de fomento financeiro utilizavam esse índice como parâmetro de atendimento; entretanto, a prioridade sempre eram as unidades da federação ou unidades escolares de menor IDEB, em busca de equidade educacional e social. Era uma perspectiva de inclusão educacional e de melhoria dos sistemas educacionais.

Com a alteração desse critério, o FNDE/MEC instaura um retrocesso na política educacional, pois tal perspectiva acirra as desigualdades educacionais brasileiras. Significa decretar que uma escola ou estado de baixo IDEB continuará apresentando dificuldades, sem condições materiais para estabelecer um projeto político-pedagógico que garanta a qualidade social da educação. Países como os Estados Unidos utilizam essa lógica perversa para o fechamento de unidades escolares e demissão de profissionais da educação.

Outro critério apresentado é a utilização do índice de distorção idade-série considerando os indicadores de eficiência e rendimento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Para esse critério não fica claro, na resolução, se são os melhores ou piores índices que serão determinados como prioritários.

Consolidando o retrocesso, o documento prevê que o FNDE/MEC constituirá um ranking (termo utilizado na referida resolução) com os estados e o Distrito Federal e outro com os municípios a serem atendidos pelo PAR, utilizando modelo estatístico que considere, no mínimo, os critérios do IDEB e índices de distorção idade-série. Com isso, observa-se a supremacia desses dados, em detrimento de outros critérios relevantes, como o indicador de vulnerabilidade socioeconômica presente no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Por fim, a referida resolução credita ao PAR um ideário que afronta as diretrizes de superação das desigualdades educacionais e de melhoria da qualidade da educação, presentes no atual Plano Nacional de Educação. Com essa norma, o MEC aprofunda os graves problemas educacionais, comprometendo a formação das futuras gerações de brasileiros, que impactam diretamente o desenvolvimento do país.

Link da resolução: https://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-a-informacao/institucional/legislacao/item/13495-resolu%C3%A7%C3%A3o-n%C2%B0-03,-de-29-de-abril-de-2020   

 
Nora Krawczyk: falácias da EAD por Luiz Carlos de Freitas, blog do Freitas

“Com a suspensão de aulas presenciais por conta da atual pandemia, voltam com força redobrada as pressões pela implantação da Educação à Distância (EAD). As mentiras e falácias sobre esse tema se multiplicam.” Leia aqui em Carta Capital.

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Luiz Carlos de Freitas | 02/06/2020 às 10:30 AM | Tags: Desqualificação professor, Pandemia, Plataformas de aprendizagem on line, Resistência | Categorias: Assuntos gerais, Privatização | URL: https://wp.me/p2YYSH-7gL

 
STF: legislação antigênero é inconstitucional por Luiz Carlos de Freitas, no blog do Freitas, em 30/05/2020

O atual governo tem duas grandes áreas de ataque à escola pública de gestão pública: a agenda neoliberal que visa desmontar e privatizar a educação; e a agenda conservadora, com dois braços principais: o movimento Escola Sem Partido e a militarização das escolas. Por enquanto os tribunais estão dando conta de segurar um dos braços […]

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JC Notícias – 29/05/2020

Ensino remoto de emergência durante a pandemia: nossas inúmeras carências e o som das entranhas das nossas crianças e jovens

Blog Ciência & Matemática, do jornal O Globo, publica artigo assinado por Débora Foguel, professora da UFRJ e conselheira da SBPC

No mês passado, escrevi aqui sobre as condições de acesso à internet e à laptop e computadores nos domicílios brasileiros das Classes A, B, C D e E para dar uma ideia ao leitor em cima de qual terreno se assentariam as tendas das “salas de aula a distância” no país durante e após a pandemia. No meu entender, aqueles números são eloquentes, e, hoje, depois de tantos já terem chamado nossa atenção para essas carências materiais, já deve estar claro para todos que existem muitos milhares de crianças e jovens brasileiros que seriam deixados pelo caminho, se da implantação dessa forma de ensino, sem medidas concomitantes para mitigar essas carências. Nas ausências dessas últimas, certamente, assistiríamos ao alargamento das nossas já imensas desigualdades educacionais e sociais instaurando um isolamento social e educacional ainda mais perverso – e quiçá irreversível-, para toda essa geração, em especial para aqueles que terão dificuldades de aprender nessas salas de aula a distância ou mesmo evadir delas.

Alguns autores têm preferido chamar esse tipo de ensino implementado às pressas e sem suporte técnico como “ensino remoto de emergência”, para deixar claro que o que estamos implementando não se equipara àquele ensino online feito sob supervisão que utiliza recursos e estratégias cuidadosamente planejadas. Aqui não comentarei sobre a eficácia desse último, até porque não tenho leitura suficiente para isso.

Alguns poderão falar que qualquer aula é melhor que aula nenhuma…Mas, talvez entre “qualquer aula e aula nenhuma” haja uma miríade de possibilidades, a serem exploradas pelos professores e pelos seus alunos.

Veja o texto na íntegra: Blog Ciência & Matemática/O Globo

 

JC Notícias – 29/05/2020

Sem parecer com orientações para educação na pandemia homologado, MEC deixa instituições à deriva

Atraso de um mês na assinatura do documento gera impasse do ensino básico ao superior

Um mês após a aprovação do parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) com diretrizes para a área durante a pandemia, o Ministério da Educação (MEC) ainda não homologou o documento, provocando insegurança nas redes de ensino.

O texto aprovado pelo CNE em 28 de abril traça parâmetros para reorganização do ano letivo 2020 e sugere iniciativas a serem adotadas nos diferentes níveis de ensino, da educação infantil ao ensino superior, para mitigar os danos da suspensão de aulas.

Veja o texto na íntegra: O Globo

O Globo não autoriza a reprodução do seu conteúdo na íntegra. No entanto, é possível fazer um cadastro rápido que dá direito a um determinado número de acessos.

 

Avaliação formativa e uso de provas: um descompasso?

Elisângela T. Gomes Dias

Publicado, pela primeira vez, em http://gepa-avaliacaoeducacional, em 2013

Com esse tipo de avaliação formativa nas escolas, sem ter prova, os alunos não ficarão despreparados para fazer concursos públicos ou vestibular por conta do ‘medo’ da prova?”  A pergunta foi dirigida à professora Benigna de Freitas Villas Boas, após sua fala sobre os desafios da avaliação na organização da escolaridade em ciclos, na aula inaugural do ano letivo de 2013 da Secretaria de Educação do DF. É possível percebermos alguns equívocos nesse questionamento e que são recorrentes quando se discute a necessidade de romper com a avaliação classificatória para dar espaço a práticas de avaliação formativa.

O primeiro é confundir avaliação com procedimentos de testagem. Muitas vezes o professor avalia para “dar notas”, “aprovar” ou “reprovar”. Avaliar para classificar, selecionar e excluir está tão impregnado na cultura escolar que reduz o ato de avaliar ao de medir. Mas “medir não é avaliar, ainda que avaliar suponha algum tipo de medida” (FREITAS, 2006, p. 90). Avaliação é um processo mais amplo e não se destina somente ao estudante. Seu propósito não pode ser selecionar, medir, julgar ou comparar, mas conhecer a realidade e o trabalho realizado para repensar, reorientar, replanejar, reorganizar, renovar e orientar a tomada de decisão.

O segundo equívoco é achar que a prova é um instrumento que não pode ser utilizado na perspectiva da avaliação formativa. O cerne da questão está no propósito e efeito, e não no instrumento utilizado. A prova pode ser útil, desde que os dados fornecidos sirvam para promover a aprendizagem do estudante e do professor. Isso acontece quando o objetivo é identificar o que cada estudante aprendeu e o que ainda é necessário fazer para que venha aprender, o que gera mudanças na organização do trabalho pedagógico. Além disso, o professor desenvolve estratégias de comunicação dos resultados que não se reduzem a uma nota, pois considera o feedback como elemento chave para a aprendizagem. Assim, a avaliação é voltada para o estudante e não para o conteúdo e há critérios claros e de conhecimento de todos, o que oportuniza a autoavaliação.

   O que defendemos é que o processo de avaliação ocorra de forma dinâmica, frequente, abrangente e interativa, considerando as especificidades de cada estudante e tomando cada um como referência. Para isso, é necessário que a avaliação seja versátil – não se efetivando sempre da mesma forma – e que o professor faça uso de instrumentos coerentes com o propósito de ensino. Portanto, a prova pode ser um bom recurso, mas não deve ser o único.

O último equívoco que destaco refere-se à função da avaliação. Seu propósito não pode ser o de “preparar o aluno para fazer vestibular e concurso público”. O estudante certamente não terá medo de realizar prova se tiver confiança em sua aprendizagem e se tiver desenvolvida a capacidade de se avaliar. O que a escola precisa assegurar é que as necessidades de cada um sejam atendidas durante o todo o processo e que a avaliação não seja uma ameaça para o seu avanço. Por isso a avaliação, formal e informal, deve ser encorajadora, contínua, integrada e cooperativa. Compreender a avaliação a partir dessa perspectiva é promover aprendizagens sólidas e fortalecer o trabalho coletivo. 

Referência:

FREITAS, L. C. de. A “progressão continuada” e a “democratização” do ensino. In: VILLAS BOAS (Org.). Avaliação: políticas e práticas. Campinas, SP: Ed. Papirus, 2006. 3ª ed. 

 
Projeto de Lei tenta regulamentar volta às aulas por Luiz Carlos de Freitas

PL 2949/2020 de Idilvan Alencar (PDT), apresentado hoje à Câmara dos Deputados, visa criar uma Estratégia para o Retorno às Aulas no âmbito do enfrentamento da pandemia do coronavírus (Covid-19), envolvendo a participação da União, Estados, o Distrito Federal e os Municípios. O PL determina que a “Estratégia para o Retorno às Aulas será constituída […]

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Luiz Carlos de Freitas | 28/05/2020 às 4:07 PM | Tags: Pandemia | Categorias: Assuntos gerais | URL: https://wp.me/p2YYSH-7gt

 

A formação de professores pós-pandemia: limites e possibilidades

Sílvia Lúcia Soares

A situação conflituosa e o cenário inimaginável, ora descortinado, fazem aflorar inúmeras incertezas em nossa trajetória pessoal e profissional. E essas dúvidas vão para muito além da questão em voga:   como retomar as atividades pedagógicas na escola após a pandemia?  No bojo dessa questão, surgem muitas outras necessidades. Uma coisa é certa: não voltaremos os mesmos. Nem nós, tampouco os estudantes. A crise nos modificou, alterou nossas prioridades e necessidades e gerou um panorama de indeterminação, inclusive em relação à formação dos profissionais da educação que, durante a crise, foram e estão requisitados a desempenhar tarefas para as quais não tiveram a devida formação.  E, a partir do experienciado, como se organizará, a partir de então, o processo de formação desse professor frente às novas demandas? Como deve ser reorganizada a dinâmica curricular e pedagógica nos cursos de formação? Como se dará o retorno do professor dos cursos de formação e do estudante às atividades pedagógicas? Com prosseguir com o processo de formação do educador?

 Primeiramente, temos que ser cuidadosos com o acolhimento do professor e do estudante em formação. Precisamos ser compreensíveis   e atentos às mudanças ocorridas no sujeito educativo e, nesse processo de transição, precisamos exercitar a escuta sensível e o olhar compreensivo. Nesse momento, o diálogo entre pares, a troca e a elaboração de projetos coletivos constituirão estratégias relevantes para a geração de novas possibilidades e alternativas de fazer e refazer as ações pedagógicas. No caso das licenciaturas, as reuniões pedagógicas com toda a equipe docente serão fundamentais para a reestruturação do trabalho do curso, de forma geral, e das disciplinas/áreas de formação, em particular.  Na verdade, não cabem mais isolamentos pedagógicos no campo da formação, seja ela inicial ou continuada. Posturas coletivas sempre foram necessárias, no entanto, agora, são urgentes!

Todavia, outros pontos exigem também nossa atenção na remodelação da formação, como por exemplo: a urgência do abandono do modelo tradicionalista das aulas dos cursos com a utilização, por meio de metodologias ativas e de processos de avaliação mais participativos. Os professores em formação têm vivenciado novas perspectivas de ensino e de aprendizagens. Com isso, apresentarão, a partir desse momento, novas exigências e outras reivindicações. Têm percebido que, em tempo de avanço tecnológico, a mídia pode ser uma ferramenta de grande valia no desenvolvimento de metodologias interativas e na efetivação de novos espaços pedagógicos. Certamente têm repensado os papeis dos sujeitos do processo de ensinar e aprender.

Necessário se torna o repensar dos tempos e espaços da formação, a organização da carga horária e a noção de presencialidade que o perpassa. Os tempos de emergência mostram que novas dinâmica são possíveis, por meio do ensino híbrido, que se constitui na da combinação de aulas presenciais e a utilização de ferramentas tecnológicas online em atividades online e offline.

Outro ponto a ser repensado refere-se à carga horária destinada ao estágio, componente curricular considerado como campo de conhecimento próprio que se consolida em um momento de investigação, reflexão e intervenção na realidade das escolas.  Sua organização em horas presenciais deve ser retomada, visto que a participação dos estudantes nas aulas remotas e em atividades online e offline podem e devem ser contabilizadas como atividade pedagógica da formação.

Por fim, diante do exposto, deixo alguns questionamentos para o desencadeamento da discussão e da reflexão a respeito do tema em questão: Quais seriam as alternativas possíveis para o redimensionamento e prosseguimento dos cursos de formação inicial e continuada dos professores, por ocasião do retorno às aulas?